MEO Kalorama 2024: LCD Soundsystem, Jungle e Death Cab for Cutie brilham num dia consistente
Entre a Dance Rock, Eletro-Pop e as recordações do período áureo emo, o MEO KALORAMA teve um segundo dia bastante coeso a 30 de agosto de 2024. Recordamos os destaques do que vimos e ouvimos.
Tivemos oportunidade de, na qualidade de convidados da Sapo, marcar presença em mais uma edição do mais recente festival da capital – o MEO KALORAMA. Num dia dedicado a um delicioso e veranil rock ligeiro e dançável, e perante um Parque da Bela Vista não esgotado mas bem composto, desfrutámos de bandas de legado e de outras mais recentes.
The Kills apresentam God Games em Lisboa
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No palco “secundário” , salvo seja, (Palco San Miguel) assistimos a um sólido concerto de “The Kills“, duo musical de Indie Rock que é meio americano, meio britânico, e que beneficia desta sua inesperada junção de elementos. No Kalorama, o grupo apresentou o disco de originais editado em 2023, com vários momentos de destaque a assinalar. Entre eles o entoar do tema “New York”, que precisamente é responsável por abrir “God Games”.
O MEO KALORAMA Lisboa 2024 a dançar à lá ’74 com Jungle
Pelas 20h45, dançávamos já ao som de “Jungle” no palco principal do MEO Kalorama Lisboa 2024; com o grupo britânico a rivalizar (e muito provavelmente a ganhar o troféu) pela taça de banda de rock mais dançável do festival. Já por várias vezes testemunhámos o seu poder ao vivo, nomeadamente no NOS Alive em 2022 ou previamente no Super Bock em Stock.
Desta vez, foi uma maravilha poder desfrutar da sua sonoridade já com a noite cerrada – o ambiente mais privilegiado para ouvir a sua música Dance e Neo Soul. Embora só se tenham estreado há uma década, os ingleses “Jungle” já mais que se provaram e a passagem pelo Kalorama deixa tal muito claro.
O alinhamento, composto por mais de 20 temas e acima de uma hora de concerto, permitiu levar a extensa plateia a um êxtase coletivo apenas reservado a bandas com uma verdadeira capacidade para motivar plateias. Os “Jungle” são uma dessas bandas, e o seu “Volcano” foi muito bem apresentado ao público português durante a sua atual digressão mundial.
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Death Cab For Cutie respiram nostalgia millennial bem-vinda
Falando de bandas de legado, os “Death Cab” são um dos enormes gigantes do início do milénio e, por isso, um dos padrinhos dos estilos musicais mais influentes deste período – Indie Rock, Revivalismo Punk e, claro, o Emo!
Os millennials recordam-nos, com carinho, como a banda favorita do amado geek Seth Cohen (Adam Brody) na série “The O.C”, ou como aquela banda que nos faz recordar uma adolescência chorosa. Na realidade, são muito mais do que isso, e é um prazer tê-los, ainda em total e grande forma, a apresentarem-se em Portugal com particular ênfase no álbum “Transatlanticism”, um dos mais icónicos, senão o mais icónico da sua discografia.
Em termos de pura emoção e conexão com a audiência, é bem possível que “Death Cab For Cutie”, com a sua emotiva música Indie, tenha mesmo levado a medalha no que diz respeito ao concerto mais sentido nas veias do público. Aqui sentimos uma conexão mais genuína, mais letras na ponta da língua, lágrimas e suor.
Aqui sentimos um desejo ardente para que a banda se apresente de novo por cá, em particularmente quando ouvimos temas como “The New Year” (que abriu logo o set) ou o próprio “Transatlanticism”, a música âncora do ‘álbum âncora’ dos Death Cab. Este tema de 8 minutos correspondeu, atrevemo-nos a dizer, ao grande climax emotivo do concerto. E que climax, tão depressa não nos sairá da memória!
LCD Soundsystem fecham este dia de Kalorama ….a dançar
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Preâmbulo com Nation of Language
Mais dança, era a única forma de terminar este segundo dia de Kalorama em 2024. Depois de Death Cab for Cutie, demos um saltinho ao Palco Lisboa, onde, no fundo de uma pequena colina, tivemos o gigante prazer de ser apresentados à banda de Brooklyn “Nation of Language”.
Sem grande originalidade, o grupo tem influências massivas por parte dos Joy Division e dos subsequentes New Order; mas, não obstante esta falta de demarcação, o seu concerto foi como a cola perfeita para um dia com muita Dance Pop e Synth Pop.
Apogeu com LCD Soundsystem
E lançados assim os dados, pela meia-noite regressámos ao palco principal para o melhor dos closers: outra banda de legado num dia rico de MEO KALORAMA. Os LCD Soundsystem apresentaram um alinhamento repleto de temas muito dançáveis, sarcásticos e musicalmente diversos.
Os LCD Soundsystem fazem-nos lembrar os grandes da Synth Pop, dos Pet Shop Boys aos Sparks (a vibe de “Tonite” e as suas intenções não vos fazem lembrar “Music That You Can Dance To”?), e a sua energia e mordaz ironia continua a deliciar. A multidão compacta assim o confirma.
Ao todo, o grupo entoou 12 temas, numa set curta mas intensa e repleta de êxitos. Cá ficamos a aguardar o regresso.
Estarás presente no terceiro e último dia do MEO KALORAMA Lisboa em 2024, com Raye e muitos outros grandes nomes?
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