Revenge | Season Premiere em análise

 

 

“I’ve hurt you, but you hurt me too. I just want to end this cycle, please!”


       

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A terceira temporada encerrou com revelações escaldantes e consequências extremas, fazendo resvalar a “batata quente” para aquela que poderá ser a derradeira metamorfose desta infindável vingança. Os peões no tabuleiro axadrezado de Amanda Clarke (Emily VanCamp) começam a sair de cena pela porta dos defuntos, enquanto os sobreviventes fazem o último apelo de tréguas. Contudo, se até aqui a compaixão tinha-se revelado estéril aos olhos de qualquer vendeta pessoal, Amanda parece querer “angelizar” alguns demónios e corrigir os danos colaterais com significado no seu coração.

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Mas se por um lado, Amanda dá indícios de algum desgaste nesta batalha psicologicamente extenuante, a fome pela congeminação de novos planos maquiavélicos é como uma âncora aprisionada no corredor negro do seu alter-ego (Emily Thorne). É esta dialética liminarmente esquizofrénica entre o ódio do passado e o amor do presente, que permite à atriz canadiana uma flexibilidade notável ao nível da interpretação. No entanto, pensar em “Revenge” sem equacionar a dama de ferro Victoria Grayson (Madeleine Stowe), equivale a tornar obsoleto o motivo precípuo deste drama milionário.

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*SPOILER ALERT*

Em “Renaissance“, parece que a antiga mansão Grayson vive dias de um autêntico renascimento espiritual – agora que Amanda Clarke é a fiadora legítima – enquanto a sua antiga anfitriã tenta escapar dos calabouços de um asilo mental. É exatamente entre as “doidinhas” que Victoria encontrará uma luz ao fundo do túnel, saindo toda aperaltada pela porta principal como é apanágio das grandes celebridades. Mas, loucura das loucuras, é a pseudo-louca aparecer à entrada da sua casa e ser recebida pela pseudo-lúcida que lhe fecha a porta na cara; e em seguida ser raptada pelo amor da sua vida que julgava morto.

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Ela berra como uma paciente esclarecida num colete de forças, ela desfila graciosamente quando o céu decide despejar uma tromba de água…A Sra. Grayson é um camaleão com sete vidas, e promete não renunciar a um bom prato frio de sobremesa, não estivéssemos na presença de uma atriz fabulosa. Por seu turno, o seu filho Daniel Grayson (Joshua Bowman) continua a desbaratar dólares num “modus vivendi” libertino, enquanto forja uma aliança com Margaux LeMarchal (Karine Vanasse) para destronar Gideon LeMarchal (Daniel Zovatto) e regressar ao “platau” acionista da revista “Voulez“.

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Invariavelmente, Charlotte Grayson (Christa B. Allen) enveredou por uma espiral de auto-destruição, cultivando as suas próprias guerrilhas egocêntricas. Desligada da realidade e consumida na sua dor emocional, exibe o seu rosto imaculado por uma série de amoques não recomendáveis ao seu melhor amigo. E Jack Porter (Nick Weshsler) bem se esforça em proteger Charlotte de si mesma – agora que se tornou agente da autoridade – com poder para manter a ordem nas ruas delinquentes dos Hamptons.

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O primeiro episódio da quarta temporada (ainda sem data prevista para Portugal) provou que “Revenge” ainda tem algum sangue para ser espremido das veias, não obstante a tomada mais pausada mas borbulhante do brinde da sua nova interacção. Algumas pontas soltas continuam por limar, especialmente com a introdução de caras novas e conhecidas que estiveram a fermentar a sua aparição em pano de fundo. A passerelle está ao rubro e os jogadores começam a alinhar a certeza da incerteza das suas cartadas finais, prometendo alimentar infinitamente todos os cenários hipotéticos até ao fim.

P.S – Infinity Plus Infinity 8

MS

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