Atlàntida Film Fest 2020 | Os 10 melhores filmes para descobrir
A Magazine.HD apresenta-te as grandes sugestões do Atlàntida Film Fest 2020 que poderás ver na Filmin Portugal até 31 de dezembro.
O Atlàntida Film Fest começou no passado dia 1 de dezembro na FILMIN Portugal e segue até ao dia 31 de dezembro. Até ao momento a Magazine.HD já teve oportunidade de vários alguns filmes, dos quais agora queremos destacar para que os vejas a tempo.
Em 2020, a terceira edição do Atlàntida Film Fest, o maior festival internacional de cinema online, continua a ter a Europa como a espinha dorsal da sua programação. O destaque maior é para estreia tão desejada em streaming de “Last and First Men“, o único filme realizado por Jóhann Jóhannsson (1969 – 2018), célebre compositor nomeado aos Óscares da Academia.
Além disso, contam-se vários filmes sobre a Catalunha. Trata-se, na realidade, de um vasto leque de obras focados num novo realismo social, desprovidas de artificialismos, como é o caso do filme “A Thief’s Daughter“. A primeira longa-metragem de Belén Funes traz Eduard Fernández e a sua própria filha Greta Fernandez numa história intensa sobre uma jovem de nome Sara e o seu pai, que reaparece depois de muito tempo distante.
Destaque inclusive para a quarta longa-metragem do realizador espanhol Carlos Marqués-Marcet, “The Days to Come”, cuja antestreia mundial aconteceu no Festival Internacional de Cinema de Rotterdam em 2019 e que segue dois novos pais que lidam com a paternidade. Neste filme temos a atriz María Rodríguez (“El ministerio del tiempo”), com seu parceiro David Verdaguer (“Verão 1993”) ansiosos pelo nascimento da filha Zoe.
Estás ansioso por descobrir os melhores filmes do Atlàntida Film Fest 2020? Segue com as setas abaixo e descobre 10 obras que a FILMIN Portugal tem apresenta em primeira mão. Caso já tenhas visto alguns destes filmes deixa-nos a tua opinião nos comentários abaixo ou nas nossas redes sociais.
The Days to Come, de Carles Marqués-Marcet
Vir (de 30 anos) e Lluís (de 32 anos) namoram há apenas um ano, quando descobrem que estão “grávidos”. Durante 9 meses, seguimos a aventura deste jovem casal de Barcelona, as voltas que a sua vida dá durante aquele período, assim como os seus medos, alegrias, expectativas e realidades enquanto tentam aprender a ser três, quando nem sequer tiveram muito tempo para ser dois. Aproveitando-se da gravidez real do casal de atores David Verdaguer e Maria Rodríguez Soto, “The Days to Come“, é um poderoso filme que explora a dificuldade de partilhar esta experiência profundamente tão transformadora.
A Thief’s Daughter, de Belén Funes
Remake da curta-metragem “Sara a la fuga” (2015), “A Thief’s Daughter” também realizado por Belén Funes foi um dos filmes espanhóis mais aclamados no último ano, vencedor do Goya para Melhor Estreia em Realização e nomeado ao Goya de Melhor Atriz (Greta Fernandez). Nele seguimos Sara uma jovem T22 anos, com um bebé e quer formar uma família com o irmão mais novo e o pai do filho. O seu próprio pai, Manuel, decide voltar às suas vidas depois de anos de ausência e a sua libertação da prisão. Sara sabe que ele é o principal obstáculo perante os seus planos e toma uma decisão difícil: distanciar-se do próprio pai. “A Thief’s Daughter” é um dos grandes filmes na tv em destaque esta semana. Confere aqui as nossas sugestões.
Sons of Denmark, de Ulaa Salim
Um ano após um grande atentado terrorista em Copenhaga, a radicalização em todo o país intensificou-se; questões étnicas e raciais estão a aumentar. Para as próximas eleições legislativas, o líder político extremamente nacionalista, Martin Nordahl, prepara-se para uma vitória esmagadora. Contornando questões religiosas, “Sons of Denmark” é o primeiro filme de Ulaa Salim, um thriller político que tenta mostrar a natureza complexa das suas personagens, consumidos por um sentimento de injustiça e apanhados num autêntico ciclo de vingança.
The End of Love, de Keren Ben Rafael
Presente na Biennale College Cinema do Festival Internacional de Cinema de Veneza, “The End of Love” segue Julie e Yuval que vivem em Paris, estão apaixonados e acabam de ter um bebé. Quando Yuval precisa de regressar a Israel para renovar o seu passaporte, começam a partilhar as suas rotinas através de videochamadas. No entanto, verem-se obsessivamente através de um ecrã começa a pesar na sua relação. Um filme importante sobre o impacto crescente que as novas tecnologias têm desempenhado nas diferentes realidades amorosas dos dias de hoje.
Bansky Most Wanted, de Seamus Haley e Aurelia Rouvier
Os admiradores de Banksy não deverão perder este documentário sobre o artista. Aliás, Banksy é um nome tão familiar nos dias de hoje, mas que oculta uma infinidade de identidades, obras, acrobacias, declarações políticas, levando a um dos maiores enigmas do mundo da arte atual: afinal quem é Banksy? Através dos testemunhos de quem o conhece e que trabalhou com ele, mas também daqueles que o exploram, “Banksy Most Wanted” desenha um profundo retrato deste Robin Hood mascarado. Daqueles que dão a sua voz neste filme agora em destaque no maior festival de cinema online destaque para a jornalista Carole Boinet, o próprio ex-agente de Banksy Steve Lazarides e o autor Will Ellsworth-Jones, da obraBanksy: The Man Behind the Wall.
Last and First Men, de Jóhann Jóhannsson
Um dos melhores filmes do Atlàntida Film Fest 2020, que promete conquistar os fãs de cinema experimental é “Last and First Men“. O único filme com Jóhann Jóhannsson coloca em imagens e nas palavras proferidas pela atriz Tilda Swinton, as questões fulcrais sobre o que significa ser humano desenvolvidas no romance “Last and First Men: A Story of the Near and Far Future”, de Olaf Stapledon. Viajamos, por isso, a um futuro longínquo nos momentos finais da raça humana. Quase tudo o que resta no mundo são monumentos solitários e surreais, cujas mensagens ecoam deserto fora…
Aproveita ainda para ler a nossa crítica de “Last and First Men” que já passou no IndieLisboa e chega agora à plataforma de streaming FILMIN Portugal no âmbito do Atlàntida Film Fest.
Tench, de Patrice Toye
Depois de Jonathan ser libertado da prisão, regressa para junto da mãe que vive numa pequena casa. Jonathan está lá para se tornar uma pessoa diferente, melhor. Mas mesmo que cumpra estritamente as regras, as suas boas intenções são postas à prova quando estabelece uma relação com a sua nova vizinha. “Tench” é a quarta longa-metragem da realizadora flamenga Patrice Toye, sendo uma adaptação do livro homónimo da holandesa Inge Schilperoord, focando-se num tema bastante contemporâneo aos nossos dias: a pedofilia.
Supernova, de Bartosz Kruhlik
Filmado num único local, “Supernova” centra-se nas horas após um trágico acidente de trânsito e nas reações dos diferentes personagens numa situação de crise extrema. Uma estreia intensa e impactante, com múltiplas leituras, oscilando entre o drama, o thriller e o cinema de catástrofe. Esta obra em foco no Atlàntida Film Fest aborda questões curiosas sobre o acaso e sobre o peso do destino.
I was, I am, I will be, de Ilker Çatak
Considerado um dos grandes filmes do cinema alemão de 2020, “I was, I am, I will be” é uma comédia dramática sobre mundos opostos que colidem quando Baran, um gigolo turco encontra Marion, uma piloto alemão, nas praias de Marmaris. Na sua busca por uma vida melhor na Europa, Baran convence Marion a levá-lo para a Alemanha, mas o que começa como um acordo, torna-se em algo mais profundo.
A química afetuosa entre Anne Ratte-Polle (estrela da série “Dark“) e o estreante Oğulcan Arman Uslu é uma das razões pelas quais deverás assistir a este filme “I was, I am, I will be”, com um final que te promete surpreender.
Dark Eyes, de Ivet Castillo e Marta Lallana
Para quem gosta de obras feministas, o Atlàntida Film Fest 2020 destaca “Dark Eyes”. Nele somos apresentados a Paula, uma adolescente de 13 anos, começa a aperceber-se de complicações nas relações com a família e amigos. Para estar com a avó doente, passa o verão em Ojos Negros. Lá, conhecerá Alicia e o mundo adulto através de um verão sufocante que nunca termina. Com Alba Alcaine, Julia Lallana, Anna Sabaté, “Dark Eyes” ou “Ojos Negros” é um retrato sobre o amadurecimento e dá-nos a conhecer os novos rostos do cinema catalão com a realização a cargo de quatro pessoas: Marta Lallana e Ivet Castelo.