Hideo Kojima fala sobre Death Stranding
Hideo Kojima, o criador de Metal Gear Solid, esteve à conversa com a PlayStation durante RTX Sydney e falou um pouco do processo de desenvolvimento de Death Stranding.
Para os fãs de Hideo Kojima, os últimos dois anos foram de incerteza. Após a sua saída abrupta da Konami, empresa de que fazia parte desde 1986, muito se especulou sobre qual o seu próximo passo. Felizmente uma parceria com a PlayStation foi rapidamente revelada e depois disso, o primeiro teaser de Death Stranding chega na E3 de 2016.
Estranho e misterioso, Death Stranding mostra ser um projecto bastante diferente do habitual, deixando todos com várias perguntas sobre o que pode ser esperado.
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Kojima refere que o projeto, definido pelo autor como “out-of-the-box”, nasceu da junção do desejo de criar algo que suscita-se interesse na equipa, que fosse diferente e de que o mercado precisasse. Death Stranding será um jogo de acção em “open world” que deverá agradar tanto a jogadores que preferem uma abordagem mais directa, quer a jogadores que preferem “stealth”.
Contudo, contrariamente ao “típico” jogo de acção que recorre a armas de fogo, DS introduzirá um conceito novo. Nas palavras do autor:
“(…) De um modo geral, nos jogos de acção o jogador tem uma arma e joga contra inimigos num ambiente de singleplayer – ou vai para o online e joga contra outros jogadores num ambiente competitivo. Juntam-se com armas de fogo – [risos] é quase sempre com armas de fogo – para derrotar um oponente mais forte. Neste jogo podes fazer isso mas eu queria ir um pouco além com algo que não se focasse numa arma de fogo.”
De forma semelhante, o modo online estará sim presente mas com algumas surpresas:
“Muitos jogos possuem um “modo campanha” e quando o terminas podes ir para o modo online. Este jogo não possuirá esse tipo de estrutura.”
Quanto ao engine escolhido, Kojima diz que visitou trinta estúdios na procura do engine perfeito. Este teria de suportar “open world” mas também imagem foto-realista. A escolhida foi a Guerrilla Games (Horizon Zero Dawn) que em troca pediu uma colaboração no desenvolvimento do engine. A sua frontalidade e desejo de crescimento certamente levará ambos lados a criar um jogo nunca antes visto:
“Queríamos uma apresentação realista (para a TGA), por isso, tivemos de modificar as ferramentas e fazer outros ajustes ao engine. Durante seis meses o código andou cá e lá entre a Guerrilla Games e a Kojima Productions, enquanto trabalhávamos a mesma base de código. Neste momento o nosso código está completamente fundido.”
Desta junção nasceu o Decima. O seu nome é inspirado na Dejima, uma ilha artificial usada pelos japoneses e pelos holandeses para as suas trocas comerciais durante o período Edo (1603 – 1868).
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Fora a parte técnica, teaser e trailer, surpreenderam também pela presença de Norman Reedus, Guillermo del Toro, e Mads Mikkelsen. Para Kojima a criação de jogos e filmes é semelhante e trabalhar com atores de cinema tornar-se-á uma norma. E quanto a Reedus, confirmam-se as suspeitas de que o protagonista nasceu a pensar precisamente no ator:
“Quando me tornei independente e estava a pensar sobre o meu primeiro jogo, vi o Norman a interpretar esta personagem. O visual desta personagem foi baseado usando o Norman Reedus como precedente.”
ESTE É DEATH STRANDING DE HIDEO KOJIMA
Esperam-se mais detalhes sobre Death Stranding em breve, talvez na E3 deste ano! O que acham do novo projeto do mestre?
