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Phil Spencer fala da exclusividade de jogos da Bethesda

Será que franchises como “Fallout” e “The Elder Scrolls” passarão a ser exclusivos Xbox? Segundo Phil Spencer, há uma grande probabilidade.

Já passaram algumas semanas desde que a Xbox anunciou a compra da ZeniMax Media e todos os seus estúdios, perfazendo 23 equipas nos Xbox Game Studios e adicionando os mundos de “DOOM”, “The Elder Scrolls”, “Fallout”, “Prey”, “Quake” e muitos outros ao seu portefólio 1st party.

No entanto, muita especulação tem sido feita em relação à forma como a Microsoft vai tratar o seu mais recente investimento de 7.5 biliões de dólares, nomeadamente à possível exclusividade dos franchises recém chegados à família Xbox.

Bethesda Xbox
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Quando a Microsoft comprou o “Minecraft” em 2014, o jogo da Mojang Studios já tinha saído em várias plataformas, e ainda hoje se mantém. Aliás, “Minecraft Dungeons”, de 2020, é também multiplataforma. Já as mais recentes compras como Ninja Theory (“Senua’s Saga: Hellblade II”) ou a Obsidian Entertainment (“Grounded” e “Avowed”), estão a produzir jogos que passarão a ser exclusivos Xbox nas consolas, PC e cloud gaming através do Xbox Game Pass Ultimate.

O destino dos vários IPs da Bethesda Softworks ainda não está confirmado, mas tudo indica que há uma grande probabilidade de alguns destes jogos passarem a ser exclusivos Xbox. Numa entrevista feita pela Kotaku, Phil Spencer, chefe do departamento de gaming da Microsoft, é bastante claro no que toca à necessidade de lançar títulos noutras plataformas que não as do ecossistema Xbox.

Quanto questionado sobre a possibilidade de recuperar o investimento de 7.5 biliões sem vender “The Elder Scrolls VI” na PlayStation, a resposta foi directa. “Sim”, é possível.

“(…) Quando penso sobre onde as pessoas irão jogar e o número de dispositivos que tínhamos, e temos xCloud e PC e Game Pass e a nossa consola base, não tenho que distribuir esses jogos em qualquer outra plataforma para além das plataformas que suportamos de forma a fazer com que o negócio funcione para nós. O que quer que isso signifique.”

Tal como qualquer investimento, e do ponto de vista da Microsoft, não justificaria trabalhar para trazer jogos a mais plataformas. No entanto, continua a ser algo a analisar caso por caso, e apenas saberemos mais no futuro.

The Elder Scrolls VI
© Bethesda Softworks

Mas a Bethesda não foi o único tema de conversa na entrevista. Spencer comentou ainda o desempenho da Xbox Series S e o que espera alcançar com as novas consolas. Aparentemente, a Xbox Series S tem surpreendido o líder da Xbox, sendo capaz de carregar jogos ainda mais depressa que a Xbox Series X devido à diferença gráfica.

Em relação às vendas, o mesmo conta com uma maior procura da Xbox Series X (499,99€) no início da geração, com a Xbox Series S (299,99€) a seguir a longo prazo. Um dos objectivos da consola digital com menos capacidade de resolução teria a ver com a procura da PlayStation 5:

“Talvez comprar duas consolas de $500 seja uma coisa difícil, então dissemos: ‘Ei, vamos garantir que temos algo para apanhar um segundo proprietário [da consola].’”

Halo Infinite” foi também tema de discussão e a possibilidade de ser lançado por partes. Esta opção, anteriormente discutida para evitar o adiamento completo para 2021, continua em cima da mesa, estando a cargo da 343 Industries, liderada por Bonnie Ross.

A falta de informação acerca dos títulos Xbox que saem na actual geração ou apenas na Xbox Series X|S foi outro tópico. “Everwild”, “State of Decay 3“, “Fable“, “Forza Motorsport” e “Avowed” são alguns dos títulos previstos apenas para a nova geração, mas ainda não há confirmações acerca disso, e Phil Spencer acrescenta que também essa questão será resolvida caso a caso.

E tu, o que pensas destas afirmações?

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