Richard Beymer como Tony e Natalie Wood como Maria em "West Side Story" © 20th Century Studios

“A História dos Formatos” na Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema

A partir da próxima semana a Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema dá inicio à rubrica “A História dos Formatos”, parte do ciclo “Histórias do Cinema”, e que conta com vários filmes imperdíveis.

Desde Setembro de 2011 que a Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema apresenta uma programação regular no âmbito do ciclo “Histórias do Cinema”. Mas já a partir da próxima semana, a instituição apresenta uma nova rubrica, proporcionando uma maior diversidade temática.

“A História dos Formatos” é a nova rubrica que propõe um panorama histórico dos formatos do cinema incluindo formatos de película e proporções de imagem. O principal objectivo da Cinemateca Portuguesa é fazer o espectador embarcar numa viagem em torno das relações históricas da sétima arte com o seu material base.

Para ajudar o espectador neste entendimento e compreensão dos tão distintos formatos cinematográficos, as sessões serão apresentadas por Jean-Pierre Verscheure, historiador, coleccionador e restaurador belga. Jean-Pierre Verscheure é também responsável pelo laboratório de restauro de som Cinévolution, com sede na Bélgica.

CINEMATECA PORTUGUESA APRESENTA “A HISTÓRIA DOS FORMATOS”

Cinemateca Portuguesa

Jean-Pierre Verscheure

Durante toda a semana (de segunda 19 a sexta 23), Jean-Pierre Verscheure falará ao público na evolução dos formatos, apontando ainda à sua linguagem estética, ou seja, aos aspectos de realização de um filme. Segundo o próprio,
No cinema, a palavra ‘formato’ significa e designa duas dimensões distintas: por um lado, a largura da película e, por outro, a relação entre as medidas da imagem impressa sobre esta última (“aspect ratio”). Ao longo desta semana, iremos estudar a evolução dos formatos da película e dos “aspect ratio” que foram introduzidos na distribuição cinematográfica desde Edison e dos Irmãos Lumière até à chegada do cinema digital. […] A palavra “formato” não se refere apenas às relações entre medidas da imagem mas também às consequências de cada processo na qualidade da imagem em termos de definição, no tipo de espaço cénico em termos de profundidade de campo, nos problemas de composição da imagem em relação à narrativa.
A Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema realizará em breve uma segunda sessão desta rubrica “A História dos Formatos”. A data exata a anunciar também contará com a presença de Jean-Pierre Verscheure.

Em baixo podes conhecer quais os filmes escolhidos por Jean-Pierre Verscheure para esta primeira sessão-conferência. As sessões-conferências começam sempre às 18h e são realizadas em inglês. Os bilhetes podem ser adquiridos na bilheteira da Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema.

“Safety Last” (1923), 19-02 18h

Cinemateca Portuguesa

Um dos mais emblemáticos filmes da comédia do período mudo norte-americano, “Safety Last” é, também, uma das mais conhecidas aventuras de Harold Lloyd, mítico ator cómico lembrado pelos seus óculos e proezas físicas que o equipararam, no pico da sua popularidade, a Buster Keaton e Charlie Chaplin. O filme de Fred C. Newmeyer e Sam Taylor viria a trazer uma das imagens mais icónicas deste período da história do cinema: Harold Lloyd pendurado no cimo de um prédio, agarrado aos ponteiros de um relógio, com o movimento urbano da cidade a passar por baixo das suas pernas. A apresentar em cópia 35 mm com intertítulos em inglês e francês, em formato mudo 1,33 e velocidade próxima da original, na versão sonorizada de 1974 com a música Rag Time de Don Huette.




“Rancho Notorious” (1952), 20-2 18h

Cinemateca Portuguesa

No seu terceiro western, Fritz Lang faz Marlene Dietrich regressar ao género no papel de sedutora e cantora de “saloon”. Lang coloca-a no centro de uma história de crime e vingança: um cowboy introduz-se numa quadrilha onde se encontra o violador e assassino da sua noiva, e esconde-se num rancho, propriedade da personagem de Marlene Dietrich. A apresentar em cópia 35 mm em versão original, com legendas em francês, no formato Academy 1,37, sistema sonoro RCA Photophone monofónico e cores Technicolor.



“River of No Return”,  21-02 18h

Cinemateca Portuguesa
Robert Mitchum e Marilyn Monroe

Um western singular com um par igualmente singular (Robert Mitchum e Marilyn Monroe) num dos primeiros filmes em CinemaScope, em que o formato largo corresponde inteiramente a um projeto estético, ligando a vastidão dos cenários naturais à dimensão moral da história dos três protagonistas. A apresentar em cópia 35 mm de época em versão original, com legendas em francês, CinemaScope 2,35:1, som Westrex monofónico, e cores “Technicolor IB”.




“West Side Story – Amor Sem Barreiras” (1961), 22-2 18h

Cinemateca Portuguesa
West Side Story

Musical inspirado em Romeu e Julieta, com a história transportada para a Nova York dos anos 50. Dois gangs rivais, os Jets e os Sharks, estão em luta. No meio desta guerra surge um romance fadado à tragédia, entre Tony (Richard Beymer), ex-líder dos Jets, e Maria (Natalie Wood), irmã do líder dos Sharks. Vencedor de 10 Oscars, incluindo Melhor Filme, Melhor Director e Melhor Banda Sonora, em 1962. A música é de Leonard Bernstein. A apresentar em cópia 35 mm reduzida de negativo 65 mm, reedição em Dolby Stereo e cores Eastmancolor.




“A Promessa”, Sala L.P. 16-1-18h30

Cinemateca Portuguesa
Jack Nicholson

Na terceira longa-metragem de Sean Penn, Jack Nicholson é um polícia que vê a sua reforma adiada devido ao caso do assassinato de uma criança de oito anos. Ao chegar ao local do crime e depois de privar com a família da vítima, nasce “a promessa” de que não deixará cair o seu desaparecimento no esquecimento. A apresentar em anamórfico JDC Scope. Primeira exibição na Cinemateca.

Mais informações sobre a programação podem ser consultadas aqui

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