Revolution T1 | Primeiras Impressões

RevolutionPost1
  • Título Original: Revolution
  • Produtores: NBC
  • Criadores: J.J. Abrams, Eric Kripke
  • Elenco: Billy Burke, Tracy Spiridakos, Elizabeth Mitchell, Giancarlo Esposito, Zak Orth, David Lyons
  • Género: Ação, Aventura, Drama, Sci-fi
  • 2012 | EUA | Syfy HD | Segunda-Feira | 22:20

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I’m coming with you, someone’s gotta keep you in one piece.”

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Vivemos numa era em que a Humanidade desconfia paranoicamente do seu destino, não poupando a sua imaginação masoquista em conjenturas apocalíticas. É igualmente sabido que, a tecnologia não cessa de evoluir exponencialmente, criando a ilusão de que a nossa espécie poderá, eventualmente, possuir os meios preventivos contra a sua extinção. Mas a questão sádica permanece com teimosia no ar: será uma invasão alienígena? será o impacto de um meteorito? serão zombies? serão epidemias? serão armas químicas? Seja o que for, J.J Abrams e Eric Kripke, votam em conúbio num apagão maciço e ininterrupto.

Revolution - Season Pilot

E quando já não existem mais Watts para alimentar as bocas do mundo, o cenário é este: aviões comerciais caem do céu como anjos mortais que perderam as asas; as baterias dos automóveis entram em colapso e morrem sem aviso; as habitações familiares ficam às escuras com o peixe a descongelar nas arcas frigoríficas; os cartoons infantis da Disney já eram; e regressamos há idade da pedra num ápice. Curiosamente, a tentativa de recriar um fenómeno idêntico não é de todo alheia a “Die Hard 4.0”, quando um grupo de hackers informáticos tenta aplicar o terceiro estágio de um “Fire Sale“. Os serviços de utilidade pública fazem greve total: eletricidade, distribuição de gás, telecomunicações, sistemas de satélite, etc…

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Volvidos quinze anos, o Homem conhece um revés na sua cronologia evolutiva, conduzindo-o novamente a um exôdo urbano. A família Matheson regressa à ruralidade de uma Chicago medieval, à semelhança de outros estados americanos, cujas repúblicas fragmentadas são dominadas pelo autoritarismo do poder local das milícias. E se Ben Matheson (Tim Guinee), planeava imiscuir-se nesta vidinha de campónio, o temível Capitão Tom Neville (Giancarlo Esposito) tem um fraquinho por indivíduos que ocultam conhecimentos proíbidos. Mas quem se mete com um Matheson, leva da comunidade inteira mesmo que isso signifique fazer frente à poderosa Milícia Monroe. Este ato desafiador, irá desencadear o pretexto emocional para uma revolução em nome da justiça e liberdade, valores morais até então silenciados pelo uso da força coerciva.

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No extremo processo de insurgência, Danny Matheson (Graham Rogers) é feito refém como garantia dos danos colaterais, enquanto o instinto protetor da sua irmã mais velha Charlie Matheson (Tracy Spiridakos), motiva uma exigente operação de busca e salvamento em terras de ninguém. Com a sua besta em riste – bem ao jeito de Lara Croft – juntam-se dois preciosos aliados nesta perigosa jornada: Maggie (Anna Lise Philips), a sua “madrasta” dos primeiros socorros; e Aaron (Zak Orth), um geek da Google. Juntos na desgraça, a única réstea de esperança reside em Miles Matheson (Billy Burke), um antigo Marine que ajudou a fundar o movimento rebelde de Monroe (David Lyons).

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E se o número três é a conta que Deus fez, também é o resultado tripartido de atuações de elevado rendimento: Tracy Spiridakos transfere o seu espírito para Charlie, com aquela jovialidade aguerrida dos jovens revoltados; Billy Burke oferece o seu pragmatismo a Miles, que percorre milhas a distribuir pancadaria quase gratuita; Giancarlo Esposito apresenta em Tom, a rigidez de um cherife do Faroeste, que respira ao sabor da culatra legislativa da sua pistola fácil. Para já, são estes os eleitos do nosso “Trio Odemira”, responsável pelas despesas revolucionárias de maior relevo, enquanto a trama vai marinando os seus condimentos explosivos.

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Revolution, tem a propaganda certa para agradar a todos os revolucionários anti-zombie que andam por aí. Com uma história edificada no mistério anacrónico da dicotomia tecnológica, nesta sensação de campo que deixa escapar algo de científico nas entrelinhas, basta adicionar a montanha russa e o fio da navalha para temermos o futuro.

P.S – Quem apagou a luz?

MS

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