Gabrielle Union e Zach Braff © Disney+

À Dúzia É Mais Barato | Entrevista com o elenco

Em casa cheia, diversão garantida e a nova versão de “À Dúzia É Mais Barato” é sem dúvida prova disso. Curiosos com o novo filme original Disney+? Afinal de contas, a base da história é igual mas os toques modernos e actuais não foram esquecidos!

Muitos associam “À Dúzia É Mais Barato” ao filme com Steve Martin e Bonnie Hunt mas para os que gostam mesmo de trivia fica aqui o segredo: a história é bem mais antiga e já houve um filme em 1950. A história dos filmes já sofreu várias alterações a cada versão mas todas elas inspiram-se no livro com o mesmo nome, escrita por Frank B. Gilbreth Jr. e Ernestine Gilbreth Carey, dois irmãos de uma família verdadeira de 12 irmãos.

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“À Dúzia É Mais Barato” volta a trazer aos ecrãs o caos e diversão de uma família numerosa © Disney+

Agora, apresentando-se como um filme original Disney+, a nova versão de “À Dúzia É Mais Barato” coloca no ecrã uma família multiracial, questões sobre pais divorciados e o seu envolvimento entre famílias e a dinâmica de uma família numerosa. Com um certo caos assegurado, esta família de Los Angeles, os Baker, tem o seu próprio restaurante e muito coração, humor e atitude para darem todos os dias.

Com um toque fresco e contemporâneo, e sem esquecer as tendências actuais ao integrarem a popularidade do TikTok, o novo filme da Disney promete divertir miúdos e graúdos. Assim, foi com bastante agrado que a equipa da Magazine.HD aceitou o convite da Disney para falar com parte do elenco do filme – Zach Braff, Gabrielle Union, Erika Christensen, Timon Kyle Durrett – e até com a realizadora, Gail Lerner. Fica a par de alguns ‘segredos’ que descobrimos sobre os bastidores de “À Dúzia É Mais Barato”.

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MHD: Para começar, e para todos, na vossa opinião o que é que faz a história de “À Dúzia É Mais Barato” ser intemporal? Porque tendo já tido várias adaptações, qual é que poderá ser o apelo que mantém ao longo dos anos?

Erika: Como mãe de duas crianças, adoro o facto de se inspirar numa história verdadeira. E depois do extremo. A ideia de ter 10 filhos e de ver como isso funciona é uma loucura. E também me faz dizer que dois filhos é óptimo, e que afinal não tenho nada para reclamar na verdade. Certo?

Gabrielle: Todos nascemos numa família, quer os adoremos ou quer queiramos fugir deles, nós nascemos numa família. Por isso todos se podem relacionar com dramas familiares, situações engraçadas, resolução de problemas. E actualmente vemos cada vez mais ‘famílias misturadas’, co-parenting e famílias multi-geracionais a viver debaixo do mesmo tecto. Esta é a norma. E por isso sim, este é um filme que puxa por todas as famílias. E que diz que se encontra alguém, uma personagem, com que se consegue relacionar. E que algures [durante o filme] sentimos que é a nossa família.

À Dúzia É Mais Barato
Gabrielle Union é a matriarca dos Baker © Disney+

Zach: Sim, concordo com tudo. Eu não sou pai mas conheço tantos que se conseguem relacionar com a questão do equilíbrio entre o trabalho e ser pai. E claro que em “À Dúzia É Mais Bartao”, penso que um dos pontos pelo qual as pessoas se relacionam é que o tema é levado ao extremo. E o filme tem o toque de humor quando coloca em perspectiva para o pai imaginar ‘e se tivesse 10 filhos’.

Gail: Para mim, do ponto de vista das crianças, é a ideia de ter os amigos por perto e uma casa cheia de pessoas que nos protegem. Que amam e suportam, algo que penso ser importante, especialmente agora que o mundo pode ser um sítio difícil e que a casa é este espaço seguro que faz deste filme um espaço tão divertido para se viver.

Timon: Sem dúvida! E eu venho de uma família numerosa. Num dado momento fomos 10 em casa. Tenho cinco irmãos e duas irmãs e consigo relacionar-me com o caos de quando era mais novo e os meus irmãos mais velhos eram quase como pais porque os nossos pais estavam a trabalhar. E toda a correria que havia pela casa. Trabalhar no filme acabou por ser nostálgico para mim.

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MHD: O guião foi alvo de alterações ao longo das filmagens por forma a manter-se fresco e revelante? Até pela forma como as coisas estão constantemente a acontecer e vocês também incorporaram temas como o TikTok.

Erika: Eu penso que é inevitável para a Gail ir fazendo alterações ao guião. Porque a mente dela está sempre cheia de piadas novas por isso não sei se foi intencional ou se é mesmo a forma dela viver. Mas havia sempre mais sim.

Gail: Oh, eu penso que isso veio do elenco. A cada cena havia sempre algo com mais piada, a forma como interagiam nas cenas – era tão perfeito que eu não podia arruinar a gravação da cena. E era muito difícil não rir por vezes.

Zach: Oh e as crianças do filme, eles são tão especiais e únicas, e cada uma com o seu próprio sentido de humor. E a Gail fez um trabalho fantástico a trazer ao de cima as suas personalidades.

MHD: E com comediantes no elenco, houve muito espaço para improvisação durante o filme?

Gail: Bem, a Kenya Barris e Jeni Genzuk Henry já tinham escrito um guião hilariante; cheio de piadas sobre situações e as personagens, e com questões muito relacionáveis pelo público. E eu sempre pensei que estávamos no caminho certo. Mas depois eles [o elenco] vinham com algumas improvisações, fosse comédia física ou piadas, e todos estavam empenhados em fazerem os outros sobressaírem, por isso todos brilhavam. Foi realmente incrível.

Zach: Foi um bocadinho difícil para mim. Porque por exemplo, em “Scrubs” improvisámos grande parte do tempo mas era algo mais arriscado do que um filme de família da Disney. Por isso tentei improvisar mas tinha de ter em mente de manter adequado para um filme deste género. Alguns improvisos não chegaram mesmo à versão final. Mas o mais engraçado foi com as crianças, e eu tenho de agradecer à Gail por isso. Ocasionalmente eu tinha uma ideia engraçada para um deles e quando perguntava à Gail se lhes podia dar a dica eles eram simplesmente perfeitos e era super engraçado. Nem todos tinham a coragem, outros tinham, mas tornava-se divertido.

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Os Baker sabem sempre como se divertir em família © Disney+

MHD: Claro, as crianças! O que nos leva ao ponto óbvio… falem-nos dos momentos mais loucos no set. Há algo que tenha acontecido e que possam partilhar connosco?

Zach: Ah sim. Sem querer dar spoilers, houve uma cena na cozinha, com os miúdos, em que há um confronto, e eu lembro-me apenas de ir ter com a Gail e comentar sobre a forma como ela estava a realizar o filme. Havia 11 miúdos, quatro adultos e dois cães. Todos a lutar entre todos, os miúdos com um horário reduzido pelas regras de trabalho e eu só pensava ‘ainda bem que não sou eu que estou a realizar o filme’.

MHD: E como é que foi conseguir a dinâmica de família? Porque vocês tornaram-se pais no set de filmagens de certo modo.

Gabrielle: É preciso ver o que fazer no primeiro dia. É quase como estarmos a adoptar 10 crianças, dois animais, e depois é perceber como a agenda se ajusta ao equilíbrio do dia-a-dia e quão bem conseguimos trabalhar para manter tudo nos eixos.

Zach: Mas também ajuda a Gab ser mãe, uma vez que eu não tenho filhos. Eu sou apenas o tio Zach divertido para os meus sobrinhos e sobrinhas. Por isso foi um desafio no set, mas sem dúvida que a Gab era a polícia má por vezes.

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MHD: Para além dos momentos de humor, há também espaço para muito ‘coração’. Falem-nos da ligação que estabeleceram como família, porque obviamente que isto é uma história de família dentro e fora do ecrã. Como foi a relação entre todos vocês?

Zach: Eu penso que por causa do Covid foi algo deveras complicado. Com as crianças a lidarem com a escola, e todos a lidarem com as máscaras. E nós fizemos tantos testes! E para além das máscaras a equipa ainda tinha de usar viseiras… e era tanta confusão. E depois tínhamos as maquilhagens, como faziam à Gab, e depois era preciso colocar a máscara sabem? Por isso foi algo complicado de lidar num filme, ainda para mais com 10 crianças. Mas também penso que proporcionou que as pessoas estabelecessem uma ligação diferente, porque estávamos todos gratos por podermos estar a trabalhar. Eu pelo menos senti-me bastante grato por estar na rua e a fazer o que eu gosto. E por aí estabelecemos uma ligação, não podíamos reclamar – estávamos tão contentes que não havia espaço para reclamar pela máscara ou viseira.

Gab: Sim, para nós que estivemos todos ‘presos em casa’, apenas o ver outras pessoas na vida real. Qualquer pessoa.

Gail: E também nos foi dada bastante abertura pelos produtores. Eu sabia que estes miúdos precisavam de um certo nível de conforto e confiança por isso andámos a jogar todo o tipo de jogos. Por isso fizemos jogos de malabarismo e jogos durante as filmagens, ajudando-os a sentirem-se como uma família.

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MHD: Ao longo do filme há várias referências ao TikTok e outros temas actuais. Como é que procuraram fazer esta versão mais moderna? Há algum tema que tenham procurado incidir e focar mais?

Gail: Uma coisa que quis realmente focar foi como, obviamente, esta família não é imune ao TikTok. E adoro que os pais interajam com os filhos, que aprendam as danças e os filhos não se sintam humilhados por eles. Mas também queríamos mostra uma família que se divertia em conjunto, que ia para a piscina, faziam jogos, com reuniões de família e noites de filmes. Se as pessoas acabarem de ver o filme e pensarem em ir passar algum tempo juntas a fazer algo divertido, a aproveitar uma refeição, pensar abrir um restaurante de família.. o que seja. Eu adoro que as famílias acabem a pensar em passar mais tempo juntas.

Zach: Mas também há outros temas. Há uma criança com deficiência. Discute-se a depressão. Também há o tema da identidade sexual… Quer dizer, tudo isto misturado numa comédia familiar da Disney… não é para gabar mas é realmente muito bom!

MHD: Dado que os Baker têm um restaurante dedicado às comidas de pequeno-almoço, esta tem de ser a nossa última pergunta… qual é a vossa comida de pequeno almoço favorita?

À Dúzia É Mais Barato
Nesta nova versão, a família Baker é dona de um restaurante dedicado apenas a comidas de pequeno-almoço © Disney+

Zach: Lembro-me de Semites enquanto crescia… mas vou dizer bagel com queijo creme, salmão fumado, tomate, alcaparras e um pouco de sal.

Gabrielle: Eu gosto de bacon. Também se pode juntar um ovo. Mas um prato apenas de bacon….

Erika: Sim, eu estou com a Gabrielle. Eu quero apenas café e bacon.

Gabrielle: Todos os produtos com porco.

Gail: Para mim é uma vibe de pequeno almoço judeu. Eu adoro uma boa torrada.

Timon: A minha mãe era muito saudável conscientemente enquanto eu crescia. Era sempre fruta, um grande prato de fruta. Ainda nos dias de hoje eu acordo de manhã e é provável fazer um smoothie. Mas eu sou um fanático por maçãs. Eu acordo e fico-me com maçãs e smoothie, não sou grande fã de pequeno-almoço. Fico bem com café.

TRAILER | À DÚZIA É MAIS BARATO JÁ ESTÁ NA DISNEY+

Já tiveste oportunidade de ver “À Dúzia É Mais Barato”? O que gostaste mais nesta versão?

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