House of the Dragon: Terão os Dragonkeepers razão em temer os cavaleiros bastardos?
A Dança dos Dragões continua em “House of the Dragon” e começa agora a passar por uns momentos complicados que ameaçam dividir os Targaryen ainda mais. [Nota editorial: O artigo pode conter spoilers até ao episódio 7]
Sumário:
- “House of the Dragon” continua a quebrar barreiras do entretenimento com novos conflitos de proporções épicas todos os episódios;
- A guerra continua a deixar o seu impacto no povo de Westeros e há cada vez mais alianças a formar-se em cada esquina;
- Rhaenys Targaryen procura uma forma de se elevar no conflito, para tal terá de se aliar a um novo conjunto de bastardo, algo que desagrada aos Dragonkeepers;
Os smallfolk continuam a pagar o preço do conflito entre os Greens (Hightower) e os Blacks (Targaryen), um custo elevado que tem visto estes indivíduos simples sofrer às mãos daqueles que eram suposto os girar em direção a um futuro próspero. Desta forma, é possível perceber a dificuldade dos smallfolk em aceitar o conflito, principalmente quando a Dança dos Dragões tem causado uma grande quantidade de vitimas inocentes, desde os simples cavaleiros que seguem as ordens dos seus líderes, passando pela população das pequenas cidades por onde circulam os exércitos e até aos habitantes de King’s Landing.
O sofrimento comanda House of the Dragon
Porém, a guerra é inevitável e a Rainha Rhaenyra (Emma D’Arcy) vê-se entre a espada e a parede, sendo forçada a fazer de tudo para conseguir combater a desigualdade numérica das forças lideradas por Aemond (Ewan Mitchell), o príncipe regente que assume agora o reino do seu irmão Aegon II (Tom Glynn-Carney). Os Greens possuem uma força militar inigualável, algo com que Rhaenyra pode apenas sonhar, e que lhe tem trazido grandes dificuldades no campo de batalha, como em Rook’s Rest, onde perdeu um dos seus maiores aliados em Rhaenys Targaryen (Eve Best) e uma das suas armas mais perigosas, o dragão Meleys.
No mundo de “Game of Thrones“, os dragões são tidos como armas de destruição maciça, o que os torna num recurso precioso. Esta tem sido a estratégia de Rhaenyra, que evita o uso deste seu arsenal poderoso para evitar danos colaterais e agravar o conflito. Por outro lado, em “House of the Dragon” os Greens não hesitam em utilizar os seus dragões, exibindo-os em qualquer conflito em busca de um desafio. Contudo, com a perda de Rhaenys em Rook’s Rest, Rhaenyra vê-se forçada a expandir o seu recurso bélico, e para tal necessita de encontrar novos cavaleiros para os vários dragões que mantém na reserva, uma decisão que não é vista com bons olhos pelos Dragonkeepers.
Rhaenyra enfrenta a fúria dos Dragonkeepers
Em “House of the Dragon”, o smallfolk vê os dragões como uma divindade, seres majestáticos que representam o poder dos deuses em Westeros. No entanto, a maioria das casas regentes, como é o caso dos Targaryen “modernos”, veem estas criaturas como uma arma, um objeto que podem utilizar para demonstrar a sua superioridade em relação aos outros. Rhaenyra tem-se demonstrado uma exceção à regra, sendo mais tradicional e exibindo um apresso e carinho pelos dragões que habitam Dragonstone.
Este sentimento é partilhado pelos Dragonkeepers, os tratadores de dragões que dedicam a sua vida a cuidar destas criaturas perigosas, chegando mesmo a sacrificar as suas vidas como aconteceu no episódio 6 quando Steffon Darklyn (Anthony Flanagan) tentou domar Seasmoke. Tal como os Targaryen mais tradicionais, os Dragonkeepers seguem crenças antigas, com origem em Valyria, que dita que apenas os Targaryen de puro sangue têm o direito dos deuses em controlar os dragões.
É aqui que o desespero de Rhaenyra começa a revelar-se, quebrando com todas as tradições em que acredita para tentar salvar a sua família e manter os Targaryen no poder. Os Dragonkeepers revoltam-se contra a decisão de recrutar bastardos para domar os dragões, uma decisão que pode parecer um pouco irracional para quem quer testemunhar a carnificina causada pelos dragões no pequeno ecrã, mas que demonstra a severidade da decisão da Rainha.
Rhaenyra deposita toda a sua confiança em Addam of Hull (Clinton Liberty), Hugh Hammer (Kieran Bew) e Ulf White (Tom Bennett), pessoas que não conhece, que veem de outras culturas, e que podem ter as suas próprias intenções, tal como o Príncipe Jacaerys Velaryon (Harry Collett) refere. Esta decisão cega pode tanto ser o caminho para a sua vitória, como para a derrota sangrenta.
O que pensas da decisão de Rhaenyra? Acreditas que os bastardos são a salvação?