Arlo Parks conquistou o público festivaleiro | ©David Passos/MHD

Primavera Sound Porto 2023 | A alegria pura de Arlo Parks

Entre 7 e 10 de junho de 2023, a Magazine.HD estará no Parque da Cidade, Matosinhos, para acompanhar a 10ª edição do Primavera Sound Porto. No segundo dia, Arlo Parks chegou, pelas 19h40, ao Palco Porto, para a sua segunda visita a terras lusas. 

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A jovem londrina Anaïs Oluwatoyin Estelle Marinho, conhecida pelo nome artístico Arlo Parks,  regressou a 8 de junho de 2023 a Portugal (depois de uma visita, o ano passado, a Paredes de Coura) para apresentar o digno sucessor de “Collapsed in Sunbeams” (2021) – “My Soft Machine”(2023), um outro álbum capaz de casar, na perfeição, estilos como indie pop, folk e, evidentemente, R&B e Jazz.

Nascida no ano de 2000, Arlo Parks é uma jovem sensação galardoa que continua a somar sucessos e colaborações e que chega ao Porto poucos dias após o lançamento do seu novo disco, a 26 de maio. Naturalmente, o público que a recebeu no Palco Porto, pelas 19h40, estava significativamente mais familiarizado com os singles do antigo álbum, consolidados com a ajuda do tempo.

Não obstante, se músicas como Too Good”, “Eugene” ou “Hurt” provocaram a maior reação por parte de uma plateia bem composta, a recepção a “My Soft Machine” também não se fez tímida, com canções como “Bruiseless” ou “Weightless” a conseguirem agarrar o público com a sua mistura imbatível entre Pop, Jazz e R&B, como uma espécie de música ambiente apaixonante.

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Arlo Parks é uma voz da nova geração, uma jovem que canta com sinceridade e sem tabus. Fá-lo recorrendo a um instrumento vocal verdadeiramente invejável e que não vacila, uma impressionante voz cristalina, sem falhas e sem quebras. Além disso, os seus riffs e melodias são simples, bem como as suas letras, mas fazem-se bem pujantes e memoráveis. Os refrões, esses são curtos e capazes de ficar retidos nas mentes de quem ouve, sendo fácil entoar, em grupo, as suas músicas.

Arlo Parks Primavera
©David Passos/ Magazine.HD

Pelo caminho, Parks elogiou o público nesta sua segunda passagem por terras lusas, descrevendo este, de forma enfática, como ” o melhor concerto de sempre”. e um momento de verdadeira felicidade pura. Abençoado com uma mística muito própria, o concerto de Arlo Parks passou por chova torrencial e terminou com raios de sol, como que tematicamente “collapsing in sunbeams”.

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Franca e convidativa, Arlo Parks é também uma importante mensageira para matérias de saúde mental e, como seria de esperar, um dos momentos altos dessa sua interpretação foi a apresentação de “Black Dog”, a sua belíssima e franca música acerca de lutas relacionadas com doença mental – escrita para uma amiga e apresentada no concerto de forma solene.

Aliás, no novo álbum, a artista continua a tocar nesta temática, aliando-se, inclusive, à rainha da tristeza – Phoebe Bridgers – para ponderar a ânsia de ser amada e valorizada em “Pegasus”. Todavia, não foi esta uma das músicas apresentadas neste concerto, pois Arlo soube equilibrar, de forma eficaz, a apresentação de singles novos e mais antigos ao longo deste curto concerto de 50 minutos. Desta forma, nunca deixou de ter o público na palma da sua mão incrivelmente talentosa.

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Uma interpretação musical para recordar, mal podemos esperar para ver o que está escrito no futuro desta artista tão jovem e já tão prolífica.

 

O Primavera Sound Porto continua no Parque da Cidade até ao dia 10 de junho de 2023. Tens bilhete para esta 10ª edição?



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