Sim City (PC) | Análise

 

 sim city capa  

  • Editora: Electronic Arts
  • Produtora: Maxis
  • Plataformas: PC

 

Classificação 

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“SimCity”, um dos grandes exclusivos para PC, está de volta e com um conceito novo: online a cada instante, e aquilo que se esperava excelente, foi o que derrotou o jogo mal foi lançado. Problemas nos servidores, impossibilitando os jogadores de jogar, fez com que este jogo tivesse algumas análises desfavoráveis. Nós experimentámos o jogo mais tarde e com isso fugimos aos problemas iniciais. É verdade que por vezes existiu um problema ou outro, mas nada que destrua, neste momento, a experiência de jogo.

sim city

O conceito online, leva-nos a ter de sobreviver com a ajuda de outros jogadores, sendo que cada um é limitado por recursos, e por isso a sobrevivência isolada torna-se muito mais difícil. Com esta necessidade de ajuda e de gestão com outros jogadores, o jogo respira em qualidade e diversão, criando uma enorme vontade de fazermos cada vez melhor o trabalho na nossa cidade. Para além disso, podermos controlar mais do que uma cidade aumenta o leque de escolhas. Desde o início somos obrigados a tomar decisões importantes, como por exemplo a localização da nossa cidade, que influenciará recursos, facilidade de transporte e capacidade para gestão de espaço.

De seguida a mecânica é a mesma para quem já tenha jogado os jogos anteriores: criar energia, rede para abastecimento de água, transportes, e criar zonas de construção, etc…

sim city bombeiros

Jogabilidade: Como disse antes, a mecânica do jogo leva a que a jogabilidade seja muito parecida à que já conhecemos. No entanto, devo realçar alguns pormenores: sendo este um jogo que nos limita em termos de espaço (e este jogo dá-nos menos espaço do que estamos habituados) senti a necessidade de alisar o terreno, como sempre fiz, e tal possibilidade não existe! E esta opção, que parece tão banal, limita-nos imenso por não existir, e a juntar, há ainda o facto de não existir Metro subterrâneo. Para além disso, por vezes não é fácil criarmos as coisas como queremos. Canos, estradas ou linhas, nem sempre ficam como queremos, e apesar de não serem problemas graves, retiram alguma qualidade à jogabilidade. Um ponto a favor é a capacidade de expansão de vários edifícios, desde Universidades, passando por estações Petrolíferas, obrigando o jogador a ter atenção ao que acontece e não se limitar a construir.

Gráficos: Não estão no topo desta geração, mas são muito agradáveis. Tirando alguma falta de definição quando fazemos zoom, quando a vista é mais alargada os cenários apresentam-se cheios de cor e vida, dando um orgulho ao jogador quando vê a sua cidade. Os edifícios estão bem construídos, o jogo tem um design que abrange vários estilos e torna-se difícil não gostarmos da cidade que estamos a gerir. Para finalizar, os detalhes são impressionantes em certos momentos. Basta ficarmos a olhar para um cidadão para vermos como a sua vida se desenrola e começamos a perceber toda a dinâmica que a cidade nos demonstra.

simcity-2013

Som: Dentro do seu estilo sem muito a apontar. Os efeitos sonoros estão agradáveis e por vezes tornam-se muito importantes, pois cada som pode dizer-nos o que está a acontecer na nossa cidade. A banda sonora faz o seu trabalho com músicas calmas.

“SimCity” obriga-nos ao seguinte: entrar numa região, controlar uma cidade e especificar essa cidade na produção de poucos recursos, obrigando-nos a ser dependentes de outras cidades que tenham o que nos falta. Sendo assim, aos poucos acabamos por controlar várias cidades na mesma região para não sermos dependentes de outros jogadores que podem não estar tão interessados quanto nós em fazer um trabalho bem feito. O jogo é limitado em algumas opções e necessitava de nos dar mais espaço, mas percebe-se a tentativa da Maxis, pois todo o jogo nos leva para a ajuda dentro da comunidade. Podemos ajudar os nossos vizinhos em tudo, nem que seja a oferecer ajuda contra um terramoto.

Este é o futuro da série: entre-ajuda. Produzimos uns produtos, vendemos, compramos outros. No fundo, somos obrigados a definir que tipo de cidade queremos ter, pois não poderemos ter tudo na nossa. Queremos um Algarve virado para o turismo ou uma Lisboa empresarial? Queremos produzir petróleo ou energia? Queremos dominar a educação ao a diversão?

sim city screen

Tirando as suas falhas, em tudo o resto este jogo porta-se como desejamos. A interação e a vida na cidade é realista, o jogo informa-nos facilmente do que está bem e do que está mal, e tudo se torna muito viciante. A forma como o mercado se desenvolve é muito importante e está sem falhas, e como sempre, teremos de ter muito cuidado com as nossas finanças. Em quase todos os aspetos o jogo está mais fácil, pois a gestão está simplificada apesar da enorme complexidade a que estamos habituados. No entanto, devido à necessidade de trocas com os vizinhos, este jogo perde alguma da identidade de “construtor de cidades” e torna-se um pouco num “gestor de recursos”. No geral, e com todas as suas falhas e virtudes, “SimCity” é, ainda assim, o melhor jogo do género.

 

Pontos fortes:

  • Toda a dinâmica da cidade está muito bem conseguida.
  • Parte gráfica com pormenores interessantes e que dão uma enorme beleza ao que construímos.
  • A ideia de entre-ajuda entre jogadores.

Pontos fracos:

  • As cidades são demasiado pequenas.
  • Falta a opção de construção  de um “Metro subterrâneo” e opção de alteração do terreno.
  • O jogo não nos ajuda a descobrir tudo o que nos pode oferecer.

LP

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