Mateus Saldanha Trio | Photo by Jéssica Rodrigues © MHD

EDP Cool Jazz | Mateus Saldanha Trio e Quinquis fazem a abertura

O terceiro dia de EDP Cool Jazz contou com Mateus Saldanha Trio e Quinquis para fazerem as honras da casa e darem as boas-vindas ao público que quase esgotou o recinto.

Não há dúvidas que o público que se deslocou ao Hipódromo Manuel Possolo no terceiro dia da 17ª edição do EDP Cool Jazz fê-lo para ouvir as conhecidas melodias de Yann Tiersen. Porém antes do concerto do pianista francês, que se viria a revelar polémico, coube ao Mateus Saldanha Trio e à Quinquis acolherem uma plateia quase esgotada com a sua irreverente música. Se a tarde começou com os sons dos instrumentos de Jazz característicos deste festival específico, rapidamente a noite deu lugar a um concerto mais sensorial e intimista.

Passava uma hora da abertura de portas quando Mateus Saldanha, acompanhado por Nelson Cascais (contrabaixo) e Francisco Gomes (bateria), subiu ao palco secundário do Parque Marechal Carmona para mais uma Jazz Session. Atraídas pelo groove do trio, dezenas de pessoas foram-se aglomerando no relvado, estendendo toalhas ou arrastando pufes, enquanto o sol se ia despedindo de Cascais, deixando no ar as cores perfeitas de um entardecer de verão.

Fazendo-se acompanhar pelas suas bebidas preferidas, a plateia parecia genuinamente descontraída ao mesmo tempo que se ia deixando embalar pelos ritmos suaves do Mateus Saldanha Trio. Olhando para o relvado do Parque Marechal Carmona via-se a prova de que o EDP Cool Jazz é um festival intergeracional, pois encontrava-se público de todas as idades. Ninguém conseguiu ficar indiferente à cool energy que é também um dos slogans do festival.

Depois de Gileno Santana Trio e Aníbal Zola, o Mateus Saldanha Trio é já o terceiro grupo a subir ao palco secundário do EDP Cool Jazz. Este é um espaço destinado a artistas nacionais que se estão a lançar no mundo da música Jazz, dando-lhes abertura para se darem a conhecer. Como tal, Francisco Gomes, o baterista que acompanhou Mateus Saldanha, voltará a subir a palco no último dia de festival com o seu próprio trio.

Quinquis
Quinquis | Photo by Jéssica Rodrigues © MHD

Terminada a Jazz Session, o público foi abandonando o relvado de forma a dirigir-se para o Hipódromo Manuel Possolo onde se encontra o palco principal do EDP Cool Jazz. É óbvio que a maioria ansiava pelo concerto de Yann Tiersen, porém, muitos foram aqueles que optaram assistir também ao espetáculo intimista de Quinquis.

Nome artístico de Émilie Quinquins Tiersen, Quinquins é nada mais nada menos que a esposa do próprio Yann Tiersen, o cabeça de cartaz da 3ª noite do EDP Cool Jazz. Proveniente de Brest, uma cidade bretã, a artista francesa dedica-se a explorar a sua cultura e a história do seu país através da música. É através dos instrumentos que Quinquis assume a sua própria identidade, criando um universo sonoro do qual ressoa o idioma bretão.

Entusiasticamente o público deixou-se conduzir pela experiência sonora proveniente da mesa de som que acompanhou Quinquis em palco. Ao apresentar “Seim”, o seu novo álbum, a artista francesa conquistou a plateia, contando-lhe histórias da sua cidade, como a de uma mulher que perdeu o marido no mar, arrancando aplausos do público presente. Ainda assim, muitos estranharam o seu estilo eletrónico, quase saído de um filme de ficção científica.

Com mais de uma década de carreira, esta foi a primeira vez que Quinquins atuou em Portugal, procurando reinventar o seu estilo musical. Estava dado o mote para o concerto que se seguiria, o de Yann Tiersen.

Assististe ao concerto de Quinquis? Tiveste oportunidade de ficar a conhecer o Mateus Saldanha Trio?

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