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David Lynch considera este o melhor guitarrista de todos os tempos

Conhecido pelos seus múltiplos talentos, o cineasta David Lynch considerava este o maior guitarrista de todos os tempos.

É verdade que os filmes mudos são a prova de que a banda sonora é um elemento secundário numa longa-metragem. No entanto, quando usada corretamente, a música pode constituir um fator impactante quando assistimos a um filme. Nos momentos de maior tensão, por exemplo, a sonoridade pode-nos fazer mergulhar profundamente na cena que estamos a ver. Como tal, Hans Zimmer é um excelente modelo que mostra a importância das composições nos projetos cinematográficos, marcando gerações com as bandas sonoras de “Interstellar” e “Dune“, por exemplo.

Mas, se há cineasta que conhece bem a importância da banda sonora de um filme é David Lynch, que faleceu no início deste ano. Para Lynch, a música fazia toda a diferença nas suas longas-metragens. Por isso mesmo, o realizador trabalhou muitas vezes com o compositor Angelo Badalamenti, resultando em obras inesquecíveis, como a série original “Twin Peaks” e o filme “Veludo Azul”. No entanto, David Lynch nunca conseguiu trabalhar com aquele que considerava ser o maior guitarrista de todos os tempos.

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David Lynch considerava Jimi Hendrix o maior guitarrista de sempre

David Lynch Governors Awards 2019
David Lynch | © Dmitry Rozhkov, Wikimedia

Não é difícil imaginar o porquê da importância das bandas sonoras para David Lynch, uma vez que o cineasta foi também músico. Aliás, Lynch acabou mesmo por trabalhar ao lado de Alan Splet na composição musical do seu primeiro filme, “Eraserhead“.  Além disso, o realizador da versão original de “Dune” envolveu-se em muitos outros projetos musicais, escrevendo letras para a cantora Julee Cruise, por exemplo. Mas, o cineasta conseguiu também lançar os seus próprios álbuns de música, mostrando os seus dotes enquanto guitarrista.

Ainda assim, David Lynch nunca escondeu a sua admiração por Jimi Hendrix, considerado por ele o maior guitarrista de sempre. Aliás, o seu apreço pelo artista foi revelado durante um discurso que fez na Brooklyn Academy of Music. Dizia o cineasta: “Eu vi o filme do Jimi Hendrix no Festival Pop de Montery e, foi aí que, acho eu, muita gente o viu pela primeira vez. E ele e a guitarra são um só, absolutamente um só. (…) Eu adoro o Jimi Hendrix, mas depois, como toda a gente, passei a apreciá-lo cada vez mais, e o que ele consegue extrair da guitarra. Ele levou isso para outro patamar, como todos os guitarristas – os grandes – dizem que ele levou para outro patamar”.

Ainda assim, numa outra entrevista, David Lynch comentou “Eu cresci nos anos 50, e esse foi o nascimento do rock and roll, então todos os riffs de rock and roll eram totalmente emocionantes para mim. Jimi Hendrix saltou sobre isso. Foi como se ele tivesse acendido a pós-combustão na mesma essência que nasceu do rock and roll, a combinação de rockabilly, R&B e blues… e então Jimi Hendrix apareceu e levou isso a outro nível”.

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Quem foi Jimi Hendrix?

Nascido em 1942, Jimi Hendrix cresceu numa família disfuncional do pós guerra que lutava para sobreviver, acabando por o colocar em diversos lares de acolhimento. Consequentemente, Hendrix tornou-se um jovem sensível e usou a música como refúgio. Além disso, em criança, o artista fazia uso de uma vassoura para imitar uma guitarra e, tinha apenas 15 anos quando aprendeu a tocar o instrumento. Nessa altura, Hendrix decidiu formar uma banda amadora para poder aperfeiçoar a sua técnica. Mais tarde, o músico desenvolveu métodos incríveis, como tocar guitarra com os dentes.

Jimi Hendrix faleceu com apenas 27 anos de idade, em 1970, mas tornar-se num dos maiores músicos de todos os tempos e o seu nome ficou gravado na história mundial. Além disso, na sua curta carreira com menos de uma década, Hendrix conquistou os mais altos prémios da indústria e tornou-se uma influência para bandas como os Black Sabbath, e cantores como Marilyn Manson, No entanto, dada a morte precoce do artista, David Lynch não teve a oportunidade de trabalhar com o seu ídolo.

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