Scary Movie 5, em análise
Para os fãs de Scary Movie, este filme desilude. É certo que é uma comédia dirigida a um público-alvo adolescente, mas poderia ter havido um pouco mais de esforço. Parece simplesmente que ficaram sem ideias, havendo apenas um ou dois momentos engraçados em todo o decorrer de “Scary Movie 5”.
O enredo, o pouco que existe, centra-se num casal que adopta três crianças, filhas do falecido irmão de Dan (Simon Rex), após serem encontradas numa cabana abandonada. Contudo, com as crianças parece ter vindo também uma entidade sobrenatural, um demónio que os começa a atormentar.
São satirizados vários filmes como “Mamã”, “A Origem”, “Actividade Paranormal”, “Cisne Negro”, entre outros. Esta sátira é aquilo que faz de “Scary Movie 5” uma espécie de entretenimento, mas desilude dado que não há originalidade na forma como é executada. A única personagem marcante é Pierre (J. P. Manoux), que reflecte o instrutor de ballet de “O Cisne Negro” e que o consegue atingir na perfeição. O restante elenco é medíocre, à excepção talvez de Ashley Tisdale, que consegue conferir algum humor, ainda que por meros instantes.
Continuam a ser utilizados constantemente os mesmos truques humorísticos baratos, sem nada de novo que valha o preço do bilhete de cinema. O único ponto positivo é algumas críticas sociais que são discretamente inseridas, como o facto de, por trás da arte do ballet, estarem escondidas graves doenças como bulímia e anorexia devido à pressão para emagrecer que as bailarinas sofrem. Estes pequenos momentos são bem conseguidos, mas provavelmente contabilizam, no total, cinco minutos do filme inteiro.
Com “Scary Movie 5”, torna-se mais que óbvio que esta saga já viu melhores (e mais originais) dias, e que provavelmente vai ficar por aqui. Se não ficar, deveria fazê-lo.
SL
“Scary Movie 5 – Um Mítico Susto de Filme”: 4*
“Scary Movie 5 – Um Mítico Susto de Filme” é algo diferente dos filmes anteriores, mas gostei bastante do que vi.
“Scary Movie 5” é uma mistura de spin-off com reboot, mas gostei da sua história.
Cumprimentos, Frederico Daniel.