A Plague Tale: Innocence

A Plague Tale: Innocence (PS4) | em análise

“A Plague Tale: Innocence” é um jogo em que controlamos dois órfãos, Amicia e Hugo, que serão o centro de toda a narrativa num mundo infestado pela peste negra.

ANÁLISE | A PLAGUE TALE: INNOCENCE

Pela frente terão inquisidores, muitos ratos, uma constante sensação de que a morte está perto e muito para explorar. Desde o primeiro momento que este jogo me surpreendeu, principalmente pela constante sensação de impotência.

Aqui o stealth é o foco, interessante,cheio de tensão mas pouco diversificado.
Os puzzles também são interessantes, mas também lhes falta alguma diversidade, o que é pena, porque ainda são um peso importante na jogabilidade. Estes dois fatores levam a que o jogo acabe por não ser tão difícil como parece numa fase inicial e a verdade é que deveria ser mais difícil. Gostava que este jogo fosse um maior desafio, que me fizesse sentir que a qualquer momento algo poderia correr mal.

Em termos de historia, gostei da relação entre os dois órfãos que têm de criar uma amizade e principalmente uma base de confiança que será o catalisador de todo o jogo. É este crescimento da confiança e da amizade que torna o jogo melhor em termos de narrativa, são estas as personagens que nos agarram como momentos intensos, bons diálogos e cria-se uma ligação emocional com os personagens, algo fundamental neste género de jogos.

Para melhorar a narrativa, existe um bom foco na parte religiosa, nas conclusões e decisões da igreja neste momento complicado da Europa e na forma como arranjam culpas e culpados.
Na grande maioria do jogo, as duas personagens andam de mão dada e tentam sobreviver num mundo em que os humanos são o maior inimigo, e esta mensagem é muito importante, porque nos momentos mais extremos, perante as maiores calamidades da natureza, continuamos a ser nós os maiores inimigos.

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Ainda dentro da narrativa, gostei da mistura entre factos verídicos e alguns elementos de fantasia que encaixam muito bem, dando ao jogo um bom toque de originalidade.
Este é um jogo em que temos de estar nas sombras, em que temos de criar distracções. Qualquer pessoa consegue matar-nos com grande facilidade, por isso qualquer confronto está fora de questão. Claro que existem alguns confrontos, mas nada que nos faça acelerar a pulsação.

Os momentos de maior tensão e desafio são, em alguns momentos, termos de avançar no meio de um mar de ratos, que apenas se afastarão se tivermos fogo connosco.
Teremos de criar fogo, para transportar ou para fixarmos em certos locais dos cenários, apagar fogos à distância ou criar explosões que matem certos grupos de ratos. Tudo isto com ajuda a alquimia.

No entanto, e apesar de termos muitas opções possíveis, o jogo mostra-nos com clareza o que temos de fazer, não sendo um grande desafio perceber a estratégia a usar. Para além disso, o jogo tem recursos suficientes para que nunca tenhamos de ser super eficientes, porque temos recursos para várias tentativas.

Graficamente não é um jogo fantástico mas consegue criar um bom ambiente com um design interessante, tal como a banda sonora. Os efeitos sonoros são o que ajudam mais ao ambiente, principalmente os ratos com os seus guinchos e garras a tocar em terra ou pedra.

As personagens estão bem criadas, o trabalho de vozes é bom e o enredo é o ponto forte. Este é um jogo focado na historia, e é essa história que o torna num jogo que deve ser jogado.

Claro que tem pontos fracos, como a inteligência artificial dos soldados e inquisidores e o facto de nenhum vilão nos surpreender em algum momento, o que enfraquece a historia, e também os comandos não estão perfeitos e por vezes a nossa personagem não faz o que queremos.

Contudo, no lado positivo, a história é realmente forte, bem criada entre algumas personagens e muito emocional.

“A Plague Tale: Innocence” é um jogo que deve ser jogado por quem procurar uma boa história. O jogo falha em oferecer uma sensação de desafio e de que a morte está sempre perto, mas o ambiente e a historia valem a pena. Acredito sinceramente que poucos jogos me surpreendam tanto este ano, como este conseguiu.

Luís Pinto

HARDWARE USADO PELA MHD PARA TESTES DE JOGOS

PS4:

  • PlayStation 4 Pro
  • Razer Raiju Controller
  • Razer Leviathan Sound System

PC:

  • Headphones Razer Carcharias
  • Keyboard Razer Epic Chroma
  • Mouse Razer Naga Epic Chroma
  • Monitor AOC U3277PWQU

Mobile:

  • BQ Aquaris V Plus
A Plague Tale: Innocence
A Plague Tale: Innocence

Game title: A Plague Tale: Innocence

Game description: A Plague Tale: Innocence é um jogo em que controlamos dois orfaos, Amicia e Hugo, que serão o centro de toda a narrativa num mundo infestado pela peste negra.

  • Jogabilidade - 74
  • Gráficos - 81
  • Som - 82
  • Enredo - 87
81

RESUMO

O MELHOR: Enredo muito bom, coerente e emocional. Bom design

O PIOR: Falta a sensação de que desafio, de dificuldade e de possibilidade de morte

EDITORA: Focus Home Interactive

PLATAFORMA: PlayStation 4

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