Tinha medo de ser rotulada | Zoe Saldaña (Avatar) regressa ao género onde se tornou famosa
“Tinha medo de ser rotulada” – Agora Zoe Saldaña, a estrela de “Emília Pérez”, abraça um género que é muito mais do que uma “coisa de ‘geeks'”.
Sumário:
- Zoe Saldaña superou o receio de ser rotulada como estrela de ficção científica e abraçou plenamente esse género;
- A sua atuação em “Emília Pérez” marca uma fase em que explora novas vertentes criativas, demonstrando a sua versatilidade;
- Saldaña agora valoriza o impacto dos seus papéis e o vínculo criado com o público global, sentindo-se parte de uma comunidade que celebra a ficção científica.
Zoe Saldaña é uma das atrizes mais bem-sucedidas de Hollywood. Fez parte de quatro das maiores franquias cinematográficas de todos os tempos – “Avatar“, “Vingadores”, “Guardiões da Galáxia” e a nova versão de “Star Trek”. Uma façanha impressionante que a colocou num patamar exclusivo. No entanto, a sua relação com estes papéis nem sempre foi fácil.
Da hesitação à aceitação
Num recente episódio do podcast “Awards Chatter“, conduzido por Scott Feinberg, a aclamada atriz falou sobre o seu conflito interno com o rotulo de “estrela de ficção científica”. “Tinha medo”, admitiu ela. “Se dependesse de mim, estaria no espaço de dois em dois meses. Gosto do espaço. Gosto de imaginar o inimaginável.”
Saldaña recorda que, quando lhe propuseram o papel de Gamora em “Guardiões da Galáxia” (Disney+), em 2013, a sua primeira reação foi de relutância. “Nessa altura, eu disse: ‘Não posso fazer outro filme no espaço’.” A atriz temia que o público a visse apenas como uma “estrela de ficção científica”, encarcerando-a num género que, apesar de amar, a fazia sentir-se por vezes “presa”.
Mas com o tempo, Saldaña foi abraçando cada vez mais estes papéis, percebendo o seu verdadeiro valor e impacto. “Pela primeira vez na minha vida, comecei a entender que o que faço dá-me a capacidade de me conectar com indivíduos que nunca vou conhecer,” refletiu. “Crianças em África, no Japão, se virem ‘Avatar’ e ficarem transfixadas, eu faço parte dessa história, vou estar para sempre conectada a elas através desse momento especial.”
O papel que libertou Saldaña
Foi o seu último papel, em “Emília Pérez“, que parece ter finalmente libertado Saldaña desse fardo. Neste filme aclamado pela crítica, a atriz pode dar largas à sua criatividade, a cantar, dançar e a falar em espanhol – muito longe dos papéis de ficção científica que a tornaram famosa.
Hoje, a atriz abraça orgulhosamente essa faceta da sua carreira, reconhecendo que a ficção científica é muito mais do que uma “coisa de geeks”. “Estas são as minhas pessoas,” disse ela sobre realizadores como James Cameron e J.J. Abrams. “Quando eram miúdos, estavam a ler ficção científica e sentiam-se estranhos. E eu sinto-me em casa com eles.” diz Saldaña. “Estou orgulhosa de ter feito parte de todas estas franquias […] Gostava de ter percebido na altura a importância do que estava a acontecer.”
Zoe Saldaña provou que é muito mais do que uma “estrela de ficção científica”. Com a sua notável atuação em “Emília Pérez”, a atriz mostrou a sua versatilidade e capacidade de se reinventar. E, ao aceitar de braços abertos os papéis que a catapultaram para a fama, Saldaña demonstrou uma maturidade artística que a coloca entre as melhores atrizes da sua geração. Agora, é a vez do público se render ao seu talento multifacetado.
Será que esta nova fase da sua carreira vai finalmente dar-lhe o devido reconhecimento? Deixa a tua opinião nos comentários!