The Falcon and the Winter Soldier | Curiosidades da nova série da Disney+
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“The Falcon and the Winter Soldier” está aqui, e não há melhor momento do que este para conhecer um pouco da nova série da Disney Plus.
A Marvel Studios continua o seu grande investimento na Disney Plus. Após o astronómico sucesso de “WandaVision”, que foi categorizada como a série mais vista no mundo durante os meses de Janeiro e Fevereiro, chega agora a vez de passar o foco para Sam Wilson e Bucky Barnes. O par de sidekicks de Captain America assumem o foco da trama que os leva numa missão de espionagem, um pouco por todo o mundo.
Kari Skogland, realizadora conhecida por episódios de “The Walking Dead” e “The Handmaid’s Tale”, foi a cineasta escolhida para trazer estas personagens até à plataforma de streaming da Disney, e para lhes dar o seu devido destaque. Já por detrás dos guiões temos Malcolm Spellman, o escritor principal da série, que trouxe o seu talento de projectos como “Empire” e “Truth Be Told”.
A série estreia na Disney Plus a 19 de Março, conhece mais um pouco os detalhes da obra:
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AS INSPIRAÇÕES DE BANDA DESENHADA
Se és fã de banda desenhada, e desejas explorar um pouco o passado destas personagens nas páginas da Marvel Comics, nós temos algumas sugestões para te dar. All-New Captain America: HYDRA Ascendant (2015), de Rick Remender e Stuart Immonen, explora os primórdios de Sam Wilson como Captain America, esta série explora problemas importantes dos dias modernos, incluindo racismo, não deixando de nos dar um olhar mais profundo ao Universo Marvel. É nesta obra que surge a ameaça de uma nova HYDRA, desta vez liderada por Baron Zemo, algo que poderá ter grande relevância para a nova série.
Captain America: Sam Wilson (2015), de Nick Spencer, foi o livro que sucedeu a obra de Remender, e que ajudou a redefinir aquilo que significa ser Captain America. Foi aqui que Sam teve de lutar pelo direito de ser Cap, mas também foi onde teve de lidar com o peso de um título que conta com décadas de história e com uma grande importância para os fãs. Spencer revela-se um visionário, ao explorar temas que viriam a ser relevantes na vida real, como o uso dos media como forma de espalhar desinformação, bem como a brutalidade policial e o racismo.
Winter Soldier (2012), de Ed Brubaker, Butch Guice, e Michael Lark, retrata momentos essenciais na história de Bucky. Brubaker, que criou o Winter Soldier, volta a assumir as rédeas da personagem para nos dar uma incrível história de espionagem de 14 volumes. O livro explora a aliança de Bucky com Black Widow, bem como a crescente conexão amorosa entre as duas personagens, que os leva a embarcar numa missão cheia de acção, mistério e sensualidade.
Captain America (1985-1995), de Mark Gruenwald, marcou uma das série mais importantes para a história de Captain America, com a criação de personagens recorrentes como: Crossbones, U.S. Agent, AmeriCop e Flag-Smasher. Gruenwald foi ainda um dos primeiros autores a reimaginar Captain America como um activista, colocando de lado a ideia de um símbolo do patriotismo, passando a lutar pelos direitos de todos, e a levantar as questões para que todos queremos resposta.
Truth: Red, White and Black (2003), de Roberto Morales, é uma pequena, mas importante, série de sete volumes que explora as origens esquecidas do programa do Super Soldier. Esta história acompanha Isaiah Bradley, um dos 300 afro-americanos experimentados pelo governo dos Estados Unidos numa tentativa de recriar o soro que deu origem a Captain America. Estas experiências causam a morte de todos os homens, menos um, Bradley. O enredo desta banda desenhada retirou inspiração de acontecimentos reais, nomeadamente das experiências de Tuskegee, que decorreram entre 1932 e 1972.
A LOCALIZAÇÃO TEMPORAL & ESPACIAL
A série ocorre seis meses depois dos acontecimentos de “Vingadores: Endgame”, o que significa que teremos um mundo a ajustar-se ao misterioso regresso de 50% da população. Isto coloca os acontecimentos de “The Falcon and the Winter Soldier” entre aqueles exibidos em “WandaVision”, que decorre 3 semanas após “Endgame”, e “Homem-Aranha: Longe de Casa”, que teve lugar 8 meses após o último filme dos Avengers.
Sem entrar em spoilers específicos para ‘The Falcon and the Winter Soldier’, na linha do tempo do MCU, passaram-se pelo menos seis meses desde os eventos de “Vingadores: Endgame”. Isso significa que já se passaram cerca de seis meses desde que metade da população global voltou à existência, após os cinco anos conhecidos como o Blip, e as coisas não voltaram exatamente ao normal ainda. – via Collider
Para além de nos levar por vários cantos dos EUA, entre eles Delacroix, no Louisiana, a terra natal de Sam Wilson; Washington D.C., a localização da exposição de Captain América; e Brooklyn, New York local onde Bucky passa os seus dias; a série leva-nos por vários outros locais no mundo – como a Tunísia e a Suiça. O trailer dá-nos ainda a entender que vamos ter um regresso a Sokovia, quando Zemo visita um memorial às vitimas da destruição da capital, Novi Grad; bem como a introdução de uma nova, mas popular, nação ficcional do Universo Marvel, Madripoor, uma ilha nos arredores de Singapura. A série contou ainda com filmagens em Praga, na República Checa, no entanto, não se sabe se a cidade marcará presença na série, ou se terá servido de base para outra localização do universo.
A HISTÓRIA IDEAL PARA OS DIAS ACTUAIS
Tal como já revelou várias vezes, a Marvel Studios não tem problema em explorar temas importantes para o dias actuais. Por exemplos, o principal foco de “WandaVision” foi a exploração do lutos e dos 5 estágios identificados, como a negação, fúria, a negociação, depressão e aceitação. Já “The Falcon and the Winter Soldier” promete explorar problemas como o racismo, brutalidade policial e outros problemas muito pertinentes nos dias de hoje.
Para o Sam, era bastante óbvio para nós que a sua personagem precisava começar a lidar com as estrelas e linhas no escudo, de duas maneiras. Número um, a perda de um amigo querido, e aqueles sapatos enormes que qualquer um que pegasse no manto precisa de preencher. A outra coisa, sendo um homem negro, será que é mesmo apropriado ter este símbolo? Este símbolo significa algo muito diferente nas mãos de Sam do que nas de Steve. E penso que o público ficará surpreendido ao ver como ele responde a isso. Porque acredito que muitas pessoas estão a pensar: ‘Oh, depois do Endgame, meio que sabemos o que Sam vai fazer.’ E eles vão ficar chocados. – Malcolm Spellman, via Polygon
Sam Wilson é um homem negro, e estas estrelas e linhas são algo que se pode simplesmente perdoar. E isso só pode existir, para o bem ou para o mal, conforme as coisas acontecem. Não estamos aqui com uma agenda. Você ainda quer que seja divertido e musculado, mas também não vamos ser desonestos. – Malcolm Spellman, via The Wrap
O TRAUMA E SOLIDÃO
Da mesma força que Sam tem que lidar com o perda de um colega de equipa, Bucky vê-se no mesmo barco, mas de forma mais profunda. Bucky vê não só o desaparecimento do seu amigo de infância, mas também da sua âncora, a única pessoa que conhecia que passara pela mesma situação que ele. Tanto Steve Rogers como Bucky, viveram mais de um século, perderam todos aqueles que conheciam e tiveram que se habituar a um mundo completamente diferente. No caso de Bucky, este apenas agora está a começar a integrar-se no mundo moderno, e desta vez não terá a ajuda de Captain America para o fazer.
Para além disso, Bucky tem ainda de lidar com as memórias de um passado do qual não teve controlo. Mesmo após ser libertado da influência da HYDRA por Shuri, Bucky continua a ter memórias das suas missões como agente de Zola, o que revela um peso que terá de carregar para o resto dos seus dias.
Nós processamos toda a bagagem que Bucky está a carregar, de todos aqueles assassinatos que realizou, e de ter sido manipulado pela HYDRA, década após década, após década. Nós trouxemos isso à tona, e personificamos essas memórias através de uma personagem com quem ele terá que lidar, e irá falhar ou ter sucesso em absolver seus pecados por meio dessa personagem. Essa é a sua própria história pessoal que não tem nada a ver com a narrativa principal. Além disso, tínhamos toda a sua história de fundo ali à disposição. Nós sabemos que ele tem 106 anos, o que é outra coisa que o faz sentir-se muito parecido com o outro. – Malcolm Spellman, via Polygon
A EXPLORAÇÃO DO DIA A DIA
“WandaVision” aproveitou os seus nove episódios para nos dar a conhecer um pouco melhor as suas personagens em momentos mais calmos, e sem ter de dividir o tempo de antena com os heróis principais. “The Falcon and the Winter Soldier” segue o mesmo principio. Apesar de não deixar a acção brutal a que o MCU nos habituou, a série vai ainda usar o seu formato de longa duração para explorar um pouco mais do dia a dia dos heróis fora dos “disfarces”. A família será o principal foco de Sam Wilson fora das missões, principalmente o facto de este ter fugido, devido aos Acordos de Sokovia e dos eventos de “Guerra do Infinito”, e os ter deixado sem contacto durante anos. Já Bucky, tal como foi revelado no ponto anterior, terá de lidar com a sua consciência, algo que o levará a enfrentar fantasmas do seu passado.
Nós conseguimos ver [Sam] apenas como um homem normal. Conseguimos vê-lo sentado em casa a ver televisão, em todas as facetas de sua personalidade. Acredito que quando virem as duas personagens juntas, e como elas são drasticamente diferentes, vão ver como isso funciona em níveis muito diferentes. O que acontece quando o Winter Soldier não consegue encontrar os seus cereais favoritos? – Anthony Mackie, via EW
AS ESTRELAS DE THE FALCON AND THE WINTER SOLDIER
A série promete ver o regresso de nomes familiares aos fãs do MCU, que incluem os actores que dão vida às personagens titulares, Anthony Mackie e Sebastian Stan, bem como o regresso de Daniel Brühl como Zemo, Emily VanCamp como Sharon Carter, Georges St-Pierre como Batroc, que regressa ao MCU após a sua pequena participação em “Capitão América: O Soldado do Inverno”; e contamos ainda uma pequena aparição de Don Cheadle como War Machine.
Nas estreias no Universo Cinematográfico da Marvel temos Wyatt Russell, como John Walker; e Erin Kellyman, como Karli Morgenthau; duas personagens que prometem fazer a vida dos nossos heróis muitos difíceis. Se queres conhecer mais sobre estas, e outras personagens, só precisas de passar pelo nosso Guia de Personagens.
PRODUÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA
Tal como aconteceu com “WandaVision”, “The Falcon and the Winter Soldier” também foi um dos projectos que sofreu um pouco com a chegada da pandemia. A série estava marcada para ser a primeira obra da Marvel Studios a chegar à Disney Plus, no entanto, a suspensão das viagens internacionais, bem como a forçada suspensão das filmagens no inicio de 2020, forçaram o projecto a sofrer um dos maiores adiamentos do MCU. Kari Skogland revelou recentemente que, apesar da história da série não ter sofrido alterações devido à pandemia, a pausa das filmagens ajudaram os cineastas a encontrar o foco necessário para contar a história que queriam explorar.
Na verdade, isto aproveitou muito a experiência que todos nós tivemos de várias maneiras diferentes em 2020. Eu senti que estávamos a fazer algo que era muito mais importante, na verdade, do que quando começamos. Não foi apenas estas personagens continuar a sua jornada, mas também foi uma maneira de explorar muitos temas que são muito relacionáveis com o que aconteceu e o que vimos. – Sebastian Stan, via EW
O LEGADO DE CAPTAIN AMERICA
O direito ao título de Captain America, e do seu escudo de Vibranium, promete ser o principal foco da série. Será Sam merecedor de seguir os passos de Steve Rogers? Terá Steve Rogers o direito de nomear o seu sucessor? Estas são algumas das questões que certamente farão parte do enredo da série.
[Sam] tem que decidir o que será carregar o escudo, e ele tem muitos sentimentos sobre como será o futuro do escudo, tal como Bucky. – Kari Skogland via EW
A série é muito honesta e direta, e muito sem remorso sobre como lidar com a verdade do que significa ser americano, Captain America, ser Captain America Negro – e se isso for alguma coisa. Iniciando onde paramos no final do Endgame, a série progride extremamente bem ao fazer estas perguntas, e ao explicar porque é que o Sam disse que o escudo parece pertencer a outra pessoa. – Anthony Mackie, via EW
JOHN WALKER: HERÓI OU VILÃO?
John Walker é o novo Captain America apoiado pelo governo americano, mas será ele um autentico heróis, ou um verdadeiro vilão em disfarce. Wyatt Russell foi o actor escolhido para dar vida a esta personagem que promete esconder uma personalidade muito complexa e que dará que falar.
Ele é uma personagem complicada. Isso é o que me atraiu nele. Vai ser divertido ver como todos estes três indivíduos interagem em termos de personalidade. Eu acredito que posso dizer com segurança que é uma série sobre identidade e o que isso significa para cada pessoa específica. – Wyatt Russell, via EW
Aquela personagem dos livros, o que ela representa, é extremamente relevante. Nós desviámo-nos um pouco dos livros, então adicionamos algumas dimensões muito, muito diferentes, especialmente depois de Wyatt se envolver no projecto e começar realmente a dar vida à personagem. Mas o espírito, tudo que precisamos fazer é ler as bandas desenhada da Marvel e então imaginar que não fizemos metade do que está nos livros. Essa é a minha maneira de dizer que não posso falar sobre Wyatt. – Malcolm Spellman, via EW
CONEXÕES DO FUTURO
PARA THE FALCON AND THE WINTER SOLDIER
Algo que o MCU faz melhor do que ninguém, é conectar os seus projectos de forma coerente. Como tal, “The Falcon and the Winter Soldier” não ficará de fora da crescente conectividade das histórias da Marvel. A série promete ser uma rampa de lançamento para estas duas personagens, e uma forma de as revitalizar estes heróis de menor escala, propulsionando-os para a ribalta em vários dos projectos que se seguem.
Temos um futuro traçado para personagens pós-“The Falcon and the Winter Soldier”, mas não quero dizer muito mais do que isso. – Kevin Feige via EW
Consigo pensar em três sobre os quais não tenho permissão para falar… – Spellman via EW
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