Rami Malek

Atores com performances musicais brilhantes

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Conhece os atores e atrizes vencedores e nomeados para o Óscar da Academia ao interpretarem músicos bem conhecidos do grande público. 

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Rami Malek é o novo nome de Hollywood a interpretar um talentoso músico conhecido do grande público. A verdade é que muito se fala de “Bohemian Rhapsody”, o novo filme de Bryan Singer, em que o ator de 37 anos, protagonista de “Mr. Robot”, dispõe de um desafiante papel como Freddie Mercury. Contudo, Rami Malek não foi o primeiro nem seguramente será o último ator a ser aclamado por desempenhar o papel de um músico.

Muitos têm sido os intérpretes a serem aclamados pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas não só com nomeações, mas também como vitórias ao longo dos anos. E é muito provável que Rami Malek se junte ao grupo, pelo menos que as suas chances se mantiverem tão altas como têm estado até ao momento.

RAMI MALEK BRILHA COMO FREDDIE MERCURY EM BOHEMIAN RHAPSODY

Rami Malek

O ator passou por uma transformação incrível, desde trabalhar como um coreógrafo ou até mesmo com um treino de movimento para obter os mais minuciosos detalhes sobre os gestos corporais de Freddie Mercury. Os treinos intensivos e a prestação de Rami Malek poderão não passar despercebidos à Academia de Hollywood quando forem anunciados os nomeados às estatuetas douradas no próximo mês de janeiro.

Entretanto, momento de conhecer os grandes nomes dos nomeados e vencedores de Óscares da Academia conhecidos por interpretar grandes estrelas da música.




Meryl Streep em “Florence, Uma Diva Fora de Tom” (2016)

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Meryl Streep como Florence Foster Jenkins

Começamos a lista com a mais aclamada atriz pela Academia de Hollywood. Contam-se 21 nomeações em 39 anos, tendo a última sido no início deste ano por “The Post”. Em “Florence, Uma Diva Fora de Som” (Stephen Frears, 2016), Meryl Streep interpreta Florence Foster Jenkins (1868-1944), uma mulher que cantava horrivelmente mal, mas que chegou a obter reconhecimento num concerto do Carnegie Hall em Nova Iorque. O filme baseia-se sobretudo na relação de Florence e do seu marido, St. Clair Bayfield, interpretado pelo também carismático Hugh Grant. Apesar da situação caricata que envolve as personagens, e do riso que lança o espectador, toda a composição da personagem de Florence está longe de ser um retrato caricatural, asentando igualmente na dimensão trágica, em muito pela entrega de Streep. Relembrar apenas que Stephen Frears não é estranho a histórias biográficas, sendo também ele o responsável por “A Rainha” (2006), sobre Isabel II, ou “Vencer a Qualquer Preço” (2015), sobre Lance Armstrong.




Jamie Foxx em “Ray” (2004)

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Jamie Foxx

Com Taylor Hackford por detrás das câmaras, “Ray” é um filme que demorou 15 anos até poder ter chegado ao grande ecrã. O filme segue a essência do homem que simplificou as suas lutas e que as transpôs para o grande público num misto de géneros do rhythm e Blues, passando pelo Jazz, pelo Rock & Roll, Gospell, Country e western, ensinando ao mundo uma nova forma de ouvir. Com o projeto aclamado pela crítica, Jaime Foxx, que havia sido nomeado no mesmo ano ao Óscar de Melhor Ator Secundário por “Colateral” (2004), ganhou o Óscar de Melhor Ator. Até agora, Jamie Foxx não obteve mais nenhuma nomeação. 




Marion Cotillard em “La Vie en Rose” (2006)

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Marion Cotillard

Foi talvez a interpretação mais comentada de 2006 e muito rapidamente a imprensa francesa e internacional começou a afirmar que a Marion Cotillard poderia ser nomeada ao Óscar ao interpretar a magnífica e ícone francês Edith Piaf. Aconteceu não só ser nomeada como ter-se tornado a primeira atriz francesa a ganhar um Óscar de Melhor Atriz num filme também totalmente falado em francês. Em 2015, a atriz voltou a ser nomeada a Melhor Atriz por “Dois Dias, Uma Noite” (2014), e até então não têm faltado ofertas de desempenhos em Hollywood, com destaque para “A Origem” (Christopher Nolan, 2010) e mais recentemente “Aliados” (Robert Zemeckis, 2016). Em “La Vie en Rose” acompanhamos os pontos altos da vida pessoal e profissional de uma das maiores artistas francesas. É um filme que mostra Piaf uma artista e  mulher frágil, intensa, mas também indestrutível e com uma voz fenomenal.




Jennifer Hudson em “Dreamgirls” (2006)

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Jennifer Hudson

A cantora Jennifer Hudson tornou-se uma estrela reconhecida de Hollywood e do mundo após vencer o Óscar de Melhor Atriz Secundária na adaptação do musical da Broadway “Dreamgirls”. De facto, a sua personagem embora não tivesse existido na realidade foi parcialmente inspirada na vida da cantora Florence Ballard, membro das Supremes, grupo ativo de 1959 a 1977, do qual se inspirou o filme. Desde então a atriz não foi nomeada a mais nenhum Óscar, mas por isso não deixa de fazer furor no mundo do entretenimento televisivo e musical norte-americano com participações em programas como “The Voice”. A atriz em 2019 poderá ser vista em “Cats”, de Tom Hooper uma outra adaptação de um conceituado musical.




Eminem em “8 Mile” (2002)

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Eminem

Outro filme parcialmente inspirado na história de um artista musical é “8 Mile” (Curtis Hanson, 2002). Aqui temos Eminem num papel aclamado justamente por ser autobiográfico. Todavia, o ator não conseguiu uma nomeação de Melhor Ator pelo seu desempenho. Mesmo assim, o ator conseguiu a estatueta dourada por Melhor Canção Original, prova que pode haver uma alternativa para ser recompensado pela Academia de Hollywood.




Angela Bassett e Laurence Fishburne em “What’s Love Got To Do With It” (1993)

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Laurence Fishburne e Angela Bassett

Presença regular da televisão e também do cinema norte-americano, Angela Bassett foi nomeada ao Óscar de Melhor Atriz por “What’s Love Got To Do With It”, a biografia de Tina Turner. De seu nome Anna Mae Bullock, rapariga de uma pequena cidade inconfundível, o filme segue Tina que conhece e se apaixona pelo carismático músico Ike Turner. Juntos, Ike e Tina ver-se-ão catapultados para os lugares cimeiros da música mundial, enquanto a sua vida privada é totalmente desfeita pela voracidade do sucesso. Até ao momento a única nomeação de Angela Bassett ao Óscar que nesse ano foi entregue a Holly Hunter em “O Piano”. Relembrar também que teríamos que esperar por  Halle Berry e o seu desempenho em “Monster’s Ball (Marc Forster, 2001) para que uma atriz negra fosse consagrada Melhor Atriz pelos prémios da Academia. Também o próprio Laurence Fishburne mantém uma carreira mais diversa no cinema, com recentes participações em filmes como “Derradeira Viagem” (Richard Linklater, 2017) ou “Homem-Formiga e a Vespa” (Peyton Reed, 2018). Desde então também não voltou a ser nomeado à estatueta dourada.




Prince em “Viva a Música” (1984)

Mamma Mia
Prince em Purple Rain

Outro filme aparentemente autobiográfico, “Purple Rain – Viva a Música” (Albert Magnoli, 1984) mostra-nos Prince a interpretar de si mesmo. O artista falecido em 2016 acabaria mesmo por vencer o Óscar por Best Original Song Score, categoria entretanto descontinuada. Prince interpreta a figura de “The Kid”, um jovem talentoso e problemático vocalista de uma banda de Minneapolis. Com uma vida doméstica tumultuosa, luta pelo refugio na sua música e pelo amor pela sexy Apollonai Kotero.




Joaquin Phoenix e Reese Witherspoon em “Walk The Line” (2005)

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Reese Witherspoon e Joaquin Phoenix

A história de amor dos ícones da música country Johnny Cash e June Carter Cash foi contada no filme de “Walk the Line” (James Mangold, 2005). O filme foca a história de Johnny Cash, a sua vida familiar e os problemas de abuso de drogas, mas também o amor de Johnny e June, interpretados por Joaquin Phoenix e Reese Witherspoon, ambos nomeados ao Óscar pelo seu papel. Reese Witherspoon teve um árduo trabalhar não só a filmar como também a gravar o álbum do filme. Recentemente a atriz revelou ter gostado bastante do projeto que dá uma visão realista de um casamento e das falhas de uma verdadeira relação. No fim, Witherspoon ganhou o Óscar de Melhor Atriz. Em 2015, voltou a ser nomeada por “Livre” (Jean-Marc Vallée, 2014). Já Joaquin Phoenix continua na conquista pela sua estatueta dourada. O ator de 43 anos havia sido nomeado ao Óscar de Melhor Ator Secundário em 2001 por “Gladiador” (Ridley Scott, 2000) e voltou a ser nomeado ao Óscar de Melhor Ator em 2013 por “The Master – O Mentor” (Paul Thomas Anderson, 2012).




F. Murray Abraham e Tom Hulce em “Amadeus” (1984)

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Tom Hulce e F. Murray Abraham

Este filme conta a história da vida de Mozart aos olhos do seu grande rival Salieri. Salieri, Este filme conta a história da vida de Mozart aos olhos do seu grande rival Salieri. Salieri, trinta e poucos anos depois da morte de Mozart, é levado para um asilo depois de uma tentativa do suicídio. Um padre vem a seu encontro para ouvir a sua confissão acerca da morte de Mozart, mas no entanto é levado a ouvir a história de como Salieri, conduzido pela inveja, tudo faz para destruir Mozart. Um grande filme, vencedor de 9 Óscares, incluindo o Óscar de melhor filme, melhor realizador e melhor actor.




Meryl Streep em “Melodia do Coração” (1999)

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Meryl Streep

Novamente ela, Meryl Streep. Antes de “Florence Foster Jenkins”, Meryl Streep havia sido nomeado ao Óscar de Melhor Atriz neste filme realizado por Wes Craven. O argumento é de Pamela Gray e toda a trama é uma dramatização dos factos verídicos da vida de Roberta Guaspari, uma professora e violinista norte-americana conhecida pelo seu trabalho em Harlem, Nova Iorque, enquanto ensinava durante os anos 80 e 90 do século XX. Roberta Guaspari tentou manter a música viva nas escolas e Meryl Streep interpreta com extrema honestidade este desafiante papel, num único filme de Wes Craven (conhecido pelo género do terror) a ser nomeado a estatuetas douradas.




Emily Watson e Rachel Griffiths em “Hilary e Jackie” (1998)

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Emily Watson e Rachel Griffiths

Biografia sobre uma história polémica, “Hilary and Jackie” segue as irmãs Hilary e Jacqueline du Pre demonstram ter grandes aptidões para a música que a sua mãe se encarrega de educar e moldar com incansável zelo: Hilary na flauta e Jacqueline no violoncelo. A segunda viveu na sombra da excelência da sua irmã mais velha até o seu extraordinário talento como violoncelista se impor publicamente no Wigmore Hall em Londres. As trajectórias das duas irmãs afastam-se a partir dos seus respectivos casamentos. Enquanto Hilary leva uma vida simples, Jacqueline vivia num stress constante, até falecer em 1987, prematuramente aos 42 anos, de esclerose múltipla. Rachel Griffiths é Hilary e Emily Watson é Jacqueline, esta última nomeada ao Óscar de Melhor Atriz em 1999. Antes a atriz fora nomeada por “Breaking the Waves” (Lars von Trier, 1996). Desde então não conta com mais nenhuma nomeação no seu currículo, embora muito tenha sido dito na altura sobre a interpretação de Emily Watson que para muitos rompia barreiras no domínio da interpretação cinematográfica. Esta também foi a única interpretação que levou Rachel Griffiths a uma nomeação ao Óscar da Academia.




Bette Midler em “Dias de Glória… Dias de Amor” (1991)

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Bette Midler e James Caan

Com a ajuda do cantora e dançarina Dixie Leonhard, o artista norte-americano Eddie Sparks procura levar um pouco de diversão aos soldados americanos durante a Segunda Guerra Mundial. Os dois formam a dupla perfeita, e viajam para o norte de África, bem como para o Vietname. Mais tarde, continuam o seu trabalho, que duraria mais de 4 décadas. O projeto, com título português “Dias de Glória… Dias de Amor” foi nomeado ao Óscar de Melhor Atriz para Bette Midler. Curiosamente, depois do lançamento do filme a artista norte-americana Martha Raye acusou publicamente o filme, que dizia plagiar a sua carreira. O caso chegou a ser levado para tribunal que Martha Raye perdeu. Esta foi a última nomeação de Bette Midler para o Óscar, já lá vão 26 anos.




Jessica Lange em “Depois da Meia-Noite” (1985)

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Jessica Lange e Ed Harris

Em “Sweet Dreams”, Jessica Lange foi nomeada ao Óscar de Melhor Atriz pela sua interpretação como Patsy Cline (1932-1963), uma das artistas mais influentes da sua geração, no que diz respeito à música country. O filme segue uma mulher que é infeliz no seu casamento e que dá pequenos concertos na Virgínia e em Maryland. Aí conhece Charlie, um homem enigmático que lhe chama a atenção e por quem decide deixar tudo. Quando Patsy se torna uma estrela cada vez mais conhecida, Charlie, torna-se fisicamente abusivo, até que um acidente trágico muda a história para sempre. Quanto a Jessica Lange a sua carreira já estava no auge, uma vez que já tinha ganho o Óscar de Melhor Atriz Secundária em “Tootsie”(1982), no mesmo ano em que fora nomeada a Melhor Atriz por “Frances” (1982). Seguem-se outras nomeações como “Country” (1984) e “Music Box” (1989). Em 1995 voltou a ser nomeada e a vencer a estatueta dourada por “Blue Sky” (1994). Na televisão Jessica Lange continua a ser aplaudida pelas suas participações em “Feud” e “American Horror Story”, ambas criadas por Ryan Murphy.




Sissy Spacek em “A Filha do Mineiro” (1980)

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Sissy Spacek

Esta é a biografia de Loretta Lynn (1932-), uma lenda do country que cresceu no meio humilde de Kentucky, e que sobrevive graças às minas de carvão da família, até ganhar o estrelato e reconhecimento mundial. Com o seu estilo, Loretta Lynn mudou o género country para sempre. Nos Óscares o filme saiu-se muito bem com nomeações às principais categorias como Melhor Filme, Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte, Melhor Montagem, Melhor Som e Melhor Argumento Adaptado. Venceria na categoria onde mais se destaca, nomeadamente a de Melhor Atriz para a sempre surpreendente Sissy Spacek. A sua primeira nomeação aconteceu com “Carrie” (1977), depois a vitória com “Coal Miner’s Daughter” em 1981. Em 1983 volta a ser nomeada por “Missing” (1982), em 1985 por “The River” (1984) e em 1987 por “Crimes of the Heart” (1986). No novo milénio foi nomeada ao Óscar por “In the Bedroom” (2001), onde contracena ao lado de Tom Wilkinson e Marisa Tomei. O seu último projeto para cinema foi “O Cavalheiro e a Arma” (David Lowery, 2018), que será o último filme de Robert Redford como ator. A estreia acontece em 2019 em Portugal.




Bette Midler em “A Rosa” (1979)

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Bette Midler

O nome da talentosa Bette Midler volta ser mencionado, desta vez naquela que foi a sua primeira nomeação para o Óscar de Melhor Atriz. Esta é a história trágica de uma estrela de rock feminina auto-destrutiva que luta para lidar com as pressões constantes da sua carreira e as exigências do seu implacável gerente. O filme é baseado na vida de, nem mais nem menos que Janis Joplin, artista norte-americana que faleceu aos 27 anos de idade em 1970. O filme “The Rose” foi ainda nomeada aos Óscares de Melhor Som, Melhor Montagem e Melhor Ator Secundário para Frederic Forrest.




Diana Ross em “Destino de Mulher” (1972)

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Diana Ross

A cantora e líder da banda “The Supremes” Diana Ross foi nomeada ao Óscar pelo seu desempenho neste filme como Billie Holliday, a conceituada cantora de jazz norte-americano. O filme foi ainda aclamado com outras 4 nomeações aos Óscares (Melhor Argumento Adaptado, Melhor Produção Artística, Melhor Guarda-Roupa, Melhor Música). Esta foi a primeira e única nomeação de Diana Ross aos prémios da Academia.




Gary Busey em “The Buddy Holly Story” (1978)

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Gary Busey

Única nomeação ao Óscar de Gary Busey, esta é a história de Buddy Holly, desde o início da sua carreira, passando pelos seus casamentos até à sua morte prematura aos 22 anos. A verdade é que Buddy Holly teve uma carreira bastante curta, mas muitos consideram que a sua música foi uma das mais potentes para o nascimento do rock. O filme ganhou o Óscar de Best Music, Original Song Score, que entretanto foi descontinuado.




Larry Parks em “Romance Imortal” (1946)

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Larry Parks

Este é um filme de 1946 em Technicolor baseado na vida do cantor Al Jolson, que ficou apelidado como ‘The World’s Greatest Entertainer’ e um dos nomes mais marcantes de toda a cultura popular norte-americano. Larry Parks teria aqui a sua primeira e única nomeação à estatueta dourada.




Cornel Wilde em “Chopin Imortal” (1945)

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Cornel Wilde

Biografia de Frederic Chopin (1810-1849), um pianista franco-polaco da Era Romântica que se tornaria um dos nomes mais importantes do universo musical de sempre. O ator Cornel Wilde (1912-1989) teve aqui a sua primeira e única nomeação ao Óscar da Academia.




James Cagney em “Canção Triunfal” (1942)

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James Cagney

“Canção Triunfal” no título original, este filme conta a história do reconhecido compositor, músico, romancista, ator, dançarino e cantor George M. Cohan. Com esta biografia musical, James Cagney foi consagrado com o Óscar de Melhor Ator. O filme ganharia outros prémios como Melhor Banda-Sonora e Melhor Som, para além de ter sido nomeado a Melhor Filme, Melhor Ator Secundário (Walter Huston), Melhor Realizador, Melhor Argumento Original e Melhor Montagem.




Barbra Streisand em “Funny Girl: Uma Rapariga Endiabrada” (1968)

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Barbra Streisand

Barbra Streisand é aclamada pela crítica e pela Academia em “Funny Girl” (William Wyler, 1968), num filme sobre a carreira da lendária estrela Fanny Brice. O filme parte desde a sua relação com a mãe, acreditava num futuro risonho para a filha, e segue o estrelato da cantora no famoso espectáculo de Ziegfield. A nível pessoal foca o seu casamento com Nick Arnstein (Omar Sherif). Com o projeto Barbra Streisand ganharia o Óscar de Melhor Atriz, no ano em que empata com Katherine Hepburn por “O Leão no Inverno” (1968). A atriz ganharia outro Óscar, de Melhor Canção Original (“Evergreen”), em 1977 por “A Star is Born”, além de ter sido nomeada a outras tantas estatuetas douradas em 1997 a Melhor Banda-Sonora  por “The Mirror Has Two Faces” (1996); em 1992 a Melhor Filme por “The Prince of Tides” (1991);  e em 1973 novamente como Melhor Atriz por “The Way We Are” (1972).




Julie Andrews em “Música no Coração” (1965)

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Julie Andrews

Se há filmes inesquecíveis um deles é “Música no Coração”, afinal é sempre exibido pela RTP quando chega o Natal. Esta é a história verídica da família Von Trapp e da sua governanta, Maria (Julie Andrews), que deixa um convento para cuidar dos sete filhos de um aristocrata viúvo, o capitão Von Trapp (Christopher Plummer). A magia “Música no Coração” valeu cinco Óscares da Academia de Hollywood, incluindo o de Melhor Filme. Apesar de não ter vencido o Óscar por este filme – tinha ganho um ano antes com “Mary Poppins” (1964) -, Julie Andrews obteve ainda mais reconhecido com uma nomeação. A atriz foi responsável por eternizar canções bem conhecidas dos mais jovens como “The Hills Are Alive” ou “Do-Re-Mi”.




Eleanor Parker em “Melodia Interrompida” (1955)

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Eleanor Parker à esquerda

O filme segue a história de Marjorie Lawrence, uma cantora australiana de ópera, que sofreu de poliomielite. O filme venceria o Óscar de Melhor Argumento Original, sendo a sua estrela Eleanor Parker nomeada ao prémio de Melhor Atriz. Eleanor Parker também participou em “Detective Story” (1951) e “Caged” (1950), outros filmes com os quais foi nomeada também ao Óscar de Melhor Atriz.




Susan Hayward em “Uma Mulher no Inferno” (1955)

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Susan Hayward e Don Taylor

Susan Hayward foi nomeada três vezes por interpretar uma artista do mundo da música. Aqui seguimos de  Lillian Roth uma mulher que se torna estrela da Broadway e de Hollywood antes de completar vinte anos. Seguiram-se casamentos fracassados, uma tentativa de suicídio, e a luta contra o alcoolismo. O filme inspira-se na vida da própria Lillian Roth, aclamada nos anos 30, mas que teve problemas justamente por não conseguir superar a sua dependência do álcool. Em 1954 a artista publicaria a sua autobiografia que serviu consequentemente de inspiração para o filme. Susan Hayward acabaria por vencer o Óscar em 1959 por “I Want To Live!” (Robert Wise, 1958). Não lhe faltaram aplausos e sucessos comerciais, bem como outras nomeações aos Óscares. Também foi nomeada por “My Foolish Heart” (1949) e por outros dois filmes onde interpreta cantoras, nomeadamente “With A Song In My Heart” (1952) e “Smash-Up, The Story of a Woman” (1947).




Susan Hayward em “Quando o Coração Canta” (1952)

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Susan Hayward

“Quando o Coração Canta” (1952), título português, segue Jane Froman que depois de conseguir um emprego na rádio, casa-se com o músico Don Ross. Sob a administração de Don, Jane chega ao estrelato e é convidada a atuar para as tropas durante a Segunda Guerra Mundial. No caminho, o avião despenha-se, deixando Jane com ferimentos graves nas pernas. Enquanto recupera, Jane começa um romance com John Burn, um piloto militar também ele ferido. Ela pretende voltar a cantar, mas tem de decidir primeiro entre os dois homens que dividem o seu coração. O filme é baseado na vida da própria Jane Froman (1907–1980), uma cantora do género popular norte-americano.




Susan Hayward em “História de Uma Mulher” (1947)

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Susan Hayward

Talvez a atriz que mais interpretou figuras musicais no cinema, Susan Hayward tem aqui a sua primeira nomeação ao Óscar por desempenhar uma artista conhecida do universo musical. Foi também o filme responsável por elevar a atriz ao estrelato. Nele conta-se a história de Angie, uma cantora famosa de clubes noturnos que larga todos os seus sonhos para ajudar o seu marido a seguir uma carreira na rádio. Com o marido ocupado, Angie fica sozinha e afunda-se no álcool. Este é sobretudo um drama sobre uma mulher e a sua derrota.




Luise Rainer em “O Grande Ziegfeld” (1936)

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Luise Rainer

Num dos maiores musicais de todos os tempos, Luise Rainer interpreta a grande mulher por detrás do grande homem, obtendo a sua nomeação e vitória nos Óscares da Academia como Melhor Atriz em 1937. Neste filme temos uma abordagem bem-humorada e com certas liberdades ficcionais da vida do famoso produtor de musicais Florenz Ziegfeld Jr., desde o seu início no mundo do show business, em 1893, até pouco tempo antes de sua morte, em 1932. Um ano depois da sua vitória nos Óscares com este filme, Luise Rainer voltou a ser nomeada a Melhor Atriz por “The Good Earth” (1937) e voltou a ganhar, torna-se a primeira atriz, e também a primeira dos intérpretes oscarizados, a vencer duas estatuetas douradas consecutivas por Melhor Atriz.




Adrien Brody em “O Pianista” (2002)

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Adrien Brody

A última interpretação consagrada desta lista é a de Adrien Brody, com a sua poderosíssima transformação num dos filmes mais aclamado da carreira de Roman Polanski, com o qual o cineasta ganhou o Óscar de Melhor Realizador e a Palma de Ouro em Cannes. Neste filme o ator interpreta Wladyslaw Szpilman (1911-2000), interpretava peças clássicas numa rádio em Varsóvia, quando as primeiras bombas caíram sobre a cidade, em 1939. Com a invasão alemã vieram também as restrições aos judeus polacos impostas pelos nazis. O filme  acompanha a perseguição que levou à captura e envio da família de Szpilman para os campos de concentração. O pianista consegue escapar e sobrevive no meio dos escombros da cidade. Depois deste filme, a carreira de Adrien Brody nunca mais foi a mesma. Mesmo assim destacou-se recentemente em projetos como “Grand Budapest Hotel” (Wes Anderson, 2014) ou “O Substituto” (Tony Kaye, 2011).

 

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