Resident Evil Origins Collection (PS4) | Análise
Estão preparados para regressar a Resident Evil e sobreviver aos dois jogos?
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Resident Evil Origins Collection é o novo pack da Capcom com a remasterização do primeiro jogo da saga, que foi mais tarde melhorado para a Game Cube e ainda a remasterização de Resident Evil Zero que nos conta o início da história da saga.
O que salta de imediato à vista é a melhoria gráfica que existe nos dois jogos durante o gameplay. Durante as cutscenes não existe uma melhoria tão significativa, mas durante todo o jogo podemos ver que existiu um trabalho interessante nas luzes e sombras, levando a que o ambiente do jogo se torne muito melhor. Outro aspeto interessante, mas que apresenta algumas falhas, é a transformação do jogo para um ecrã wide, com um corte na parte superior da vista que temos do ecrã normal e que nos leva a perder alguns detalhes do jogo.
A parte mais fraca destes dois jogos é mesmo o trabalho de vozes. A banda sonora é boa, ajudando ao ambiente, mas o trabalho de vozes falha, não ajudando um enredo que também não consegue estar ao nível da atmosfera survival que os jogos criam. O problema do enredo é não ter grande impacto. Limitamo-nos a sobreviver durante a maioria do tempo sem existir uma química entre jogador e personagens.
Voltando à parte gráfica, o jogo ainda apresenta alguns problemas com a localização da camera em alguns momentos, mas nada que seja significativo. Um aspeto positivo é o facto da remasterização HD ajudar a que se perceba o fantástico design artístico que estes cenários apresentam e que encaixam muito bem no género do jogo.
A tudo isto alia-se um bom conjunto de puzzles e grandes momentos de survival. Aliás, aqui temos verdadeiros jogos de survival horror, com maior destaque para o primeiro Resident Evil. Tal facto deve-se, em grande parte, à sensação de vulnerabilidade dada pelo facto de não termos muitas armas nem munições, e também de não podermos transportar muitos items ao mesmo tempo. Tudo tem de ser ponderado e algo que deixamos para trás poderá fazer falta mais à frente.
Para terminar, o ponto que mais melhorou com este novo pack: a jogabilidade. Em relação às anteriores edições, já com alguns anos em cima, estas duas novas versões conseguem melhorar bastante o controlo dos personagens, tal como se pedia para a atual geração de consolas. O jogo consegue essa melhoria e talvez se notasse ainda mais se as lutas com os inimigos fossem mais exigentes.
Não sendo uma fantástica remasterização, a verdade é que o trabalho foi competente. Os fãs da saga não devem deixar perder esta collection e ficamos à espera da remasterização de outros Resident Evil.
Pontos fortes:
- Bom ambiente survival
- Boas melhorias gráficas nas luzes e sombras
- Jogabilidade melhorou bastante
- Puzzles interessantes
Pontos fracos:
- Enredo não é marcante
- Trabalho de vozes abaixo da média
Hardware usado pela MHD para teste de jogos:
PS4:
- PlayStation 4 Glacier White
- DualShock 4 White
- Razer Leviathan Sound System
PC:
- Headphones Razer Carcharias
- Keyboard Razer Epic Chroma
Luís Pinto