© Filipe Ferreira | Teatro Nacional D. Maria II

Julho no teatro: Lisboa

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Com a chegada de julho e do verão, os teatros lisboetas preparam-se para levar a cena novas peças, no mês em que se celebra o centenário do Parque Mayer.

Depois de terminados os Santos Populares e com a chegada dos grandes festivais de verão, o ambiente quente da cidade convida a assistir às peças em cena nos teatros lisboetas, principalmente no mês em que se comemoram os 100 anos da abertura de portas do Parque Mayer, a 1 de julho de 1922.

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Estas são as nossas sugestões de algumas peças de teatro que poderás ver em Lisboa durante o mês de julho:

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JUNHO NO TEATRO | COSMOS

Cosmos
© Filipe Ferreira | Teatro Nacional D. Maria II
Uma viagem interplanetária, onde se procura um tesouro para a criação de um novo mundo. Nesta viagem, será impossível não questionar a humanidade e o caminho percorrido até aos dias de hoje. Uma jornada de onde se extrapolam diferentes futuros possíveis. Do individual ao coletivo, do micro ao macro, este espetáculo tem a intenção de aprofundar as mitologias que circundam a criação do mundo. Uma epopeia onde o tempo e o espaço se confundem, dando origem a uma sobreposição de acontecimentos reais e/ou ficcionais. Através do resgate da mitologia africana e da sua mistura com mitos europeus, Cosmos projeta-se num horizonte afrofuturista, enquanto questiona se somos apenas frutos das histórias que nos contam. Todo o Griot carrega como destino não deixar morrer a sua história.”

“Cosmos”, a peça criada por Cleo Diára, Isabél Zuaa e Nádia Yracema, poderá ser vista no Teatro Naciona D. Maria II, sexta e sábado, dias 1 e 2, às 19:00, e domingo, dia 3, às 16:00. Os bilhetes têm um valor que varia entre os 9€ e os 16€, havendo descontos.




JUNHO NO TEATRO | ANOTHER ROSE

Another Rose
© Anka-Zhuravleva | Agenda Cultural Lisboa
Neste espetáculo, Sofia Santos Silva propõe uma colaboração com Gulabi Gang, um grupo ativista da Índia, fundado por mulheres como resposta à violência sistémica e discriminação generalizada de uma sociedade assente em práticas e costumes patriarcais que banalizam a violência sobre as mulheres. Sampat Pal, líder do grupo, inicia este espaço de luta, de forma a consciencializar as mulheres sobre os seus direitos constitucionais e mecanismos de defesa no combate às desigualdades de género enraizadas. O espetáculo é um encontro à distância com estas mulheres que cantam os seus ideais de mudança e mostram os passos de uma irmandade que se unifica pela transformação. Por outro lado, destaca-se a importância de todo o tipo de irmandades, em qualquer contexto e realidade, que iniciam espaços de resistência contra os atos que pretendem prejudicar a especificidade de cada corpo.”

Vencedora da Bolsa Amélia Rey Colaço, “Another Rose” poderá ser vista no Teatro Nacional D. Maria II entre os dias 6 e 10 de julho. As sessões serão todos os dias às 19:30, com a exceção do domingo em que o espetáculo tem início às 16:30. Os bilhetes possuem um preço único de 11€, havendo descontos.




JUNHO NO TEATRO | O SAQUE

O Saque
© Agenda Cultural Lisboa

A peça centra-se em torno das desventuras de dois ladrões desajeitados e pouco escrupulosos, Dennis e Hal. Enquanto aguarda as suas exéquias, o cadáver de Mrs. McLeavy (mãe de Hal) é removido do caixão pelo filho e pelo seu cúmplice, no intuito de esconder no esquife o saque resultante do mais recente golpe da dupla. A enfermeira da falecida, a várias vezes viúva Fay (que teve já sete maridos, todos mortos em circunstâncias misteriosas) demonstra ter intenções amorosas suspeitas em relação ao viúvo, Mr. McLeavy; contudo, a descoberta casual do saque escondido leva-a a alterar os seus planos imediatos – exigindo aos dois ladrões uma percentagem do dinheiro roubado. A entrada em cena do inspector Truscott da Scotland Yard e o seu interrogatório aos membros da família em busca de pistas sobre o roubo – acabam por ser decisivos no desenlace da peça. O viúvo McLeavy acaba incriminado pelo próprio filho (que tinha tentado encobrir), sendo detido como responsável pelo crime; e Truscott acaba por associar-se aos verdadeiros culpados – exigindo também a sua quota-parte do saque escondido…”

Esta divertida comédia encenada por Miguel Sopas, estará em cena até dia 3 de julho, no Teatro do Bairro. Sexta-feira, a sessão terá início às 21:00, começando às 18:00 nos restantes dias. Os bilhetes têm um valor único de 12€.




JUNHO NO TEATRO | O SENHOR IBRAHIM E AS FLORES DO CORÃO

O Sr Ibrahim e as Flores do Corãoo
© Nuno Figueira | Teatro Meridional
Na Rua Bleue, na Paris dos arrabaldes, um rapazinho judeu torna-se amigo do velho merceeiro árabe da rua, o Sr. Ibrahim, aquele que diz “árabe” significar “mercearia aberta”. Através desta relação improvável, o jovem, que o merceeiro apelida de Momo, inicia um conjunto de viagens iniciáticas, compreendidas nos prostíbulos do bairro, na Paris dos postais turísticos, na paisagem marítima da costa da Normandia ou numa derradeira jornada até à casa do Sr. Ibrahim, na Turquia. A solo, acompanhado à viola e piano pelo músico Rui Rebelo, Seabra narra esta história de amizade e tolerância, protagonizada por duas personagens separadas pela idade e pelo credo, mas unida pelo poder dos sentimentos e das emoções.”

Selecionado para celebrar os 20 anos de existência da companhia do Teatro Meridional, o espetáculo “O Senhor Ibrahim e as Flores do Corão” marca o regresso de Miguel Seabra aos palcos. A peça poderá ser assistida até dia 23 de julho, de quarta a domingo, com exceção dos dias 11, 12 e 19, às 21:00. Os bilhetes possuem um valor único de 12€.




JUNHO NO TEATRO | UM HOMEM E O SEU CRIADO

Um Homem e o seu Criado
© Agenda Cultura Lisboa

Dois homens nascem iguais. Dois homens morrem iguais. Entre o ponto Nascimento e o ponto B-Morte, duas linhas que se cruzam, entrelaçam, divergem ou convergem, duas personagens aparecem. Uma transforma-se num rei poderoso, inspirada na vida de Luís XIV, a outra, num criado que o acompanha ao longo da vida. Soberba, o poder absoluto, poder ditatorial. Um homem só com os seus fantasmas e cheio de si mesmo. Um homem só com os seus castelos. Castelos de cartas. Construções frágeis, equilíbrios frágeis. Equilíbrios absolutos. Poder autoritário. Ensaio de poder. Como se mostra aos outros, como se faz obedecer. Solidão e medo.

“Um Homem e o Seu Criado” poderá ser visto no Teatro Aberto nos dias 13, 14, 20 e 21 às 19:00 e dia 15 às 21:30. Os bilhetes possuem um valor geral de 17€, variando consoante o dia da semana e os descontos aplcados.




JUNHO NO TEATRO | MASSA MÃE

Massa Mãe
© Primeiros Sintomas
Em Massa Mãe encontramos uma gaiata a esmiuçar parte da sua identidade – a que está bordada com corações minhotos. Esta minhota puxará a brasa à sua sardinha, mas também irá preparar terreno para tirar nabos da púcara. Vamos até ao tempo da Maria Cachucha brindar com vinho verde enquanto acertamos agulhas, que parece haver um ou outro empecilho ainda em banho-Maria. Não é tudo farinha do mesmo saco, mas quase tudo do saco desta minhota que já em garota falava pelos cotovelos, mas isso… são outros quinhentos.”

Com criação de Sara Inês Gigante, a “Massa Mãe” entra em cena no Centro de Artes de Lisboa até dia 3 de julho, com uma sessão diárias às 19:30. Os bilhetes terão um valor único de 7€.



JUNHO NO TEATRO | MINISTRA À FORÇA

Ministra à Força

Uma mulher que é, por um engano, forçada a fingir ser o ministro das finanças e dirigir a resposta do país à crise. Uma sátira sobre economia, gestão e o governo.”

A adaptação da obra de Molière, “O Médico à Força”, estará em cena na Boutique da Cultura somente até 3 de julho. As sessões terão início às 21:30, e os bilhetes têm um custo único de 6€.




JUNHO NO TEATRO | CANTA MARIA VITÓRIA

Canta Maria Vitória
© Agenda Cultura Lisboa

O empresário teatral Hélder Freire Costa apresenta o início das celebrações do centenário do Teatro Maria Vitória, o primeiro teatro edificado no Parque Mayer que abriu portas a 1 de julho de 1922. Neste espetáculo, os artistas Cátia Garcia, Flávio Gil, Mafalda Tavares e Miguel Dias revisitam os grandes temas musicais e alguns momentos emblemáticos da história do teatro de Revista.”

No ano em que se celembram os 100 anos da abertura do Parque Mayer, o Teatro Maria Vitória convida-nos a reviver alguns dos momentos mais emblemáticos do teatro de revista com a peça “Canta Maria Vitória”. O espetáculo estará em cena até ao dia 3 de julho, para dar início às celebrações do centenário do local. As sessões terão início às 21:30, com exceção de domingo, em que o espetáculo começará às 16:30. Os bilhetes têm um valor fixo de 10€.




JUNHO NO TEATRO | CATARINA E A BELEZA DE MATAR FASCISTAS

Catarina e a beleza
© Jaime Machado | Teatro Nacional D. Maria II
Esta família mata fascistas. É uma tradição antiga que cada membro da família sempre seguiu. Reúnem-se numa casa no campo, no Sul de Portugal, perto da aldeia de Baleizão. Uma das jovens da família, Catarina, vai matar o seu primeiro fascista, raptado de propósito para o efeito. É um dia de festa, de beleza e de morte. No entanto, Catarina é incapaz de matar ou recusa-se a fazê-lo. Estala o conflito familiar, acompanhado de várias questões. O que é um fascista? Há lugar para a violência na luta por um mundo melhor? Podemos violar as regras da democracia para melhor a defender?”

Este ano a peça será exibida no Teatro Nacional D. Maria II, entre os dias 6 e 10 de julho, às 19:00, com exceção de dia 10 em que a sessão terá início às 16:00. Os bilhetes variam entre os 9€ e os 16€, havendo descontos.




JUNHO NO TEATRO | A PRAIA

Praia
© Teatro São Luiz

Dois casais, Jan e Sanne e Benedikte e Verner, conhecem-se acidentalmente durante umas férias de verão, num hotel isolado no litoral da costa nórdica. “Os poucos hóspedes que aqui aparecem são sempre esquisitos e preferem manter-se isolados”. É a partir deste enunciado, lançado no início da peça, que Peter Asmussen retira o pretexto para justificar a aparente afasia e disfunção das suas personagens. O espetáculo, encenado por João Reis, leva-nos por desassossegos, estranhas melancolias e ironias, sempre com necessidades de consolo impossíveis de satisfazer. É dessa impossibilidade que vem a força e o jogo de aproximação e fuga deste texto. O que é extraordinário neste texto de Asmussen é que, apesar da catástrofe iminente, há ainda espaço para um último fôlego. Como se as personagens esperassem um qualquer salva-vidas, alguém que os possa resgatar do naufrágio iminente e do seu sonambulismo e os possa reconduzir a um outro lugar, mesmo que de ilusória harmonia.”

De 6 a 17 de julho, com exceção dos dias 11 e 12, às 20:00, sendo que aos domingos o horário é antecipado para as 17:30, será possível assistir à “Praia”. A peça estará em cena no Teatro São Luiz,  com bilhetes a partir dos 12€.




JUNHO NO TEATRO | QUASE(MENTO)

Quaseamento
© Agenda Cultura Lisboa

O dia mais importante das nossas vidas, para alguns. Para outros, o dia que nunca mais vai sair da memória e do qual esperam não se arrepender amargamente. Se fosse possível decidir, no momento, voltar atrás… quantos não se arrependeriam? Quem tem coragem para falar no “que fale agora ou se cale para sempre”?”

Telmo Ramalho e Mário Bomba levam ao palco do Espaço Bento Martins um espectáculo de comédia de improviso sobre o passado e o futuro das relações, entre os dias 3 e 5 de julho, às 21:30, com bilhetes a 10€.




JUNHO NO TEATRO | WOZYECK

Woyzeck
© Agenda Cultura Lisboa

Woyzeck é um homem pobre, iletrado, explorado pelos outros e sensível. Este homem, que tenta desesperadamente ser um homem bom, ouve vozes estranhas, tem visões e sente-se perseguido. Woyzeck luta consigo próprio, luta contra si próprio. Enredado numa teia de impossibilidades, sociais e da sua própria natureza, Woyzeck é um homem acossado, que perde progressivamente a relação com a realidade, acabando por matar a mulher que ama. A obra inspira-se em factos reais, sobretudo no caso de Johann Christian Woyzeck, desempregado, ex-peruqueiro e ex-soldado, que esfaqueia até à morte a sua amante. O homónimo do anti-herói da peça de Georg Büchner, foi decapitado publicamente, perante uma audiência numerosa, depois de um longo processo judicial, que incluiu diversos exames psicológicos, para determinar se poderia, ou não, ser considerado inimputável. É precisamente nesta dúvida, nesta hesitação, que Büchner centra o seu drama: será Woyzeck um louco ou um visionário?”

“Wozyeck” é a apresentação da peça de final de licenciatura dos alunos da Escola Superior de Teatro e Cinema. O espetáculo terá entrada gratuita, com sessões no Teatro da Trindade INATEL, durante os dias 1 e 2 de julho, às 21:00.




JUNHO NO TEATRO | RAPUNZEL

RAPunzel
© Agenda Cultura Lisboa

Toda a gente conhece a história de Rapunzel: a rapariga que vivia aprisionada no cimo de uma torre, apenas com uma janela virada para um bosque profundo, e que passava os dias a pentear e a entrançar os seus longos cabelos loiros para que a sua madrinha, uma velha com fama de bruxa má, pudesse subir pelas tranças até ao topo da torre para a visitar. Certa noite, enquanto Rapunzel cantava ao luar, um jovem príncipe ouviu-a e apaixonou-se pela sua doce voz. Depois de saber da triste sina da rapariga, o príncipe prometeu a si mesmo e à sua amada que havia de a salvar e de se casar com ela. Este clássico dos irmãos Grimm chega agora com sons e ritmos bem diferentes: uma história em RAP ou um RAP a contar a história.”

Para os mais novos, a Byfurcação Teatro apresenta “RAPunzel” nos dias 24, 17 e 31 de julho, com sessões a prolongarem-se até setembro. As representações vão ter lugar no Jardim Botânico Tropical, com uma sessão às 11:00 e outra às 17:00. Os bilhetes variam entre os 8€ e os 10€.

Alguma destas sugestões te fará ir aos teatros durante o mês de julho?

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