Google acaba de alterar política importante para os utilizadores
Por vezes é difícil navegar pela internet sem deixar rasto. A Google adiou a uma decisão que podia beneficiar os utilizadores.
Sumário:
- A Google adiou novamente a eliminação dos cookies no Chrome, prolongando a incerteza sobre o futuro da publicidade digital e a privacidade dos utilizadores;
- A falta de consenso sobre alternativas eficazes dificulta a transição, com receios de que os utilizadores rejeitem o rastreamento, como ocorreu com o opt-out da Apple;
- Apesar do fim dos cookies, a Google mantém acesso a dados via contas e reintroduziu a impressão digital, levantando dúvidas sobre mudanças reais na privacidade online.
A Google voltou a adiar a eliminação dos cookies de rastreamento no Chrome, uma decisão que tem gerado uma grande controvérsia e frustração na indústria publicitária. Apesar de promessas anteriores de acabar com essa tecnologia, a empresa continua a manter os cookies ativos para os seus mais de três mil milhões de utilizadores, prolongando a incerteza sobre o futuro da publicidade digital e a privacidade dos utilizadores.
Nos bastidores, a falta de consenso sobre uma solução alternativa tem dificultado avanços concretos. A Google propõe um sistema onde os utilizadores possam optar por permitir ou bloquear os cookies, mas há receios de que a maioria rejeite o rastreamento, tal como aconteceu com o opt-out da Apple, que teve um forte impacto o setor da publicidade online.
A questão central reside na dependência da Google de dados dos utilizadores para sustentar a sua posição dominante na publicidade digital. Mesmo sem cookies, a empresa pode continuar a recolher dados através das contas Google, criando preocupações sobre a eventual real mudança.
Para aumentar a complexidade, a Google reintroduziu recentemente a impressão digital (fingerprinting), que permite rastrear os utilizadores sem cookies, adicionando um novo elemento ao debate.
Google está a trabalhar no assunto
Segundo o site DigiDay, “quem esperava uma grande atualização da Google sobre cookies pode respirar de alívio – ela não virá agora”. No entanto, parece certo que a Google irá implementar um pedido de consentimento global, o que poderá resultar numa rejeição enorme por parte dos utilizadores.
Esta abordagem aproxima a navegação na web ao modelo de aplicações móveis, onde a Apple e a Google já aplicam restrições baseadas em consentimento.
A Apple, pelo seu lado, tem aproveitado os recuos da Google para promover o Safari como uma opção mais privada. O Washington Post destaca que “a Apple merece crédito por tornar muitas proteções de privacidade automáticas no Safari”, sublinhando que o navegador impede cookies de terceiros por padrão, algo também implementado pelo Firefox e pelo Brave.
Entretanto, a Google promete um botão de “deixar-me em paz” no Chrome, que permitirá aos utilizadores desativar cookies com um clique. Ainda assim, a indústria questiona qual será a solução final para substituir os cookies e se esta transição beneficiará realmente a privacidade dos utilizadores ou apenas reforçará o controlo da Google sobre a publicidade digital.
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