Joaquim de Almeida sobre a greve de Hollywood: “Daqui a seis meses não vai haver séries”
O nome mais internacional do cinema português, Joaquim de Almeida fala sobre os problemas que a greve trará.
A greve dos argumentistas não é novidade, e tem afetado várias produções, como por exemplo, levou ao adiamento do último filme de “Avatar”, para lá de 2030. No entanto, a situação piorou, com a greve dos atores. A última vez que esta situação aconteceu foi em 1960. Joaquim de Almeida, o nome mais internacional do cinema português, cujo o seu currículo figura filmes como “Fast Five” e “Desperado”, fala sobre os problemas que a greve trará.
O ator faz parte do Sindicato de Atores dos Estados Unidos da América, numa altura em que se sente a maior paralisação na indústria em 60 anos. Numa entrevista dada à SIC Notícias, o ator fala do que levou à greve, e o que irá trazer.
“Eu faço isto há 42 anos, a última greve dos atores foi há 60 anos. Eu recebia normalmente 80 mil euros por ano em direitos de autor, baixou para metade, porque o streaming não é controlável e deixamos de receber o dinheiro. A nível da inteligência artificial podem usar a minha imagem e voz sem a minha autorização e sem me pagar”
Para o ator português o problema está na forma facilitada como se “rouba” e se toma posse dos filmes, das imagens sem os atores serem pagos.
“Os produtores tão a ser mais bem pagos. Nós estamos a receber menos. Antes era mais fácil, ao ser vendido os filmes, a estar no cinema, recebíamos, mas agora as pessoas vêem tudo em streaming e é mais complicado”
Por fim, Joaquim de Almeida acredita que a greve irá surtir efeito, “a última greve dos escritores foram quatro meses e surtiu efeito. Esta greve vai surtir efeito. Esta greve vai durar até ao fim do ano e a repercussão é que daqui a seis meses não vai haver séries.”.
Concordas com a opinião do ator?
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