Maura Tierney e Steve Carell em "Beautiful Boy "(2018) |©Amazon Studios

Steve Carell| As Melhores interpretações da sua carreira

Steve Carell nasceu a 16 de agosto de 1962, no Estado de Massachusetts, nos Estados Unidos da América. 70 e muitos créditos de representação depois, é um dos atores mais bem-sucedidos de Hollywood, e com mérito. Recuperamos, em tom celebratório, alguns dos papéis mais marcantes da sua carreira.

Steve Carell começou na comédia, e ocupou um lugar de destaque nesse género a partir da primeira década do século XXI. Nos últimos anos, teve direito à maioria dos papéis mais marcantes da sua carreira, a qual está em permanente expansão. Recuperamos alguns dos momentos que marcaram a sua notável trajetória, desde que entrou na indústria em 1991.

10 – BEAUTIFUL BOY (2018)

Steve Carell
Steve Carell em “Beautiful Boy” (2017) |©Amazon Studios

Beautiful Boy” não é um grande filme, é uma pequena narrativa que conta com enormes performances por parte de Timothée Chalamet e Steve Carell. No papel de pai de um jovem com problemas graves de toxicodependência, Steve Carell entrega uma das melhores interpretações da sua carreira. Não foi há muitos anos que Carell começou a saltar da comédia para o registo dramático, mas deste que o fez, tem apresentado papel exímio atrás de papel exímio. Esta história verídica não poderia ter merecido uma melhor homenagem do que a prestada por esta parelha de interpretes.




9 – UMA FAMÍLIA À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS (2006) 

little miss sunshine
“Uma Família à Beira de um Ataque de Nervos “|© 20th Century Fox

“Little Miss Sunshine”, realizado pela dupla Jonathan Dayton e Valerie Faris, responsáveis por obras como “Ruby Sparks” e  “A Guerra dos Sexos”, é uma das comédias familiares mais memoráveis do século XXI. O filme introduziu ao mundo Abigail Breslin, jovem atriz nomeada ao Oscar pela sua interpretação memorável de uma criança pouco convencional que se aventura no mundo sombrio dos concursos de beleza infantis.

Vencedor ainda dos meritórios Oscars para Melhor Ator Secundário para Alan Arkin e Melhor Argumento Original, a obra distingue-se ainda por um forte elenco secundário. Relembramos o neurótico papel de um jovem brilhante Paulo Dano, e, claro, Steve Carell como Frank Ginsberg, o pai desta família para lá de invulgar.




8 – AMOR, ESTÚPIDO E LOUCO (2011)

Crazy Stupid Love
Steve Carell em “Amor, Estúpido e Louco” |© 2011 Warner Bros. Entertainment Inc.

Ao percorrer a filmografia de Steve Carell, compreendemos que de facto esteve presente em diversos filmes icónicos, incontornáveis dentro do seu género. “Crazy, Stupid, Love.” é uma das comédias românticas mais memoráveis desta década, e Steve teve aqui um papel de co-protagonista. Três são os arcos narrativos em seu torno: por um lado, está a divorciar-se da sua mulher, interpretada por Julianne Moore, dando uma dimensão dramática ao papel. Nisto, encontra num bar um engatatão, interpretado por Ryan Gosling, que lhe vai servir de parceiro de conquistas, de forma bem sucedida. Menos bem sucedido é o desfecho final, quando descobre que Jacob (Gosling) está envolvido com a sua filha Hannah (Emma Stone).




crazy stupid love
Steve Carell e Analeigh Tipton | ©2011 Warner Bros. Entertainment Inc.

Como enredo secundário, mas não menos hilariante, Analeigh Tipton, a concorrente mais conhecida do programa “America’s Next Top Model”, interpreta aqui uma ama bem, bem mais nova, e que está inconvenientemente apaixonada pela sua personagem – Cal. Uma embrulhada de gigantes proporções que merece ser vista e revista, e que equilibra bastante bem o carácter camaleónico das interpretações deste ator.




7 –  A QUEDA DE WALL STREET (2015)

Steve Carell - big short
Steve Carell em “A Queda de Wall Street” (2015) |©NOS Audiovisuais/ Paramount Pictures

Adam McKay é ultimamente um realizador bem em voga, que tem já uma relação bastante longa com Steve Carell. “A Queda de Wall Street” estreou e caiu nas graças da temporada de prémios de Hollywood, e tornou-se o seu filme mais célebre. Não se afastando do registo cómico que caracteriza o seu trabalho, McKay deu aqui um carácter um pouco mais sério à sua narrativa, mas sério q.b. Uma espécie de paródia daquele que é o mundo dos negócios de Wall Street, esta comédia é em parte uma biografia, recuperando, em traços largos, a história de 7 investidores que apostaram contra a bolsa norte-americana, quando se aperceberam de como o mercado estava viciado, e da inevitável quebra da bolha imobiliária.

Steve Carell brilha aqui, rodeado de um elenco de luxo que inclui nomes como Ryan Gosling, Christian Bale, Marisa Tomei ou Brad Pitt.




6 – A GUERRA DOS SEXOS (2017)

Guerra dos sexos
Steve Carell e Emma Stone em “Guerra dos Sexos” (2017) |©Big Picture Films

De volta para mais uma parceria entre  Jonathan Dayton, Valerie Faris e Steve Carell. “Battle of the Sexes” é um filme de época, e uma biografia histórica. Centra-se num episódio muito específico, sendo uma história bem delimitada temporalmente. É a história de um jogo, que aconteceu em 1973, um confronto entre Bobby Riggs e a então número 1 do ténis – Billie Jean King.

King é uma figura incontornável, uma feminista que marcou o movimento e que muito fez pela luta pelo fim da disparidade de género. O filme foca-se muito nessa realidade, e a Steve Carell é deixado o papel do idiota de serviço. Contudo, mesmo como idiota machista, Carell não deixa de ser perfeitamente encantador. Há uma certa simpatia que lhe é inerente, e embora seja um idiota chapado, é um idiota engraçado, a pender para o pateta alegre. Aqui, o que há a louvar, é a forma como consegue que este personagem insuportável seja tolerável, embora nunca fiquemos do seu lado. Nunca perde, contudo, a capacidade de nos fazer sorrir. Este “par” valeu tanto a Emma Stone como a Steve Carell a nomeação ao Globo de Ouro para Comédia. 




5 – O REPÓRTER: A LENDA DE RON BURGUNDY (2004) E A SEQUELA “QUE SE LIXEM AS NOTÍCIAS” (2013)

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Paul Rudd, Will Ferrell, David Koechner e Steve Carell em “O Repórter” (2004) |©Dreamworks, LLC. All rights reserved.

Em português, parecem dois filmes inteiramente diferentes, mas falamos aqui de “Anchorman” e da sua sequela, “Anchorman 2: The Legend Continues”. Aqui, regressamos ao trabalho de Adam McKay, e às suas colaborações com Steve Carell, e claro, com Will Ferrell, que escreveu com o realizador o argumento de ambos os capítulos.

“Anchorman” é muito importante ao perspectivar a carreira de Steve Carell, pois Brick Tamland, que aqui interpreta, foi um dos seus primeiros grandes papéis no cinema, antes mesmo do seu icónico “virgem”. Partilha aqui o ecrã com pesos pesados da comédia, como o já referenciado Will Ferrell, mas também Christina Applegate, Paul Rudd ou Seth Rogen. Faz papel de idiota chapado, mas um idiota sempre adorável.




4 – DERRADEIRA VIAGEM (2017)

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Laurence Fishburne, Bryan Cranston e Steve Carell em “Derradeira Viagem” (2017) |©Amazon Studios/ Cinemundo

“Last Flag Flying”, comédia dramática de Richard Linklater, estreou no New York Film Festival e passou uns meses em circuito de festival antes de ter estreia comercial. Foi, sem dúvida, um dos filmes mais discretos da filmografia do realizador de “Boyhood – Momentos de Uma Vida” (2014), mas merece ainda assim o destaque que aqui lhe é conferido.

Uma comédia tanto sobre patriotismo como sobre a recusa desses mesmos valores, a narrativa nunca parece saber a 100% o que pretende defender. Foi um filme pouco consensual, que dividiu a crítica e passou discretamente pelas salas de cinema.

Co-protagonizado a três entre Bryan Cranston (“Breaking Bad”), Laurence Fishburne (“Matrix”), e Steve Carell, narra a história de três amigos que serviram juntos no Vietname. Larry ‘Doc’ Shepherd reune-se com estes colegas de longa data, pelas piores razões possíveis. Está prestes a enterrar o filho, um jovem militar que morreu na linha de serviço, na Guerra do Iraque. Aqui em causa, e motivo das pequena explosões de raiva às quais o ator dá vida – a falta de explicações. Apenas lhe é dito que o filho morreu um herói, mas nunca como morreu. É nesta demanda perturbadora que encontramos uma das interpretações mais intensas da carreira de Carell.




3 – FOXCATCHER (2014)

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Steve Carell em “Foxcatcher” (2014) |© Fair Hill, LLC. All rights reserved.

Com “Foxcatcher” e o personagem John du Pont, Carell recebeu a sua primeira nomeação a um Óscar da Academia. É um papel importante de assinalar, acima de tudo pois o seu reconhecimento marca um período de transição na carreira do ator. Steve Carell é, ainda hoje, um ator associado ao registo cómico. Contudo, a partir deste “Foxcatcher”, passou a ser muito mais.

Na tradição do tipo de narrativa apreciada nas temporadas de prémios, esta é uma história verídica, que narra a relação entre um milionário excêntrico e dois  lutadores de wresting premiados. John Du Pont, o milionário interpretado por Carell procura “treinar” estes dois campeões, para com eles poder partilhar os louvores da vitória. Um filme sobre violência e domínio, onde Carell domina o ecrã.




2 – VIRGEM AOS 40 ANOS (2005)

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Steve Carell em “Virgem aos 40 Anos” (2005) |©Universal Pictures

Sim, é um filme ligeiramente idiota. Contudo, é fulcral e incontornável no que a Carell diz respeito. Realizado por Judd Apatow, talvez o produtor de comédia mais poderoso de Hollywood, e co-escrito por Apatow e pelo próprio Carell, o título diz-nos tudo o que há a saber sobre esta comédia.

Um filme que mudou a vida deste interprete para sempre, elevando-o ao estatuto de super estrela. A obra que celebrizou o ator que aqui colocamos em destaque contou ainda com Catherine Keener, Paul Rudd, Seth Rogen, Elizabeth Banks e Leslie Mann nos papéis principais. Um role de estrelas afetas à comédia, uma fileira de primeira linha que Carell iria agora integrar.

Por muito idiota que seja, “The 40 Year Old Virgin” é formativo e imprescindível no panorama da comédia de Hollywood.




1 – THE OFFICE (2005 – 2013)

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Will Ferrell e Steve Carell em “The Office” (2005-2013) |©NBC

Parece algo frustrante, fechar uma lista de cinema com um papel de televisão. Contudo, não há volta a dar. A versão americana de “The Office”, série original britânica encabeçada pelo irreverente Ricky Gervais, é quase tão icónica como a sua versão original, e o Michael Scott de Steve Carell faz parte da fibra da sua carreira em Hollywood, e merece o destaque devido.

“The Office” foi uma das primeiras séries gravadas no formato de mockumentary,  um falso documentário, que se descobriu entretanto fazer milagres pelo género da sit-com. Aqui, uma fábrica de papel medíocre é gerida por Michael Scott (Steve Carell). A série segue assim o aparentemente desinteressante dia-a-dia da equipa, 24 sobre 24, capturando os seus comportamentos e encontros bizarros. Vive das interpretações de um autêntico elenco de luxo, que lançou para o “mercado” pérolas como John Krasinski, Ellie Kemper ou Mindy Kaling.

Qual o primeiro filme em que se recordam de ver Steve Carell? E para já, eterna questão, “The Office” do Reino Unido ou a versão com Carell? 

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