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Este é o Acordo que terminou a greve dos atores em Hollywood

A greve dos atores terminou e foi revelado o acordo que o SAG-AFTRA negociou em conjunto com os estúdios.

Ao fim de 118 dias, a greve do SAG-AFTRA terminou com a aprovação de um novo contrato de três anos, celebrado entre o sindicato e a AMPTP, a aliança dos estúdios. Avaliado em mais de mil milhões, o contrato é considerado uma vitória histórica para o sindicato.

Entre as grandes conquistas, regista-se um aumento de 7% nos salários mínimos no primeiro ano; medidas de proteção contra a Inteligência Artificial que exigem o consentimento de cada ator para que os estúdios consigam scans digitais em cada filme, sendo que em caso de falecimento, a autorização é dada pela família.

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Pela primeira vez, os atores conseguiram também um “bónus de participação em streaming” e  que está estimado em 40 milhões por ano (120 milhões de dólares ao longo do contrato), o que oferece residuais para filmes e séries bem-sucedidas nas plataformas.

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Destaca-se ainda os tetos mais altos para os planos de pensão e saúde, diretrizes para audições gravadas pelos próprios atores, maior compensação para figurantes, requisitos de maquiagem e cabelo para artistas com tipos diversos de cabelo e pele, necessidade de coordenadores de intimidade, nova linguagem para artistas de captura de movimento, entre outras situações.

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Os aumentos nos salários mínimos foram considerados “acima do padrão”, com 7-4-3 ao longo do contrato para os atores e 11-4-4 para figurantes. A proteção contra a IA foi uma questão importante até os últimos dias da greve, resultando em diretivas mais fortes para os atores em comparação aquilo que os argumentistas alcançaram.




Quanto ao bónus de participação, foi outro ponto de desacordo, mas acabou por resultar num modelo em que os principais 20% de programas e filmes de streaming (nos primeiros 90 dias de serviço) gerem um bónus de 100% com base nos residuais existentes do ator. 75% desse dinheiro está destinado ao ator daquele programa de sucesso, enquanto os 25% restantes são redistribuídos num fundo administrado pelos empregadores e pelo sindicato. A ideia é que todos possam partilhar um pouco da riqueza gerada pelos projetos que rendem mais dinheiro aos streamers.

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Os líderes do sindicato elogiaram o acordo, descrevendo-o como o maior da história da indústria. No entanto, este acordo não reúne tudo aquilo que o sindicato pretendia, inicialmente.

A presidente do SAG-AFTRA, Fran Drescher, destacou que o acordo abre uma nova “fonte” de receitas para os membros, e deixou claro que os ganhos continuarão em futuras negociações.

A votação dos membros ocorrerá a partir de terça-feira, com 21 dias para ratificar o contrato. O SAG-AFTRA realizará reuniões informativas sobre o novo contrato nos próximos dias e semanas.

SAG-AFTRA PROMOVE REUNIÕES PARA ESCLARECER OS MEMBROS

E tu, acreditas que o sindicato conseguiu o que queria? A greve surtiu efeito?

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