Marés-Vivas, em análise

“Marés-Vivas” de Seth Gordon tenta explorar a nostalgia da série de 1989 mas será que consegue alcançar os seus objetivos? 

Matt Brody (Zac Efron) é um medalhista olímpico que após ter um frente a frente com a justiça é enviado como nadador salvador para a praia cuja vigilância está a cargo de Mitch Buchannon (Dwayne Johnson). Contudo, para entrar no grupo de elite, Matt é obrigado a mostrar o que vale quando Mitch se recusa a aceitá-lo apenas por ele ter sido um medalhista. Em paralelo, o mundo do crime invade a praia e o grupo terá de se juntar para salvar a população.

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“Marés-Vivas” é talvez um dos filmes mais esperados do ano especialmente devido ao grande sucesso da série transmitida entre 1989 e 2001 e que contou no elenco com nomes ainda hoje conhecidos como Pamela Anderson e David Hasselhoff. No entanto, não faz qualquer sentido que a obra de Gordon tenha adotado o nome da série. As narrativas não possuem nada em comum, excepto dois cameos e o facto de se passarem numa praia. Se o objetivo era alimentar-se da nostalgia, então o filme errou completamente, assemelhando-se mais como um fraco spin-off do que a uma homenagem.

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A narrativa é mais do que usada e apoia-se em piadas gastas sobre sexo, a típica mulher injustiçada que lidera um grupo criminoso (aliás as mulheres possuem em geral papeís pequenos, sem grande ênfase), o típico homem bonito mas burro, a loira que todos desejam, e o gordo que está sempre a cair e cuja utilidade é meramente a de saber mexer, relativamente bem, num computador. A interpretações fracas e personagens sem profundidade, juntam-se uns trocadilhos com a cultura pop e roubam-se os nomes das personagens originais (Mitch Buchannon, CJ Parker, Stephanie Holden) porque a aparente falta de originalidade assim o pede.

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Isto tudo para não falar que o próprio “grupo de elite” é tudo menos credivel. É referido no início que aquele é um grupo de nadadores salvadores escolhidos a dedo pela execução de difíceis tarefas desenhadas para mostrar os melhores de entre os melhores – tendo em atenção que todos os anos existe uma única vaga aberta. À partida isso traduziria-se num elemento de interesse não fossem os escolhidos deste ano três, todos escolhidos não pela sua capacidade física (talvez à excepção de um deles) mas por razões que ficam aquém das esperadas.

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Os efeitos especiais são toscos e inacreditáveis quando se olha para o budget do filme – existem filmes independentes com melhores efeitos especiais. A banda sonora, essa, é composta pelos mais recentes hits da música, escolhidos pela sua popularidade e não encaixando em nenhuma das cenas – parece que alguém ligou o rádio a meio do filme e assim foi feita a banda sonora.

Em suma, “Marés-Vivas” tem poucos aspectos que o salvem. Com interpretações fracas e produção pobre, o filme pode ser bom para passar uma tarde divertida com os amigos mas pouco mais.

TRAILER | MARÉS-VIVAS REGRESSAM

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Marés-Vivas, em análise
Marés-Vivas critica

Movie title: Baywatch

Director(s): Seth Gordon

Actor(s): Dwayne Johnson, Zac Efron, Priyanka Chopra, Alexandra Daddario, Jon Bass, Kelly Rohrbach

Genre: Ação, Comédia, Drama

  • Ângela Costa - 40
  • Ana Rodrigues - 30
  • Daniel Rodrigues - 15
  • Cláudio Alves - 30
29

CONCLUSÃO

“Marés-Vivas” fica aquém do que prometeu e está longe de alcançar o esplendor do seu original. Apesar disso, é uma razoável escolha para quem relaxar com os amigos enquanto vê um filme de ação com atores bem conhecidos.
O MELHOR: Oferece algum entretenimento para quem gosta de filmes de verão que juntam ação e relativos momentos de humor.
O PIOR: Falta de originalidade, excesso de personagens sem profundidade e uma produção que, no geral, podia ter corrido melhor.

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2 Comments

  1. Frederico Daniel 25 de Setembro de 2017
  2. Frederico Daniel 2 de Dezembro de 2017

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