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Oppenheimer, de Christopher Nolan, estreou finalmente no Japão e as intensas reações não se fizeram esperar

“Oppenheimer”, o grande vencedor da noite dos Óscares, galardoado com os prémios de Melhor Filme, Realização, Melhor Ator Principal e Ator Secundário, estreia agora no país onde a temática do filme lhe é próxima. 

A 6 de agosto de 1945, durante a fase final da Segunda Guerra Mundial, teve lugar o bombardeamento de Hiroshima e Nagasaki. Os Estados Unidos lançaram uma bomba atómica sobre a cidade japonesa, resultando numa destruição massiva e um enorme sofrimento da população. Esta tragédia é recordada como um dos momentos mais devastadores da história mundial.

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“Oppenheimer” retrata a vida de J. Robert Oppenheimer, o líder do Projeto Manhattan, responsável por desenvolver a bomba atómica durante a Segunda Guerra Mundial. Realizado por Christopher Nolan, o filme aborda os dilemas morais e éticos enfrentados na criação da arma, passando pelos conflitos internos do cientista, nas consequências das suas próprias descobertas. A sua primeira exibição foi em Julho de 2023 nos Estados Unidos.




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Depois de uma longa espera, “Oppenheimer” faz a sua estreia no Japão a 29 de março de 2024, suscitando diversas reações e sentimentos intensos entre os cinéfilos japoneses. A nação, que há 79 anos foi palco da devastação causada pelas armas nucleares, assiste agora à história do cientista americano por trás da invenção da tão conhecida arma.

A reação do público japonês foi variada. Enquanto alguns elogiaram a abordagem do filme na representação humana do protagonista Oppenheimer e os seus conflitos internos, outros criticaram a falta de ênfase no sofrimento causado pelos bombardeamentos nucleares em Hiroshima.

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Toshiyuki Mimaki, sobrevivente do bombardeamento aos três anos de idade, referiu-se a isso, expressando um enorme fascínio pela forma como o protagonista foi retratado. No entanto, lamentou ao The Guardian a ausência de cenas que abordassem o horror causado pela catástrofe, destacando: ‘Durante todo o filme, esperei ansiosamente pela cena do bombardeio de Hiroshima, mas ela nunca se concretizou’.

Muitos japoneses sugerem que chegou o momento do Japão assumir uma posição em resposta à narrativa de “Oppenheimer”, demonstrando o lado japonês da história, como forma de discutir a legitimidade do uso de armas nucleares e promover reflexões sobre a guerra. “Gostaria de dedicar um filme diferente a isso”, expressou Takashi Yamazaki, realizador de “Godzilla Minus One“, numa entrevista à NBC News. Quando questionado sobre a sua opinião sobre Oppenheimer, Yamazaki não hesitou em expressar o seu interesse em abordar o tema sob uma perspetiva cinematográfica distinta.

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Apesar das opiniões divergentes quanto à narrativa, a impressão geral de “Oppenheimer” foi positiva, destacando a sua capacidade de envolver e inspirar reflexões.

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