10 Atores substituídos à última da hora
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Kevin Spacey não foi o único a ser substituído num filme, existem outros casos em que o realizador pensou duas vezes sobre a sua escolha.
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A polémica troca de Christopher Plummer por Kevin Spacey em “Todo o Dinheiro do Mundo”, pode ter sido a mais mediática, mas não foi um caso isolado. Descobre dez atores que, por motivos diferentes do de Spacey, foram retirados dos filmes, uns por por mútuo acordo, outros por decisão do realizador.
KEVIN SPACEY VS. CHRISTOPHER PLUMMER
A decisão partiu do próprio Ridley Scott e dos produtores Dan Friedkin e Bradley Thomas, mas depressa se manifestou por toda a equipa de produção de “Todo o Dinheiro do Mundo“. Contando também com o apoio da Sony Pictures, a decisão de substituir Kevin Spacey por Christopher Plummer foi unânime. Scott conseguiu regravar todas as cenas de Spacey sem ter de adiar a data de estreia do filme.
O cineasta afirmou que, apesar de todos os obstáculos, foi essencial assegurar que as infelizes alegações contra o ator secundário não iriam prejudicar um filme. “Todo o Dinheiro do Mundo” integrou perto de 800 atores, argumentistas, artistas, artesãos, e restante equipa, que trabalharam incansavelmente, e de forma ética, ao longo de vários anos, defendeu Scott.
WILL SMITH VS. JAMIE FOXX
Will Smith foi a primeira escolha de Quentin Tarantino para interpretar Django, em “Django Libertado“. A dupla teria feito correr muita tinta de imprensa, não fosse Smith ficar com a ideia de que a personagem de Christoph Waltz seria a principal, o que o levou a recusar o papel… Jamie Foxx foi mais modesto.
Nesse ano, o ator aceitou o papel de Cypher Raige em “Depois da Terra”, onde contracenou com o seu filho, Jaden Smith. Ironicamente, Christoph Waltz acabou por ganhar o Óscar para Melhor Ator Secundário, pela sua prestação no filme de Tarantino. No final, Smith acabou por reconhecer que “Django Libertado” foi um filme extraordinário, mas que não se adequava a si.
ERIC STOLTZ VS. MICHAEL J. FOX
Apesar de Michael J. Fox ser a cara que hoje associamos a Marty McFly de “Regresso ao Futuro“, a história poderia ter sido outra. Eric Stoltz, que na altura era um jovem ator em ascensão com significante popularidade, foi a escolha inicial para o papel de Marty. Stoltz chegou inclusive a gravar durante algumas semanas, quando o realizador Robert Zemeckis e o argumentista Bob Gale, se aperceberam que o ator talvez não fosse a escolha ideal…
Ao que parece, Stoltz brilhava em papeis dramáticos, mas não era capaz de “perder um parafuso”. De acordo com Zemeckis e Gale, faltava-lhe energia e um bocado de loucura, essenciais à personagem de McFly. A dupla expôs as suas preocupações a Sid Sheinberg, presidente da MCA Inc. e Universal Studios, pedindo que Michael J. Fox, a sua escolha inicial, substituí-se Stoltz. Fox não pode agarrar o projeto desde o início por questões de agenda, uma vez que se encontrava a gravar a série “Family Ties” (“Quem Sai aos Seus”).
JEAN-CLAUDE VAN DAMME VS. KEVIN PETER HALL
O jovem Jean-Claude Van Damme chegou a Hollywood com o objectivo de mostrar ao mundo o seu domínio das artes marciais. Quando chegou ao set de “O Predador“, na década de 80, e o colocaram dentro de um fato vermelho, o ator não achou muita piada… Com o calor abrasador que se fazia sentir no México, onde as filmagens estavam decorrer, Van Damme mostrava cada vez mais o seu descontentamento pelo papel, instalando um ambiente pesado entre os colegas e a equipa.
Segundo equipa de efeitos especiais do filme, Jean-Claude Van Damme não percebeu que o fato vermelho era apenas um instrumento para as filmagens. Este aspecto só o tornou mais revolto, pois Van Damme pensava que iria poder utilizar as suas artes marciais contra Arnold Schwarzenegger. Somando todos os factores, para além de o ator ser pequeno em comparação com Schwarzenegger, a decisão de substituir foi unânime. Kevin Peter Hall foi o escolhido que, para além de não ter demonstrado qualquer tipo de reclamação, media mais de dois metros, o que o tornava perfeito para ser o Predador.
RYAN GOSLING VS. MARK WAHLBERG
Em 2009, Ryan Gosling não tinha o corpo a que nos habituou (como podes comprovar na fotografia acima). Na tentativa de interpretar Jack Salmon na adaptação de “Visto do Céu” de Peter Jackson, Gosling engordou perto de 30kg e deixou crescer a barba, de forma a tentar parecer mais velho. O ator, então com 26, não discutiu esta abordagem com o realizador ou equipa técnica, o que o deixou “gordo e desempregado”.
Gosling nunca chegou a filmar, uma vez que todas as conversas que teve com Jackson e Fran Walsh, responsável pelo argumento e mulher do cineasta, foram na fase de pré-produção do filme. Desta forma, Jackson optou por contratar Mark Wahlberg para o papel em questão. Walsh comentou, na altura, que “só quando entramos na fase de pré-produção, com o elenco completo no set é que se tornou claro: ele [Gosling] estava tão desconfortável com o papel, que começamos a sentir que não era escolha certa. Era a nossa cegueira, o desejo para que funcionasse de qualquer forma.”
STUART TOWNSEND VS. VIGGO MORTENSEN
Antes de Viggo Mortensen dar vida ao Aragorn que conhecemos, foram muitos os atores que estiveram em cima da mesa. Stuart Townsend foi o único que chegou a pisar o set de “O Senhor dos Anéis“, tendo sido o escolhido pela equipa de casting. O ator ainda treinou durante dois meses para o papel, e filmou um dia ou dois, quando Peter Jackson pensou duas vezes…
De acordo com o realizador, Townsend, na casa dos vinte e muitos, era demasiado novo para o papel. Viggo Mortensen foi a escolha de Jackson para interpretar Aragorn na trilogia de “O Senhor dos Anéis“.
EMILY BROWNING VS. KRISTEN STEWART
Teria “Crepúsculo” sido diferente se Emily Browning fosse Bella Swan? Nunca o saberemos, porque a atriz recusou a oferta vinda da própria autora, Stephenie Meyer. A atriz afirma que não se arrepende da sua decisão, salientando se tivesse de aguentar com o que Kristen Stewart lidou, muito provavelmente já teria desistido de representar. No entanto, teria sido interessante ver o resultado da carreia de Browning caso tivesse aceite o papel.
Desde que recusou entrar na saga “Twilight”, Browning tem entrado maioritariamente em filmes independentes. As longa-metragens que mais destacamos da sua filmografia são provavelmente “Sucker Punch – Mundo Surreal” e “Lendas do Crime“.
TOM HANKS VS. TOM CRUISE
É difícil imaginarmos outro ator que não Tom Cruise no papel de Jerry Maguire. No entanto, se o tivéssemos de fazer Tom Hanks não seria uma má ideia. Aliás, o ator foi a primeira escolha de Cameron Crowe para interpretar Maguire. Contudo, em 1996, Hanks estreava-se na realização com o filme “Tudo por Um Sonho”, o que ocupava a sua agenda, rejeitando o convite de Crowe.
Tom Hanks não guarda rancores por ter continuado no seu projecto, confessando que depois de ver “Jerry Maguire” não havia ninguém melhor que Tom Cruise para o papel. Também Hugh Grant teve a oportunidade de ler o guião antes do filme ser realizado, mas por acidente. O ator refere-se a esse episódio em tom cómico, explicando que ligou de seguida ao seu agente a dizer que “deve existir algum engano, pois enviaste-me um bom argumento”. O agente pediu desculpas a Grant informando-o que o envelope era para Tom Cruise.
MATT DAMON VS. SAM WORTHINGTON
Quando a produção de “Avatar” teve luz verde, Matt Damon estava no centro das atenções devido aos êxitos da trilogia de “Bourne” e “The Departed – Entre Inimigos“. Logo, não é de todo estranho que James Cameron tenha querido contratar o ator para o papel principal do seu milionário blockbuster.
Damon alegou que foi uma incompatibilidade de agendas que não o permitiu aceitar a proposta de Cameron. Referindo que, na altura, leu o guião de “Avatar“, e que ficou bastante entusiasmado por poder trabalhar com o realizador de “Titanic”. No entanto, o ator optou por entrar trabalhar com o seu amigo de longa data, Paul Greengrass, em “Green Zone: Combate pela Verdade”.
BRAD PITT VS. BILLY CRUDUP
Brad Pitt esteve perto de protagonizar “Quase Famosos” de Cameron Crowe. O papel de Russell Hammond foi originalmente escrito para o ator. Pitt chegou a trabalhar alguns meses com Crowe no desenvolvimento de Hammond. No entanto, chegou à conclusão que não compreendia o suficiente da personagem para a interpretar, desistindo do filme.
Se Brad Pitt tivesse continuado, “Quase Famosos” provavelmente não teria ganho o estatuto de filme de culto, que muitos atribuem. Com a entrada de Billy Crudup, Hammond ganhou uma dimensão misteriosa, cativante, mas ao mesmo tempo tresloucada. A combinação destes factores foi possivelmente o que levou o espectador a ficar indeciso em quem se focar: se Hammond ou Jeff Bebe (Jason Lee). Com Pitt teríamos ficado, à partida, mais facilmente do lado de Hammond.
Conhecias estas substituições? Existe alguma em que preferias a “versão original”?
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