The Division (PS4) | Análise

The Division foi um dos jogos mais esperados dos últimos meses já bateu alguns recordes da Ubisoft no seu dia de lançamento. Mas estará ao nível do esperado?


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Editora: Ubisoft

Plataformas:  PS4

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The Division apresentou-se ao mundo com gráficos de sonho que nos deixaram a salivar pelo seu lançamento durante muito tempo. Falou-se bastante num downgrade dos gráficos e tal nota-se, mas a experiência não perde qualidade, pois o foco nem está no grafismo. Aliás, o grande trunfo gráfico do jogo não é a sua capacidade técnica, mas sim o enorme e detalhado open world que nos oferece, e que é fantástico.

 

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Com a cidade de Nova Iorque a ser alvo de um ataque biológico, iremos encontrar o caos numa das mais famosas cidades do mundo. O detalhe que iremos encontrar deve-se aplaudir. Existe vida e a cidade parece real, com cada espaço a ter a sua identidade e detalhes que lhe dão uma imagem coerente. Aos poucos o ambiente torna-se tão bom que começa a ser difícil largar o jogo.

Em termos sonoros The Division também está a grande nível, misturando efeitos sonoros de uma cidade quase abandonada com bons momentos sonoros nos tiroteios e explosões. A banda sonora quase não se dá por ela, mas ajuda a criar um ambiente que é o ponto mais alto do jogo. Infelizmente na componente da jogabilidade The Division peca por não ter grandes opções de movimentos, o que se estranha. Todavia é um mal menor.

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No enredo devemos elogiar o trabalho da Ubisoft em tentar contar uma boa história num jogo que é uma mistura de FPS com RPG. O enredo não é fantástico, mas é coerente, e mesmo não marcando o jogo de forma decisiva, consegue proporcionar excelentes missões. Aliás, as missões principais estão muito bem conseguidas, não só pela coerência, mas também pela diversidade e por mostrar que as nossas ações têm significado e não nos estamos a limitar a avançar por missões sem ligações. Este é um ponto muito positivo.

A isto junta-se um ritmo elevado, uma enorme variedade de cenários e muitas formas diferentes de abordarmos as missões. Os cenários estão construídos com inteligência para não nos deixarem ter sempre a mesma forma de avançar e no co-op tal aspeto melhora bastante.
Um dos aspetos a melhorar é a inteligência artificial dos inimigos que por vezes é demasiado óbvia e nos leva a prever movimentos, tornando o jogo mais fácil. Este é um claro sinal de que a Ubisoft olhou para este jogo como um jogo de comunidade, em que os principais inimigos seremos nós, humanos.

Tirando estes aspetos, The Division é um jogo para se jogar com amigos. Queremos melhorar o nosso personagem, queremos explorar mais, ter melhores armas e vencer os mais difíceis inimigos. Lentamente The Division torna-se num Destiny urbano que será jogado durante muito tempo. Claro que nem tudo é positivo e The Division torna-se repetitivo ao fim de 40 ou 50 horas, o que é normal se tivermos em conta que a maioria dos jogos não dura mais de metade desse tempo. Todavia, a base aqui cria é mesmo muito boa e pede por atualizações e novos conteúdos. Se a Ubisoft alimentar o seu novo jogo, então The Division será um dos jogos do ano em termos de horas jogadas.

Tecnicamente muito forte, The Division tem pernas para se tornar num grande jogo multiplayer. A forma como nos leva a pensar nas missões e a planear quais as armas a levar, por onde ir e quem levar connosco faz deste jogo uma experiência muito interessante nas primeiras 30 horas. Alguns modos não são fantásticos e precisam de melhorias, mas está no caminho certo. Agora apenas depende da Ubisoft fazer com que no fim do ano The Division ainda seja dos jogos mais jogados.

 

Pontos fortes:

  • Open world
  • Bom ambiente
  • Missões principais variadas

Pontos fracos:

  • Missões secundárias repetitivas
  • precisará de mais conteúdos no futuro para se tornar num portento do seu género.

Hardware usado pela MHD para teste de jogos:

PS4:

  • PlayStation 4 Glacier White
  • DualShock 4 White
  • Razer Leviathan Sound System

PC:

  • Headphones Razer Carcharias
  • Keyboard Razer Epic Chroma
  • Mouse Razer Naga Epic Chroma

Luís Pinto

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