Warner Bros. marca sites da Warner Bros. como sendo piratas

Quem com ferros mata… com ferros se corta de vez em quando.

É certo que não é correto fazer pouco da desgraça dos outros e também é verdade que sentimentos de alegria para com a desgraça alheia não são propriamente muito nobres. Mas quando se trata da Warner Bros. a dar um tiro no próprio pé porque a sua filosofia de “levar tudo à frente ao Deus-dará e não queremos saber das consequências” finalmente custou-lhes alguma coisa. Com licença, nós temos de ir buscar as nossas pipocas para podermos saborear este momento da melhor maneira.

Enfim, para dar algum contexto a esta história, é preciso realçar que a Warner Bros. tem um historial de “combater a pirataria” usando, metaforicamente falando, o equivalente a uma caçadeira quando devia usar um bisturi. Durante os últimos meses a companhia, juntamente com a sua parceira “anti-pirataria” Vobile, fez 4 milhões de pedidos à Google para que esta remova dos seus resultados de buscas certos sites que a Warner considera como sendo “sites de pirataria”. No entanto, a Warner Bros. está claramente a marcar todos os sites que encontra sem se preocupar minimamente em verificar se o conteúdo é verdadeiramente ilegal ou não… uma vez que acabou de se acusar a si própria de piratear ilegalmente os seus próprios produtos.

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De acordo com o site TorrentFreak, entre os milhões de URLs que a Warner pediu à Google para bloquear encontram-se os sites oficiais dos filmes O Cavaleiro das Trevas, Matrix e Um Homem de Sorte. Adicionalmente, a página da Amazon do filme O Cavaleiro das Trevas, onde é possível comprar ou alugar uma cópia do filme de forma completamente legal (o que apenas resulta em mais lucros para a Warner Bros.) foi igualmente marcada, assim como as páginas do filme Batman: O Início no site de streaming Sky Cinema e no IMDB, um site que contem meramente a ficha técnica do filme. Porque aparentemente uma lista com nomes de atores e as personagens que estes representaram são uma ameaça aos direitos de autor da Warner Bros..

Enfim, a situação foi eventualmente corrigida, ou em certos casos (como no caso dos URLs da Amazon, Sky e IMDB) a Google apercebeu-se imediatamente daquilo com que estava a lidar e não tomou qualquer iniciativa. Mas mais uma vez se notam os inconvenientes causados quando os estúdios de renome tem poder quase absoluto e podem acusar o que quiserem, com uma filosofia de “culpado até prova em contrário” e em que não há consequências absolutamente nenhumas para fazerem as acusações que bem lhes apetecer por muito infundadas que sejam.

Bem, pelo menos podemos disfrutar destas pipocas por um bocado.


 



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