Rush © Universal Pictures

Filmes a não perder na Cinemateca Portuguesa em julho (Parte I)

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Em Julho, a Cinemateca Portuguesa estreia “Rush – Duelo de Rivais”, com Chris Hemsworth, e volta com a rubrica do Cinema na Esplanada

Antes de ir de férias em agosto, a Cinemateca Portuguesa prepara para os seus espectadores mais um mês com o melhor do cinema. Durante todo o mês de julho, a programação da Cinemateca Portuguesa está assente nas seguintes rubricas:

  • Cinema na Esplanada
  • A Noite
  • Jean-Clause Brisseau
  • Herman Melville no Cinema
  • Filmes Portugueses Legendados
  • Noites de Ouro 2019
  • Sessão Antecipação DocLisboa 2019

Entre as diferentes seções da programação da Cinemateca Portuguesa de destacar essencialmente o regresso de “Cinema na Esplanada”. A esplanada da Cinemateca Portuguesa é o local mais adorado pelos fãs de filmes independentes, clássicos, alternativos que normalmente são exibidos ao público nesse espaço.

“Rush – Duelo de Rivais”, realizado por Ron Howard é a grande estreia do mês na Cinemateca. O filme conta a rivalidade entre Niki Lauda e James Hunt, sendo protagonizado por Daniel Brühl, Chris Hemsworth e Olivia Wilde.

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O Cinema na Esplanada regressa à Cinemateca Portuguesa

Cinemateca Portuguesa
‎The Searchers © C.V. Whitney Pictures

De destacar a exibição do filme “A Desaparecida” (John Ford, 1956), em homenagem a João Bénard da Costa, uma década depois da morte de uma das figuras mais emblemáticas da Cinemateca Portuguesa. Segundo a Cinemateca Portuguesa:

O cinema volta à Esplanada da Cinemateca em julho e setembro, nas noites de sexta-feira e sábado, às 22h30, com projeções maioritariamente em película 35 mm. Este mês propõem-se várias sessões do Ciclo […] Numa delas voltamos a evocar a memória de João Bénard da Costa, no ano em que se perfaz uma década sobre a sua morte, com a exibição de THE SEARCHERS (A DESAPARECIDA), de John Ford, filme maior de um autor maior, que acompanha o lançamento do segundo volume do primeiro tomo da edição dos Escritos sobre Cinema de João Bénard da Costa. Neste volume há Cukor, há DeMille, há Dovjenko, há Godard, há Griffith e… há Ford.

Seguem-se nas próximas páginas uma lista dos melhores filmes a assistir na Cinemateca Portuguesa na primeira quinzena de julho. Entre eles contam-se “The Night of The Hunter” (1955), “After Hours” (1985), e precisamente “The Searchers” (1956).

A par dos filmes, a Cinemateca Portuguesa tem regularmente exposições, que a par de agora serão destacadas nesta rubrica. Em julho, a Cinemateca tem uma exposição sobre “O Livro de Cinema”. Conhece-a neste artigo.

Os filmes escolhidos para os ciclos da Cinemateca do mês de junho refletem uma programação cada vez mais distinta. Conhece o horário dos filmes da Cinemateca em julho, bem como a respetiva sala de exibição. 




“In Der Nacht” + “Désiré”, F.R. 01-07-15h30 | F.R.

Cinemateca Portuguesa
Desiré © Tobis

Neste filme, Sacha Guitry é Désiré Tronchais (em português, “desejo decapitado”), o criado de Odette Cléry (a personagem de Madame, em nova composição da sua então mulher Jacqueline Delubac), dois protagonistas que sonham juntos debaixo do mesmo teto. O argumento parte de uma peça de Guitry dez anos anterior ao filme, e a adaptação sublinha as diferenças dos dois mundos que habitam a mesma casa, o dos senhores e o dos criados, com um olhar sobre o espaço que antecede o de Jean Renoir de LA RÈGLE DU JEU. Comédia romanesco-onírico-erótica, é um dos mais originais e celebrados Guitry dos anos trinta do século XX. A sessão abre com IN DER NACHT, o filme musical de Ruttmann, uma pequena obra-prima, ao som de Schumann, que se apresenta como uma fantasia musical e se constrói numa montagem primorosa: as imagens de uma mulher a tocar uma peça ao piano reenviam para uma dança de elementos e reflexos noturnos em que a água é o grande motivo. Texto Cinemateca




“Sommarnattens Leende”, 02-07-15h30 | F.R.

Cinemateca Portuguesa
Sorrisos de Uma Noite de Verão © Svensk Filmindustri

SOMMARNATTENS LEENDE foi o primeiro grande sucesso internacional de Bergman, o filme que, definitivamente, o impôs como um dos grandes nomes do cinema. Adaptação muito livre de Sonho de Uma Noite de Verão, de Shakespeare, SOMMARNATTENS LEENDE é, sob o registo de comédia, um verdadeiro tratado sobre a condição humana. Bergman chamou-lhe um jogo a partir de uma equação matemática envolvendo dois homens e duas mulheres. Também foi o filme em que iniciou “a dança com a morte”, como observou João Bénard da Costa. A apresentar em cópia digital. Texto Cinemateca




“They Live by Night”, 02-07-19h | F.R.

Cinemateca Portuguesa
They Live by Night © RKO Pictures

Em toda a sua obra, Nicholas Ray está do lado dos que vivem na noite, sejam jovens amantes, jovens rebeldes, pessoas que se perdem, pessoas temperamentais, pessoas que se contradizem. O seu primeiro filme é adaptado do romance Thieves Like Us, vagamente inspirado na história de Bonnie e Clyde. THEY LIVE BY NIGHT conta o destino trágico de um jovem revoltado que encontra no amor uma forma de redenção que o mundo, porém, lhe não permite. Uma legenda inicial avisa: “This boy and this girl were never properly introduced to the world we live in.” Texto Cinemateca




“Moby Dick”, F.R. 03-05-21h | F.R.

Cinemateca Portuguesa
Moby Dick © Metro-Goldwyn-Mayer Studios

É a mais conhecida adaptação ao cinema de um romance de Melville e, sem dúvida, a melhor versão para o ecrã da história da baleia branca e da caça implacável que lhe move o capitão Ahab. Huston acalentou o projeto durante largos anos, pensando na personagem de Ahab para o seu pai Walter Huston e ponderan- do encarná-la ele próprio depois da morte de Walter em 1950. O papel acabaria entregue a Gregory Peck, que compôs a personagem inspirada nos traços de Lincoln. MOBY DICK é também uma extraordinária experiência com a cor, trabalhada de modo a associar os registos realista e onírico. Huston: “Do ponto de vis- ta filosófico, não tenho a menor dúvida de que se trata do meu filme mais importante. (…) Moby Dick é uma grande blasfémia.” Texto Cinemateca

A sessão inclui também uma comunicação em inglês a partir das 21 horas: “Notas sobre Moby Dick com Salvato Telles Menezes”




“Rush”, F.R. 05-07-19h | F.R.

Cinemateca Portuguesa
Rush © Universal

A época dourada da Fórmula 1 na segunda metade da década de setenta do século passado, a rivalidade (dentro e fora das pistas) entre Niki Lauda e James Hunt, pela mão (e a câmara) hábil de Ron Howard. Uma forma de homenagear um ícone recentemente desaparecido, o inigualável Niki Lauda. Primeira exibição na Cinemateca. Texto Cinemateca




“Hatari” + “Mogambo”, 06-07-15h30 | F.R.

Mogambo © John Kobal Foundation

Um dos maiores filmes de Howard Hawks e uma obra-prima do cinema de aventuras. Praticamente sem história (a atividade de um grupo de homens que se dedicam a apanhar animais selvagens para os zoos), HATARI! é quase um filme de balanço da obra de Hawks, com os seus temas e situações clássicas e a eterna guerra dos sexos. MOGAMBO é a segunda versão da história do caçador branco, guia de safaris em África, dividido entre duas mulheres: Grace Kelly, de quem Ford descobriu o fogo no gelo antes de Hitchcock, e Ava Gardner nos papéis que antes foram de Myrna Loy e Jean Harlow. Clark Gable retoma aqui o mesmo papel que tivera 20 anos antes no filme de Victor Fleming RED DUST. Texto Cinemateca




 “Céline”, 08-07-18h30 | L.P.

Cinemateca Portuguesa
Céline © Canal+

Um dos mais belos filmes de Brisseau, para muitos a sua obra-prima, e um dos títulos da sua filmografia que mais limpidamente “resumem” um dos seus temas de eleição: a “porosidade” das fronteiras entre a vida material e a vida espiritual. É a história de Céline, jovem herdeira de uma família rica, que se tenta suicidar na sequência de uma série de tragédias pessoais. A enfermeira que cuida dela ensina-lhe técnicas de meditação, e não tarda que Céline atinga peculiares estados de consciência, profundamente transformadores de si própria e do ambiente que a rodeia. Imaginação contemporânea da subida a uma forma de santidade, evocação das visões místicas de célebres santas de outras séculos, numa beleza e num arrojo quase inacreditáveis. A apresentar em cópia digital em primeira exibição na Cinemateca. Texto Cinemateca




“Irma la Dulce”, 09-07-15h30 | F.R.

Cinemateca Portuguesa
Irma la Dulce © Mptv Images

Proibido em Portugal até ao 25 de abril, IRMA LA DOUCE foi também um “caso” no seu país de origem. Apesar de já se estar em 1963 e de a censura andar a ser “batida” aos pontos por realizadores rebeldes, a forma como se representaram as prostitutas a trabalhar, sem eufemismos para a profissão, foi<é um assassino em série (a mais mítica criação de Mitchum), perseguindo duas crianças filhas de uma das suas vítimas, até se deparar com uma adversária à sua altura, a personagem de Lillian Gish. Um dos filmes mais singulares de sempre. Texto Cinemateca




“Collateral”, 10-07-15h30 | F.R.

Cinemateca Portuguesa
Collateral © Paramount

Um taxista (Jamie Foxx) vê-se envolvido com um assassino (Tom Cruise), que aluga o seu veículo por uma noite, a fim de levar a cabo um “contrato” para abater uma testemunha, enquanto o primeiro procura, a todo o custo, frustrar-lhe as intenções. Um prodigioso exercício de suspense, filmado em vídeo digital com uma fotografia que trabalha as cores da escuridão e o que Mann referiu como o perturbador fenómeno da neblina e do luar de um anoitecer em LA, “esse tresloucado céu magenta de Los Angeles, quando as luzes de vapor de sódio fazem ricochete na camada de neblina (…) e a suavidade da iluminação magenta e laranja é muito alienante, muito atrativa e ao mesmo tempo solitária”. A apresentar em cópia digital. Texto Cinemateca




“Beau Travail”, 10-07-19h | F.R.

Cinemateca Portuguesa
© Tanaïs Productions

Vagamente baseado em Billy Budd, de Herman Melville, BEAU TRAVAIL passa-se em Djibouti, onde os protagonistas são soldados na Legião Estrangeira. Partes da banda sonora são da ópera de Benjamin Britta baseado no mesmo texto de Melville, compondo-se o filme num registo que combina brilhantemente o naturalismo e o figurativo. “Um hipnótico ballet masculino” (Peter Bradshaw, The Guardian). Na Cinemateca, foi apresentado uma única vez, em 2001. Texto Cinemateca




“The Searchers”, 12-07-22h30 | Esplanada

Cinemateca Portuguesa
‎The Searchers © C.V. Whitney Pictures

Uma das obras-primas de John Ford e o filme que contém todas as chaves do western. Também marca a entrada de Ford na última fase da sua obra, aquela em que a serenidade do olhar acompanha a consciência do fim de um tempo que existe apenas na memória, e de que um dos sinais é a evocação de Harry Carey, ator fordiano por excelência, no gesto final de John Wayne, o seu mais puro herdeiro. Texto Cinemateca




“Le Notti Di Cabiria”, F.R. 13-07-22h30 | Esplanada

Cinemateca Portuguesa
Le Notti di Cabiria © Rialto Pictures

Cabiria, a mais chapliniana personagem de Fellini, foi também um dos mais célebres papeis de Giulietta Masina. André Bazin escreveu que LE NOTTI DI CABIRIA “rematava” o neorrealismo, “ultrapassando‐o numa reorganização poética do mundo”. Embebida de uma vontade de incorporar a realidade e o documento na ficção, de fundir o sublime e o prosaico, esta história da desgraçada prostituta Cabiria é vista, talvez paradoxalmente, como um filme‐charneira na obra de Fellini, o ponto em que se começa a livrar da “narrativa tradicional” e do próprio “realismo” em sentido estrito. É um muito comovente filme, mas não um dos mais vistos Fellini na Cinemateca, onde foi projetado pela última vez em 2008. Texto Cinemateca




“The Last Sunset”, 15-07-19h | F.R.

Cinemateca Portuguesa
The Last Sunset © Universal

Aldrich é um grande realizador de westerns e este filme magnífico não é exceção. A situação é clássica do género, uma viagem carregada de tensões. Trata‐se aqui do transporte de uma grande manada de gado, nascendo a tensão do facto de um dos homens ter uma velha paixão pela mulher do dono do gado e de um xerife, que se junta à viagem, querer levá‐lo até ao território onde tem jurisdição, para prendê‐lo. A energia do filme vem da densidade romanesca da narrativa, de um encontro feliz do elenco, da atmosfera crepuscular de que as noites em azul Technicolor são a imagem pungente. Texto Cinemateca

“Exposição: O Livro de Cinema”

Em período de aniversário propomos “O LIVRO DE CINEMA: VIAGEM ATRAVÉS DAS EDIÇÕES E DA IMAGEM GRÁFICA DA CINEMATECA”, uma viagem através da vasta e diversíssima produção gráfica da e para a Cinemateca, remontando aos tempos em que se chamava “Nacional” e vindo até aos nossos dias. Chamamos-lhe livro mas abarcamos aqui também cartazes, catálogos, brochuras e programas, rótulos e postais, e mesmo as “pontas” que são apensas às cópias de projeção dos filmes da Cinemateca. Texto Cinemateca

Mais informações sobre a programação podem ser consultadas aqui. Os bilhetes podem ser adquiridos na bilheteira da Cinemateca Portuguesa ou em bol

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