© Leopardo Filmes

Novo filme de Albano Jerónimo baseado numa história real estreia esta semana na televisão portuguesa

O Natal está aí à porta! Se as distribuidoras de cinema guardam estes dias para estrear os filmes que consideram serem os mais lucrativos do ano – como “Avatar: Fogo e Cinzas” (2025, James Cameron) -, também os canais de televisão estreiam muitos filmes novos nesta quadra. É assim que chega à televisão portuguesa “O Pior Homem de Londres” (2024, Rodrigo Areias).

Este novo filme protagonizado por Albano Jerónimo e Victória Guerra tem a sua ação a decorrer em Londres durante a época Vitoriana, ou seja, durante o século XIX.

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Qual a narrativa de O Pior Homem de Londres?

Albano Jerónimo
©Leopardo Filmes/Divulgação

“O Pior Homem de Londres” inspira-se em personagens históricas durante a época da Inglaterra Vitoriana. Foca-se em figuras da comunidade artística e política. No centro de tudo está Charles Augustus Howell, ‘the Portugee’, que nasceu no Porto de mãe portuguesa e pai inglês. Ele é um agente de grandes artistas, como Dante Gabriel Rossetti, Algernon Charles Swinburne e Elizabeth Siddal, e negociador de arte. A sua mestria na chantagem e falsificação inspirou Arthur Conan Doyle a inseri-lo nas suas histórias de Sherlock Holmes, apelidando-o como o pior homem de Londres.

Além de Albano Jerónimo, como Charles Augustus Howell, o elenco de “O Pior Homem de Londres” inclui nomes portugueses e internacionais. A saber: Edward Ashley (como Dante Gabriel Rossetti), Victória Guerra (Lizzie Siddal), João Pedro Vaz (David), Carmen Chaplin (Senhora Posselthwaite), Scott Coffey (John Ruskin), Simon Paisley Day (William Rossetti), Tom Shepherd (Edward Burne-Jones), Maya Booth (Georgiana Burne-Jones), entre outros.

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Quando podes ver o filme?

O filme “O Pior Homem de Londres” vai estrear na RTP1 já esta terça-feira 23 de dezembro às 23h38. O canal público mantém assim a já habitual sessão de cinema português à terça-feira mas com uma estreia.

Apesar da ação do filme se passar em Londres, foi integralmente filmado no Porto. É falado sobretudo em inglês mas também francês, italiano e português.

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O filme teve estreia mundial no Festival de Cinema de Roterdão. Mais tarde, venceu alguns prémios em Portugal. A saber: o Globo de Ouro de melhor ator e também os Prémios Sophia de melhor ator, direção artística, guarda-roupa e maquilhagem e cabelos.

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O que diz o realizador sobre o filme?

O Pior Homem de Londres
Rossetti, é interpretado com competência pelo actor britânico Edward Ashley. ©Leopardo Filmes/Divulgação

Em notas à impressa, o realizador Rodrigo Areias fala das suas inspirações para criar “O Pior Homem de Londres”. Assim, ele refere: “De há muito que admiro a arte dos Pré-Rafaelitas. De Dante Gabriel Rossetti a William Holman Hunt, a Millais e Burne-Jones, todos me fascinaram enquanto artistas (…). A insistência em criarem um movimento de reforma, mesmo que não vanguardista, defendendo a arte pela arte ainda no século XIX, a partir da apropriação do passado, é algo de que muito gosto e, de certa forma, uma recorrência no meu cinema.”

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Rodrigo Areias clarifica igualmente: “Enquanto realizador a intenção de me apropriar de um estilo da pintura para a fotografia do filme é fundamental. Aqui, não poderia deixar de procurar usar como palete de tons e cores a mesma que Millais e Burne-Jones usaram para pintar a natureza, a que Rossetti usava para os rostos, o dourado contraste com o flamejante cabelo de Lizzie…”

Qual a opinião da crítica sobre O Pior Homem de Londres?

O Pior Homem de Londres.
Victória Guerra, é Elizabeth Siddal num interpretação curta e discreta, embora eficiente. @Leopardo Filmes/Divulgação

Podes ler aqui na Magazine.HD a crítica de José Vieira Mendes ao filme “O Pior Homem de Londres”. O autor destaca: “Areias (…) restringe tanto quanto possível o seu impressionante elenco e leque de personagens, talvez para capturar melhor o espírito da época e para não se dispersar demasiado na intriga. O destaque vai claramente para Albano Jerónimo, que tem uma interpretação extraordinária (…) e talvez uma das melhores de sempre da sua carreira. Jerónimo, com um farto e extravagante bigode, um comportamento e voz imponentes e intimidante, consegue transmitir-nos na perfeição essa figura marcante de Howell, um homem que vê em todo o lado, oportunidades de auto-promoção e negócio, antes de se preocupar com a Arte em si.” Lê a crítica completa.

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