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Vinil prepara-se para destronar o CD e há uma razão

O Vinil perdeu força no final do século passado mas os números não mentem e está a regressar em força. Há quem diga que já ultrapassou os CD’s.

A indústria da música atingiu marcos históricos que poucos poderiam prever: tornou-se um negócio mais lucrativo do que o cinema e está prestes a testemunhar o vinil ultrapassar os CD’s em receita. Estas conclusões fazem parte de um relatório recente elaborado por Will Page, antigo economista-chefe da Spotify, que tem acompanhado o valor dos direitos musicais ao longo da última década.

Além disso, os discos de vinil passaram por várias eras inesquecíveis da história da música mundial, com vários álbuns icónicos nesse formato. O efeito de nostalgia é cada vez mais real e ajuda a explicar este ressurgimento.

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De acordo com o relatório, o valor dos direitos musicais, que incluem copyrights de gravações, streaming e transmissões em rádio, cresceu significativamente nos últimos anos. Em 2014, estes direitos estavam avaliados em 25 mil milhões de dólares, mas, em 2024, esse valor já alcançou os 45,5 mil milhões de dólares.

Em comparação, a indústria cinematográfica, que atingiu o pico em 2019 com receitas globais de bilheteira de 41,9 mil milhões de dólares, regista atualmente um valor de 33,2 mil milhões de dólares. Este declínio no cinema reflete o impacto duradouro do encerramento de salas durante a pandemia, enquanto a música encontrou novas formas de gerar receitas, particularmente através do streaming digital.

Outro dado surpreendente do relatório é o ressurgimento do vinil como uma força económica significativa. Nos Estados Unidos, o vinil deverá gerar cerca de mil milhões de dólares em receitas para as editoras discográficas em 2024, ultrapassando os CD’s tanto no mercado norte-americano quanto a nível global. Este renascimento reflete uma mudança cultural, com os consumidores a valorizarem a tangibilidade e a nostalgia dos discos de vinil.


Uma mudança de paradigma também nos negócios

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O relatório destaca ainda alterações no modo como a música gera receitas. Em 2023, as receitas provenientes de espetáculos ao vivo ultrapassaram as da licença de execução pública, paga por estabelecimentos comerciais como lojas e hotéis para usar música nos seus espaços. O streaming digital também superou as transmissões em rádio e outros meios tradicionais, que anteriormente dominavam mais de 50% do mercado. Hoje, o streaming representa uma fatia muito maior das receitas totais da música.

Embora a indústria da música esteja em ascensão, a maior parte das receitas continua a ser distribuída por intermediários, como editoras e plataformas de streaming. Apenas uma fração chega aos artistas, particularmente aos que não possuem os direitos das músicas que interpretam, já que os direitos de composição permanecem entre os mais valiosos.

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