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Willow T1, em análise

O mágico Willow Ufgood regressou passados 34 anos. Será que foi uma boa aposta por parte da Disney? 

Em 1988, o mundo descobria a magia do pequeno Willow Ufgood, através do filme “Willow – Na Terra Mágica” (1988), realizado por Ron Howard e escrito por George Lucas. Num (rápido) resumo do filme, o bem triunfa sobre o mal, com Willow como principal responsável pela vitória. No entanto, como costuma acontecer, o mal nunca é derrotado à primeira, sobretudo num mundo mágico como este. Nesse sentido, Willow regressa numa série com o mesmo nome, para, de uma vez por todas, derrotar o mal. Mas agora, a tarefa avizinha-se mais difícil do que a primeira vez.

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Antes de entrarmos na narrativa, vamos explorar um pouco cada uma das personagens. Começando pelo os atores que fizeram parte do elenco original, estão Warwick Davis (Willow Ufgood) e Joanne Whalley (Sorsha). Do filme de 1988, encontramos um pequeno e jovem aprendiz a feiticeiro, com uma enorme vontade de aprender e dar espalhar o bem no mundo. Além disso, começamos a conhecer mais sobre a personalidade do próprio Willow, que muda consoante os acontecimentos em que está inserido. Na nova série da Disney+, o regresso do ator foi uma das melhores decisões para a série. Um ator que conhece, por dentro e por fora a personagem, e que em certo momentos, sente a sua angústia. No decorrer da primeira temporada, descobrimos o feiticeiro, em certo modo, revoltado, algo que se percebe com curtos mas esclarecedores flashbacks, após uma conversa com Sorsha. Em sentido semelhante está Sorsha, que do mal vai para o bem, isto no filme de 1988. Infelizmente, durante a a nova adaptação não tem muita exposição, dado também que a grande parte da narrativa passa-se fora de Tir Asleen. Ainda assim, podia estar mais envolvida.

Willow
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No que toca as outras personagens, a escolha dos atores e a construção das próprias personagens foi feita exemplarmente. No novo conjunto de personagens, onde estão Jade (Erin Kellyman), Kit (Ruby Cruz), Elora Danan (Ellie Bamber), Graydon (Tony Revolori),  Boorman (Amar Chadha-Patel), e até Allagash (Christopher Slater), encontramos em todos elementos essenciais para a construção narrativa. Além da missão em resgatar Airk (Dempsey Bryk), e ajudar Elora na sua missão, existem relações e histórias paralelas que tornam “Willow” mais rico. Dentro das várias ramificações que a história pode levar, está o verdadeiro destino de Madmartigan (Val Kilmer), que dado à saúde atual do ator não se encontra na série, mas envolveram o destino do espadachim em grande mistério. Aqui, surgem três personagens essenciais para dar fio à procura, com Kit, enquanto filha, e Boorman e Allagash enquanto companheiros da última expedição de Madmartigan. Com algumas pistas nos últimos episódios da temporada, certamente iremos ter outra visão na proxima temporada. 

Sobre as personagens, existem duas que se dão outro brilho ao elenco, pelo lado cómico e pelo aparente mistério. Sem surpresas, e desde do primeiro episódio, Boorman tornou-se a personagem mais carismática da série, em que certos momentos rouba o protagonismo aos restantes. No entanto, podíamos (e devíamos) ter descoberto mais sobre a sua história na primeira temporada. No outro lado está Graydon, um introvertido príncipe que nos últimos episódios está a revelar-se numa das personagens mais importantes da série, além que a performance do ator é das melhores da série.

Boorman (Amar Chadha-Patel), Jade (Erin Kellyman) e Graydon (Tony Revolori) © Lucasfilm

No que diz respeito à história principal, também encontramos uma linha temporal coerente, sem momentos a mais. Apesar de não ser necessário ver o filme para compreender a história, dado que o essencial é explicado na própria série, facilmente compreendemos a lógica por de trás da nova narrativa e aventura em Tir Asleen. No entanto, é no último episódio que a série mostra a sua complexidade, com a misteriosa cidade Emorial. A transformação de Airk, a misteriosa água alaranjada que parece ser um portal entre dimensões, revela-nos que a magia deste universo é muito mais complexa do que pensávamos. Agora, com o último episódio (e sem spoilers), resta-nos esperar pela segunda temporada para compreender os próximos passos. Além disso, também ligado à narrativa, estão os inevitáveis efeitos especiais, sobretudo numa série que envolve magia. Neste ponto, todos os momentos de magia parecem, de facto, verdadeiros. 

A Disney+ reviveu um clássico que devia ser mais reconhecido, mas que infelizmente, dado à época em que foi lançado, foi ofuscado por filmes como “Rain Man”, “Die Hard”, “Beetlejuice”, e “Chucky, o Boneco Assassino”. Agora, Willow e a nova companhia tem uma nova oportunidade para revelar-nos o incrível mundo de Tir Asleen. Desde dos atores, personagens, à narrativa principal e ramificações, a primeira temporada de “Willow” traz grandes expectativas para uma série que poderá durar vários anos.

TRAILER | ACOMPANHA A NOVA AVENTURA DE WILLOW

Achas que foi uma aposta acertada? Viste o filme?

Willow

O Mal está de volta, e só há uma maneira de o derrotar. Uma missão de resgate vai levar a uma série de revelações.

Pros

  • Narrativa Coerente;
  • Elenco – excelente escolha de atores para as respetivas personagens;
  • Relações;
  • Efeitos especiais;

Cons

  • Banda sonora – fica aquém do mundo mágico;
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