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Para Ridley Scott, a Inteligência Artificial é “Uma bomba de hidrogénio”

Ridley Scott está aterrorizado com a Inteligência Artificial e só consegue pensar no pior.

Muito se tem discutido sobre o impacto da Inteligência Artificial na sociedade, tendo sido até um dos motivos que levou às longas e complexas greves em Hollywood.

Como um dos assuntos do momento, ninguém fica imune a conversar e teorizar sobre o tópico, portanto em entrevista à Deadline, Ridley Scott ofereceu a sua perspectiva bastante sombria em relação ao tema.

A promover o seu “Napoleão”, o cineasta de 85 anos foi muito direto na forma como expressou as suas preocupações sobre o avanço tecnológico que estamos a viver.

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“No momento em que se cria uma IA que é mais inteligente do que nós, nunca se sabe qual será o instante em que a IA decida fazer o que quer, então não teremos mais nenhum controlo”, especulou o realizador de “Alien, o oitavo passageiro”, cogitando a aterradora possibilidade de uma IA agir de forma independente e catastrófica.

O cineasta imagina ainda um cenário em que poderia usar a Inteligência Artificial para desligar a eletricidade em Londres, exemplificando o quão tramada a humanidade está com esta tecnologia.

Quando questionado se isto é algo que nos devemos preocupar, Scott não mede palavras, “é uma bomba de hidrogénio”. Para Ridley Scott, a possibilidade de estarmos de volta à luz das velas é assustadoramente real e algo que deve ser motivo de reflexão.

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Em entrevista à Rolling Stones, Scott voltou a falar no assunto, explicando que “Se estou a projetar uma IA, vou projetar um computador cuja primeira tarefa é projetar outro computador que seja mais inteligente que o primeiro”, disse Scott. “E quando eles se juntam, então estamos em apuros, porque então isso pode assumir o controlo de todo o sistema elétrico-monetário do mundo e desligá-lo. Este é o primeiro desastre”.

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Ridley Scott não é o primeiro grande nome que discute sobre o assunto, também James Cameron tem uma palavra a dizer quando o tópico é Inteligência Artificial.

Para Cameron, o maior problema que advém desta tecnologia é o perigo de “ser transformada em arma”, defendendo que a certa altura, “entraremos no equivalente a uma corrida ao armamento nuclear com a IA, e se não a construirmos, os outros certamente irão construí-la, e então a situação escalará”.

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De destacar que Cameron realizou grandes obras do cinema como “True Lies”, “Titanic” e “Avatar”, no entanto talvez um dos filmes estranhamente pertinentes para toda esta questão é também seu, “O Exterminador Implacável”. Segundo o próprio, “Eu avisei-vos em 1984 e vocês não me deram ouvidos”. 

TRAILER | RIDLEY SCOTT REGRESSA COM NAPOLEÃO

E tu, partilhas dos medos de Ridley Scott com a Inteligência Artificial?



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