TOP Interpretações Leonardo DiCaprio | 1. O Lobo de Wall Street

 

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A última colaboração de DiCaprio com Martin Scorsese é algo de maluco, absurdo, provocador, mas com muito humor negro à mistura que não deixa ninguém indiferente. 

Jordan Belfort não é uma interpretação vulgar. Como bem sabemos, não teve direito a Óscar, mas na verdade não precisou dele para nada.

Aquele que ficou conhecido como um dos maiores vigaristas financeiros em Wall Street é, à partida, um cidadão muito generoso, amigo do seu amigo, bom pai e marido fiel, não bebe, não fuma, não conduz sob substâncias químicas…tudo tretas. Este que é um maior canalha e simultaneamente o maior herói do século XXI, e tudo graças à interpretação de Leonardo DiCaprio. Além disso, é um homem que todos adoram odiar, com uma vida que inveja até aos mais certinhos.

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Numa narrativa que favorece o discurso direto e corta a quarta barreira, servindo de influência ao recente A Queda de Wall Street, Leonardo DiCaprio consegue mostrar como não existem vilões, mas pessoas com falhas (a persona da sua personagem, fora as redundâncias, tem bastantes). Belfort consume uma gigantesca quantidade de drogas, requisita inúmeros serviços de prostitutas, é preso por esquemazinhos vigaristas com os quais lucra imenso e diz palavras ‘feias’, mau-mau. Pelos seus gestos e enquanto narrador nato cuja voz domina todos os segundos, entendemos – ou quase – os seus ideais malucos, num misto agridoce entre mentira e de verdade.

O Lobo de Wall Street

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Leonardo DiCaprio mesmo ao participar num filme criticado por promover sexo e drogas, faz-nos enveredar nessa brincadeira imoral da narrativa, que se constituiu como entretenimento ao mais alto nível de qualidade. São três horas de loucura, de uma viagem quase pelos bastidores da constituição de uma verdadeira estrela, aliás ‘quanto mais se sobe maior é a queda’. É quando atinge o expoente máximo na sua carreira, com uma química nunca antes conseguida entre público – ator – personagem. F****.

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