As melhores cenas de abertura do cinema (III)
São inúmeras as discussões acerca da relevância das cenas de abertura, mas nós na Magazine.HD não entramos na conversa. Apenas te mostramos as melhores sequências e deixamos a questão para ti.
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Iniciar uma longa-metragem nem sempre é a tarefa mais fácil para um realizador. Despender imenso tempo em construir uma sequência atrativa ou optar por uma cena que não prenda de início o público corresponde a um dilema que os cineastas se debatem nos seus projetos.
Não é necessário que as sequências de abertura captem a audiência desde o início, por vezes, uma simples cena mostrar um plano geral pode ser o necessário para abrir um filme e causar “impressão” nos espetadores.
De seguida, apresentamos-te as consideradas melhores cenas de abertura do cinema, ou seja, as sequências que se destacam não só pela sua espetacularidade, pela carta de apresentação do filme e pela sua apresentação do contexto cultural e social.
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Goodfellas (1990)
“Desde que me lembro, sempre quis ser um gangster”.
A maioria das cenas de abertura que temos referido diferenciam-se pela inovação e pela sua criatividade que atrai a audiência. Mas Martin Scorcese vai mais longe em Goodfellas e capta a atenção do público com uma montagem chocante ao abordar o mundo criminal de forma pura e crua, tal como ela é.
Primeiro, vemos três homens, Henry (Ray Liotta), Tommy (Joe Pesci) e James (Robert De Niro), num carro e ouvimos algum barulho proveniente da mala do veículo. Os três gangsters abrem a bagageira e vemos um homem lá dentro. Ao som de Tony Bennett, Tommy esfaqueia-o múltiplas vezes e James dispara quatro vezes.
Com mistério, violência e humor negro, a montagem de abertura funciona sozinha como uma obra prima.
Quatro Casamentos e um Funeral (1994)
Num registo completamente diferente, Mike Newell apresenta-nos Quatro Casamentos e Um Funeral de uma forma bastante peculiar e hilariante. Mas avisamos já que ouvidos mais sensíveis podem não gostar…
O cineasta transformou pessoas sofisticadas a praguejar numa forma de expressão poética. O guião de Richard Curtis abre com uma bela sinfonia de 13 “fuck” e um final “bugger”, enquanto apresenta as personagens de Hugh Grant e Charlotte Coleman que estão atrasados e se vestem à pressa para chegarem logo após a noiva no primeiro dos quatro casamentos do filme.
Matrix (1999)
A montagem de abertura de Matrix é o exemplo perfeito das raras e genuínas aberturas do “nunca viu nada como isto antes” do cinema moderno, graças aos irmãos Wachowski.
O filme começa com um grupo de polícias a arrombar uma porta e a encontrar uma mulher vestida de cabedal, Trinity (Carrie-Anne Moss), sentada à frente de um computador. A única luz da cena é providenciada pelas lanternas dos agentes policiais. Quando os polícias tentam algemá-la, Trinity mostra o quão perigosa ela é: salta, faz golpes de kung-fu e corre pelas paredes em bullet-time.
A cena de luta e a consequente perseguição a pé são brilhantes, uma vez que marcam o ritmo e aumentam a curiosidade e atração dos espetadores pelo filme.
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Sniper Americano (2014)
Política, rumores e confusão à parte, a sequência de abertura de Sniper Americano deixa qualquer espetador colado ao ecrã, a levantar questões e a colocar-se no lugar do protagonista.
A montagem inicia com uma mãe a entregar uma granada ao filho de 10 anos que começa a correr em direção a um carro patrulha dos Marines. Nesse momento, Chris Kyle (Bradley Cooper) tem de decidir de imediato se dispara ou não sobre a possível ameaça da criança e da mãe, arriscando-se a ver os seus colegas a serem assassinados.
Concordas com as nossas escolhas? Não percas a próxima parte!
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