Call of Duty Modern Warfare (PS4) | em análise
O novo “Call of Duty Modern Warfare” da Activision traz uma campanha intensa e novos componente na parte do multyplayer. Acham que chega para convencer os fãs?
ANÁLISE | Call of Duty Modern Warfare
Malta, confesso que sou daqueles jogadores que gosta de jogar a campanha nos “Call of Duty”. Quando o “Call of Duty” do ano passado não trouxe um campanha, não gostei, mas este ano a campanha volta e consegue ser a melhor campanha num “Call of Duty” desde o grande “Black Ops“. Podem ver a análise em vídeo de seguida:
No entanto, vamos lá por partes, porque nem tudo é fantástico. Em primeiro lugar, quando se olha para a história percebe-se que os americanos são quase sempre demasiado bons e heróis, e os russos são demasiado maus da fita. Eu percebo a ideia, mas gostava que existissem mais personagens cinzentas, que fossem tanto boas como más dependendo da situação, porque é isso que a guerra é muitas vezes. Gostava que o jogo mostrasse mais os vários lados da guerra, os vários motivos e objetivos.
O jogo é violento em alguns momentos, principalmente quando vemos crianças e mulheres desarmadas a serem mortas, e muitas vezes fazemos parte dessa carnificina. O jogo vai levantando questões, mostrando os traumas de algumas personagens. A campanha é curta, cerca de seis horas, mas a intensidade é grande, estão sempre a acontecer coisas inesperadas e que ajudam a uma excelente mistura entre o gameplay e a campanha. Estão sempre a acontecer explosões, ataques aéreos, necessidade de se fazer algo novo, entre muitas outras coisas. Isso torna a campanha diferente, sempre com algo novo para se fazer.
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É preciso indicar locais de ataques aéreos, controlar drones ou ter diálogos em que escolhemos as falas, alterando a história. Tudo isto ajuda a que não existam duas missões demasiado parecidas. Claro que na parte dos diálogos não existe um grande impacto causado pelas nossas decisões, mas a história está construída de forma inteligente, dando a ideia que temos mais impacto do que temos na realidade.
A isto junta-se uma inteligência artificial que não é de topo, mas que faz o exigido. Claro que o desafio estará principalmente no online, mas a campanha nos níveis mais altos será um desafio viciante e diferente. Num momento estamos em plena ação com tiros de todos os lados, noutro estamos apenas a controlar civis, sem qualquer arma, durante um ataque a uma embaixada. É um jogo que nos coloca em situações muito diferentes.
O melhor da campanha é o equilíbrio entre os momentos de maior ações, cheios de tiros e explosões com gritos pelo meio, e os momentos de total stealth onde o silêncio cria a tensão mais forte do jogo, principalmente nos níveis de dificuldade mais altos. Foram vários os momentos em que senti mesmo a tensão do momento, algo que “Call of Duty” andava a perder nos últimos anos.
O que ajuda a este aspeto é o facto de em certas missões termos a liberdade de escolhermos a ordem de alguns objetivos ou caminhos que temos de percorrer. Isto aumenta a liberdade que é algo que sempre se quer num jogo de guerra onde a estratégia é fundamental.
Em termos gráficos é o melhor jogo da série. O salto em relação ao jogo anterior é fácil de se perceber. Grandes efeitos de luz e das melhores animações faciais que já vi num videojogo. Os cenários estão bem criados, com bom design e diversidade e existe sempre muita coisa a acontecer. No entanto, o grande aspeto do jogo é a parte sonora. O trabalho de vozes é bom, sem ser dos melhores, mas os efeitos sonoros são de alto nível. Tiros, explosões e muito mais, tudo está muito bem feito. Joguem este jogo com um bom sistema de som e a experiência será incrível.
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Olhando agora para o multiplayer, “Call of Duty” não muda muito a sua fórmula vencedora. A intensidade e diversidade continua a ser o foco, com destaque para o modo realista onde qualquer dano poderá fazer a diferença, aproximando-se dos modos hardcore que conhecemos. Os modos de jogo também são, na sua maioria, o que estamos habituados, e a verdade é que tudo funciona bem e de certeza que será o vício de muita gente nos próximos tempos. Ao fim de várias horas no multiplayer, gostei do facto de não ter tido problemas de ligação ou quebras. Claro que na altura em que analisei o jogo ainda não havia assim tantos jogadores ligados, mas a experiência foi bastante fluída, sem quebras e intensa tal como esperava.
Este novo “Call of Duty” melhora bastante nas partes técnicas, gráficos e som, consegue um multiplayer viciante e consistente e a sua campanha é das melhores que vi num shooter nos últimos tempos. Só é pena que a história, por um lado levantar tantas questões, e por outro não aprofundar esses temas em momentos em que claramente o podia fazer. De resto, é exatamente o que queremos de um “Call of Duty”. É melhor do que esperava. Os fãs continuarão a adorar e espero que esta nova campanha seja o início de melhores campanhas num jogo que tem tanto para oferecer em termos de experiências intensas.
Luís Pinto
HARDWARE USADO PELA MHD PARA TESTES DE JOGOS
PS4:
- PlayStation 4 Pro
- Razer Raiju Controller
- Razer Leviathan Sound System
PC:
- Headphones Razer Kraken TE
- Keyboard Razer Blackwidow Elite
- Mouse Razer Naga Epic Chroma
- Monitor AOC U3277PWQU
Mobile:
- Huawei P30
Call of Duty Modern Warfare
Game title: Call of Duty Modern Warfare
Game description: O novo Call of Duty Modern Warfare traz uma campanha intensa e novos componente na parte do multyplayer. Acham que chega para convencer os fãs?
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Jogabilidade - 82
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Gráficos - 85
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Som - 88
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Enredo - 80
RESUMO
O MELHOR: Gráficos muito bons. Excelentes efeitos sonoros. Campanha intensa e diversificada. Continua muito viciante no online
O PIOR: Poucas melhorias nos modos de jogo multyplayer
EDITORA: Activision
PLATAFORMA: PlayStation 4
