21 Curiosidades que provavelmente desconhecias sobre Parque Jurássico
Passaram 25 anos desde que Steven Spielberg nos transportou para um mundo repleto de dinossauros, conhecido como o Parque Jurássico.
Foi em 1993 que Steven Spielberg se atreveu a mostrar-nos um mundo nunca antes visto no grande ecrã. Depois de “Encontros Imediatos do 3º Grau”, “Tubarão“, e “E.T. – O Extra-Terrestre“, o cineasta preparava-se para surpreender mais uma vez o público. Desta vez, o tema escolhido havia sido a exibição de animais com cerca de 240 milhões de anos, com um detalhe e realismo muito avançado para a época. Quem viu “Parque Jurássico” aquando a sua estreia não lhe ficou indiferente. Se cresceste entre as décadas de 80/90, de certo que o T-Rex de Spielberg te assombrou durante algum tempo, não?
O mundo dos dinossauros de Spielberg acabou por se tornar num franchise, com alguns altos e baixos. Mas foi em 2015 que Colin Trevorrow decidiu revisitar o imaginário do icónico realizador, levando-nos de volta à Ilha Nublar. O filme acabou por dar início a uma nova saga intitulada de “Mundo Jurássico“, contando com o próprio Steven Spielberg como produtor executivo.
Neste artigo, o nosso foco será no original “Parque Jurássico”, o qual nos foi apresentado pelo falecido Richard Attenborough, ou como nós o conhecemos, pelo Dr. Hammond. Na celebração dos seus 25 anos, reunimos 21 curiosidades sobre o filme, será que já as conheces?
1. BLOCKBUSTER
Sabias que foi o “Parque Jurássico” que ajudou a definir o conceito de blockbuster moderno? O monstruoso êxito de Steven Spielberg estreou no Verão de 1993, atraindo multidões para as salas de cinema. Com um elenco repleto de estrelas e com efeitos especiais nunca antes vistos, o filme tornou-se um pioneiro dentro da indústria da 7ª arte.
2. O AUTOR
Pensavas que a história tinha saído directamente do imaginário de Steven Spielberg? Então estás mal-informado. Michael Crichton foi o responsável pela criação do “Parque Jurássico” na década de 80. Inicialmente, Crichton tinha escrito a aventura na perspectiva de um rapaz que estava num parque temático quando os dinossauros conseguiram escapar. A história não teve um feedback muito positivo, pelo que o autor decidiu alterar o livro para a versão adulta. Esta foi publicada em 1990, atraindo instantaneamente as atenções de Hollywood. A Universal acabou por ganhar a batalha pelos direitos de “Parque Jurássico”, em grande parte graças à amizade de longa data entre Crichton e Spielberg.
3. JOSEPH MAZZELLO
Joseph Mazzello teve perto de não entrar em “Parque Jurássico”. O ator, que conhecemos como o neto de Hammond, Tim, tinha inicialmente feito audição para entrar em “Hook”, outro dos êxitos de Spielberg, lançado em 1991. No entanto, o cineasta foi da opinião que Mazzello, na altura com sete anos, era muito novo para o filme. Ainda assim, Steven Spielberg disse ao jovem ator para não se preocupar, porque ele o iria colocar num filme nesse Verão. Esse filme foi nada mais nada menos que “Parque Jurássico”.
4. 15 MINUTOS DE DINOSSAUROS
Sabias que expressão ’15 minutos de fama’ acaba por se aplicar aos dinossauros de “Parque Jurássico”? Apesar do filme ter 2 horas e 7 minutos de duração, apenas 15 minutos correspondem a filmagens com os dinossauros. Esta técnica foi comparada à usada por Spielberg em “Tubarão”, onde o tempo de ecrã das criaturas é minimizado de forma a aumentar o seu impacto.
5. PARQUE JURÁSSICO OU A LISTA DE SCHINDLER?
Nunca achaste estranho “Parque Jurássico” e “A Lista de Schindler” partilharem do mesmo ano de estreia? Spielberg realizou a sua primeira aventura Jurássica ao mesmo tempo que se encontrava na fase de pós-produção do seu primeiro Óscar para Melhor Filme, “A Lista de Schindler”. O icónico cineasta descreveu esta multi-tarefa, em 1993, numa entrevista à Entertainment Weekly, como:
Estou sentado a trabalhar num meio a preto e branco, baseado numa história de um herói não-reconhecido durante o Holocausto, a minha cabeça estava preenchida com mágoa todos os dias. Depois tinha de mudar o ‘chip’ e entrar rapidamente numa história de acção e aventura. Foi difícil para todos nós – os editores estavam presentes em ambos os filmes juntamente comigo -, por isso passámos juntos por um género esticão cinematográfico e cultural.
6. DRA. SADLER
Laura Dern (“The Tale“) pode ter sido a primeira escolha de Steven Spielberg, mas o papel de Dra. Sadler podia não ter sido dela. A atriz Robin Wright, que agora conhecemos como Claire Underwood da série “House of Cards“, também recebeu o convite para participar em “Parque Jurássico”. De acordo com o autor Duncan Shay, responsável pelo livro do making-off do filme, Wright recusou o papel libertando o caminho para uma das prestações mais icónicas de Dern.
7. FURACÃO INIKI
Com menos de um mês de filmagens, o elenco e a equipa de “Parque Jurássico” enfrentaram uma catástrofe natural real, quando o Furacão Iniki atingiu a ilha de Kauai, no Hawaii, no dia 11 de Setembro de 1991. Consta que o grupo abrigou-se numa casa de banho do hotel, entretidos por um catálogo da Victoria’s Secret e por histórias de fantasmas de Spielberg. Quando a tempestade passou, a equipa e o elenco foram transportados de volta a Los Angeles para terminar as filmagens.
8. CGI
“Parque Jurássico” foi um dos primeiros a recorrer à tecnologia CGI, isto é, imagens geradas por computador. O filme representou um marco tecnológico para a indústria da 7ª arte, tal como Spielberg referiu mais tarde numa entrevista
[Parque Jurássico] mudou os efeitos especiais para sempre, e para o bem ou para o mal, introduziu a era digital.”
O filme acabou por ganhar três Óscares em 1994, precisamente nas categorias técnicas: Melhor Edição de Som, Melhor Mistura de Som e Melhores Efeitos Visuais.
9. BRACHIOSAURUS
Um dos dinossauros que mais destaque teve em 1993 foi o Brachiosaurus. O dinossauro ficou famoso pela cena em que se apoia nas patas traseiras para se impulsionar e chegar aos ramos mais altos das árvores. Quando foi para DVD, Spielberg explicou num dos extras que o movimento teria sido anatomicamente impossível para um Brachiosaurus verdadeiro, devido à estrutura óssea descoberta por paleontologistas reais. Desta forma, para não comprometer a magia do filme, a equipa do CGI encolheu as pernas traseiras do dinossauro para que ele pudesse dar o impulso.
10. A FRASE
Enquanto os heróis de “Parque Jurássico” observam o Brachiosaurus, Dr. Malcolm (Jeff Goldblum) diz uma das frases mais icónicas do filme
Ele conseguiu. O filho da mãe conseguiu.”
Segundo o comentário de Goldblum na edição Blu-Ray, a fala foi filmada com apenas um take.
11. DR. MALCOLM, O HERÓI
Também de acordo com o ator Jeff Goldblum, a mítica cena em que ele enfrenta o T-Rex com foguete não era inicialmente assim. O guião original de “Parque Jurássico” descrevia Dr. Malcolm a fugir do dinossauro, mas Goldblum convenceu Spielberg a dar-lhe um lado mais heróico e empolgante através do foguete, para que os miúdos pudessem fugir.
12. O SOM DOS DINOSSAUROS
Como, obviamente, os dinossauros chegaram bem antes de nós, a equipa de “Parque Jurássico” teve de recorrer à imaginação para imitar os possíveis sons emitidos pelas criaturas. Em entrevista, o vencedor do Óscar Gary Rydstrom, explicou que recorreu a uma mistura de sons de animais de diferentes espécies, incluindo uma gravação em tempo lento de um elefante bebé para o T-Rex.
13. T-REX
A equipa de CGI também tomou a liberdade de inventar os movimentos do enorme T-Rex, para fins artísticos claro. Segundo o livro “Blockbuster” de Tom Shone, os paleontologistas a que Spielberg recorreu enquanto especialistas não conseguiam chegar a um consenso em relação aos movimentos do temível carnívoro. A ciência acabou por ser descartada, e os movimentos que hoje conhecemos do filme nunca seriam possíveis para uma criatura com a estrutura do T-Rex.
14. A PRIMEIRA CENA COM UM DINO
Todos conhecemos a cena em que a Dra. Sadler (Dern) sai disparada do carro em direcção a um Triceratops, que se encontra doente. Mas o que se calhar desconhecias foi o facto de o dinossauro-robot ter sido feito ‘à pressa’, pois Steven Spielberg decidiu alterar a sua data de entrada à última da hora.
15. TRICERATOPS
O Triceratops robot, desenvolvido pelo falecido Stan Winston e a sua equipa, requeria um total de 8 pessoas para manuseá-lo. Uma pessoa era responsável pelos olhos através de um controlo remoto, enquanto os restantes elementos operavam numa cova por de baixo do dinossauro. Cada um dos membros era manuseado por um operador diferente, à semelhança da boca, língua e mecanismo respiratório.
16. A LENDA DO SOM
A equipa técnica de Spielberg foi composta nada mais nada menos que pela lenda dos efeitos de som, Phil Tippett, conhecido pelo seu trabalho de stop-motion em “Robocop“, e na trilogia “Guerra das Estrelas“. No entanto, quando Tippett descobriu que muitos dos dinossauros irão ser gerados por computador, pensou que o seu trabalho tinha sido ‘extinto’. Mas em vez disso, acabou por contribuir para que os movimentos de ambos os dinossauros – computorizados e robots – se tornassem mais realistas, valendo-lhe o seu segundo Óscar.
17. OS MEMES DE TIPPETT
Quando “Parque Jurássico” finalmente estreou, Phil Tippett surgiu nos créditos como “Supervisor de Dinossauros”, devido ao contributo que anteriormente referimos. Ora, este cargo deu azos a inúmeros memes na internet, onde os fãs, na brincadeira, o acusavam de não ter supervisionado como deve ser os dinossauros, deixando-os devorar pessoas. Contudo, parece que Tippett não achou muita piada, referindo-se aos memes como uma ‘parvoíce’ e ‘perda de tempo’.
18. A LATA DE BARBASOL
Uma das peças mais memoráveis de “Parque Jurássico” é sem dúvida a famosa lata de espuma de barbear que Dennis Nedry (Wayne Knight) utiliza para roubar os embriões. Embora o guião não especificasse a marca, o director artístico, John Bell, revelou mais tarde numa entrevista que o design da lata da marca Barbasol sobressaiu em relação às outras. Claro que a marca utilizou este destaque para lançar uma edição dedicada ao filme de Steven Spielberg, como podes ver pela imagem acima. A Barbasol conseguiu ainda uma linha dedicada ao novo franchise “Mundo Jurássico”, embora a lata em si não tenha regressado com o filme.
19. EARTH, WIND & FIRE
O famoso tremer da água aquando a aproximação do T-Rex foi, na realidade, inspirado pela banda Earth, Wind & Fire. Segundo a revista Empire Magazine, Spielberg estava a ouvir o famoso grupo de R&B no carro quando reparou nas ondas que a batida criava no seu café. Daí surgiu a epifania de usar líquidos como sinal de aviso da aproximação do temível carnívoro.
20. O FRANCHISE
“Parque Jurássico” foi responsável pelo lançamento de um franchise monstruoso na Universal, incluindo a popular atracção nos Universal Studios. Curioso que a construção da atração começou antes das filmagens da própria aventura. A mesma resultou de uma combinação entre o livro de Michael Crichton e ideias de Spielberg, responsável pelo desenvolvimento criativo da viagem. Apenas em 2015, com a chegada de “Mundo Jurássico” é que o Parque de diversões da Universal decidiu repensar uma das suas mais famosas atrações, anunciando que “a vida encontra um [novo] caminho” em 2019.
21. A CRÍTICA
Nem Steven Spielberg é imune ao célebre lema “não se pode agradar a gregos e troianos”. A febre de “Parque Jurássico” atingiu praticamente o mundo inteiro, à exceção de uma dupla. Falamos dos famosos críticos Gene Siskel e Roger Ebert, que consideraram o filme como “uma oportunidade falhada”, mesmo após dois visionamentos. Aparentemente, o Siskel e Ebert não conseguiu encontrar a magia presente em “Tubarão” e “Encontros Imediatos do 3º Grau”.
És fã da saga original? Conhecias todas estas curiosidades?
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