Filmes de Super-heróis, para maiores de 18 anos
Graças a “Deadpool” e “Joker” mais super-heróis podem ter direito a adaptações cinematográficas para maiores de 16 anos. De Punisher a Wolverine, a Magazine.HD destacou os heróis que merecem filmes “R-rated”.
Se pensas que a banda desenhada é só para crianças então não lês comics. Mesmo os livros para as crianças têm violência, por isso não é de admirar que os livros de super-heróis tenham esta vertente mais aprofundada. É claro que existem personagens ‘politicamente corretas’, mas também é de destacar a existência de vilões e anti-heróis que não têm filtro e não se importam de massacrar ou matar para alcançar os seus objetivos.
Embora as longas-metragens de super-heróis sejam cada vez mais comuns, Hollywood parece não apostar nestas adaptações com classificação para maiores de 16 ou 18 anos. Esta opção dos estúdios faz com que muitos heróis não tenham o seu filme ou, pior ainda, não tenham uma adaptação fidedigna – por exemplo, The Punisher e Kick-Ass.
A estreia de “Deadpool” com classificação “R-rated” pode funcionar como rampa de lançamento para a produção de filmes de super-heróis para maiores de 18 anos. A Magazine.HD acredita que este cenário está cada vez mais próximo e reuniu personagens que merecem uma adaptação apenas para adultos.
Batman é um dos super-heróis mais famosos e amados da banda desenhada. O seu passado e a sua vontade de justiça e vingança fazem da personagem da DC Comics merecedora de uma adaptação cinematográfica para maiores de 18 anos.
Batman, na sua premissa básica, é um psicopata que, para proteger Gotham City, persegue psicopatas e instala o terror no mundo dos criminosos. A sua vontade de justiça deve-se ao facto de os seus pais terem sido assassinados quando Bruce ainda era criança. Posto isto, estamos perante uma história que é sem dúvida para maiores de 16 ou 18 anos.
Com cerca de dez adaptações cinematográficas, Batman já foi interpretado por George Clooney, Adam West, Michael Keaton, Christian Bale e, recentemente, Ben Affleck. Contudo, Hollywood parece deixar de lado a vertente de ação e de violência que também caracteriza este super-herói.
Resta-nos esperar por um filme “R-rated” do Cavaleiro das Trevas, que no próximo mês volta ao grande ecrã, interpretado por Robert Pattinson, em “The Batman: Part II”.
Embora Spawn não seja uma personagem muito famosa pela generalidade das pessoas, este anti-herói já teve uma adaptação cinematográfica, em 1997, e merece um novo filme com uma classificação para jovens adultos.
Al Simmons, mais tarde conhecido como Spawn, foi um soldado americano altamente treinado. Quando começou a questionar as missões dos seus superiores, acabou traído e assassinado numa emboscada. No pós-vida, Simmons vai para o Inferno e lá encontra o poderoso demónio Malebolgia, que lhe oferece a possibilidade de voltar à Terra e ver a sua esposa. No entanto, teria de se tornar em Spawn, um soldado do Inferno para lutar no Armagedon.
Em 1997, Spawn já teve uma adaptação cinematográfica com Michael Jai White no papel principal, mas o filme ficou aquém das expectativas. No entanto, a personagem da Image Comics, que muitas vezes atravessa a barreira entre a ação e o terror, parece estar próxima de voltar ao ecrã. Em entrevista ao site ComicBook, o criador de Spawn disse que o argumento está quase terminado. Todd McFarlane pretende começar a filmar a longa-metragem muito em breve.
“Invincible” ganhou sucesso no pequeno ecrã através da série da Prime Video, mas a sua popularidade pode crescer com uma eventual estreia nos cinemas!
A saga de banda desenhada de “Invincible” foi concebida por Robert Kirkman e conta a história de Mark Grayson, um jovem adolescente completamente banal, tirando o facto de que é filho de um alienígena super-poderoso. Mark tenta viver a sua vida de formal normal longe das peripécias heróicas do pai, no entanto, quando o jovem descobre possuir as mesmas habilidades do pai, toda a sua vida colocada às avessas e vê-se atirado para um mundo cheio de acção e violência gratuita.
O estúdio e os produtores da série têm demonstrado muito interesse em trazer as aventuras de Mark Grayson até ao grande ecrã no formato de imagem real, utilizando a mais recente tecnologia para trazer aos espectadores toda a violência de que este mundo é capaz.
A banda desenhada não é só constituída por histórias violentas protagonizadas por homens e Cassandra Cain é o exemplo disso. A anti-heroína da DC Comics mostra que o seu passado e a sua habilidade como assassina merece uma adaptação cinematográfica.
Jessica Jones mostrou que uma heroína também pode ser badass, com uma história sombria. Mas o passado de Cassandra é muito pior: ela é filha de dois assassinos profissionais que abusaram dela quando era criança, de maneira a torná-la também numa assassina. Cain ainda foi Batgirl durante um período de tempo, mas viajou até à Ásia para encontrar e matar os seus progenitores. Definitivamente não é uma história para as crianças.
Cassandra Cain apareceu em “Birds of Prey”, mas ainda não teve tem nenhuma adaptação televisiva e cinematográfica digna. A personagem da DC Comics apenas surgiu no final da primeira temporada de Justice League. A anti-heroína apenas surgiu em videojogos.
Com o sucesso de Jessica Jones na Netflix e agora na Disney Plus, podemos ter esperança na produção de uma série sobre Cassandra Cain. No entanto, ficamos também à espera de uma longa-metragem com esta personagem. Quem sabe, com as confirmações de diversos filmes do universo DC, a Warner Bros. não nos surpreenda com um projeto desta heroína.
Embora a Marvel e a Netflix tenham resgatado o legado de Daredevil e de o ter colocado na direção correta, pensamos que é necessário um filme que faça justiça à personagem.
Matthew Murdock era um excelente aluno e atleta que, na adolescência, ficou cego devido a um acidente com um camião que carregava lixo tóxico. Em compensação, descobriu que os seus outros sentidos evoluíram de forma exponencial. Matt assumiu o nome de Daredevil quando o seu pai, que havia sido um pugilista, foi morto ao recusar-se a simular uma derrota numa luta. Assim, Matt tem uma vida dupla: durante o dia é um simples advogado e à noite vigia as ruas de Hell’s Kitchen, um dos bairros da Cidade de Nova York.
Embora Daredevil já tenha tido uma adaptação cinematográfica, em 2003, com Ben Affleck, o filme não conquistou a crítica, uma vez que venceu um Razzie, e gerou opiniões mistas nos fãs. Em 2015, a Netflix lançou uma série desta personagem e o resultado foi muito melhor: o projeto alcançou classificação 9,1 no site IMDB. Matt Murdock prepara-se para regressar, desta vez na Disney Plus, com mais uma série que promete um regresso às origens.
Mesmo com o sucesso da série nos serviços de streaming, achamos que o super-herói da Marvel, criado por Stan Lee e Bill Everett, merece uma longa-metragem fiel à sua história.
Quando os super-heróis ultrapassam todos os limites permitidos, é necessário um grupo de indivíduos que não tenham medo de lhes fazer frente. Ainda queres mais justificações para avançar com um filme sobre The Boys?
Num mundo em que os super-heróis são corrompidos pelo estatuto de celebridade e se comportam de forma irresponsável, The Boys é um grupo de executores da CIA que os mantém na linha. Se eles ultrapassam as marcas e colocarem o mundo em perigo, o governo envia The Boys para relembrar os heróis que não podem fazer tudo.
Garth Ennis e Darick Robertson, criadores da história que chegou a ser publicada pela DC Comics, afirmaram, desde o início, que pretendiam mostrar grande quantidade de imoralidades, cenas violentas e perversões.
The Boys este perto de ter uma adaptação cinematográfica, com Adam McKay na realização, mas foi a versão televisiva, desenvolvida por Seth Rogen, Evan Goldberg e Eric Kripke, que conquistou a imaginação dos fãs aquando da sua estreia em 2019. Contudo, apesar do seu sucesso, a série de “The Boys” fica muito aquém da banda desenhada que lhe deu origem, algo que uma série de filmes para jovens adultos possa resolver.
Lobo é uma personagem de excessos sem nenhuma moral. Mas a personagem favorita de Stan Lee ainda não teve nenhuma adaptação. Serão precisas mais razões para um projeto direcionado às audiências mais adultas?
O vilão que se tornou num anti-herói é a personagem, da DC Comics, favorita de Stan Lee. Lobo é uma personagem de excessos, tanto em termos de bebida como de violência. É um anti-herói mercenário e caçador de recompensas que possui super-força, super-resistência, olfato super-desenvolvido, poder regenerativo e de cura, imortalidade e nenhuma moralidade. Uma adaptação desta personagem não poderia ser para menores de 16 anos.
Lobo, que surgiu pela primeira vez Omega Men #3, é um alienígena com forma de homem, que no início tinha o objetivo de parodiar Wolverine – personagem da Marvel.
Esta personagem nunca teve uma adaptação ao cinema, mas já marcou presença no pequeno ecrã em “Krypton”, onde deixou muito a desejar. No entanto, com James Gunn agora na liderança do estúdio, e com Jason Momoa a demonstrar interesse em dar vida à personagem, é muito possível que a Warner Bros. possa voltar a investir neste popular vilão tornado anti-herói.
Wolverine não é um desconhecido nos estúdios. Mas para uma personagem que é um mutante, Hollywood parece não estar interessada em representar a veracidade, e consequente violência, do herói.
Também conhecido como Logan, Wolverine é um mutante que possui sentidos de animal aguçados, capacidades físicas melhoradas, poder de regeneração elevado e problemas graves de raiva. Posto isto, é possível dizer que este super-herói foi criado para um universo “R-rated”, uma vez que as cenas de ação transmitem a brutalidade da personagem.
Wolverine é um dos mais populares heróis – está na quarta posição da lista das maiores personagens de banda desenhada da revista Empire – devido à sua disposição para usar a força e a sua natureza violenta. Estas características serviram de padrão para os heróis criados no final da década de 80.
O trabalho que a 20th Century FOX fez com Hugh Jackman como Wolverine não desilude, contando já com um nove filmes da série X-Men, três deles centrados apenas nesta personagem, o último dos quais para maiores de 16. Todavia, apesar da classificação etária mais elevada, não foi o suficiente para transmitir a brutalidade presente nas histórias de banda desenhada.
Com o reboot da personagem ao virar da esquina, será que é desta que teremos uma adaptação cinematográfica de Wolverine que apresente de forma fidedigna este super-herói da Marvel?
Um monstro do pântano que defende o ambiente não parece ser material para um filme R-rated. Mas Swamp Thing, que já teve dois filmes de terror na década de 80, é muito mais que defensor da humanidade.
O Swamp Thing é originalmente Alec Holland, um homem que foi transformado num monstro constituído por matéria vegetal depois de uma explosão no seu laboratório o ter encharcado de produtos químicos. Esta explosão foi planeada pelo seu colega de trabalho que pretendia matá-lo de modo a conquistar a esposa de Holland. Este é transformado num monstro disforme que, depois de matar Ridge, volta para as profundezas do pântano.
Com forma de homem, Swamp Thing, ou Monstro do Pântano, é uma criatura constituída por plantas que luta para proteger o seu pântano, o ambiente e a humanidade de várias ameaças sobrenaturais e terroristas.
Swamp Thing já teve uma adaptação cinematográfica em 1982. O filme de terror realizado por Wes Craven, apesar de não ter sido mal recebido pela crítica, não retratou bem a profundidade e a natureza da personagem, criada por Alan Moore e Scott Snyder. Em 1989 foi lançada uma sequela, The Return of Swamp Thing, que alcançou menos sucesso que o primeiro filme. Em 2019 a personagem foi adaptada ao pequeno ecrã numa série de vida curta que, apesar de conquistar a critica, falhou a cativar o público em geral.
Com a DC Comics a apostar na estreia de adaptações das suas personagens da banda desenhada, resta-nos esperar por um filme do “Monstro do Pântano”.
Se há super-herói que precisa de um filme “R-rated” épico é o grupo The Authority. A banda desenhada conta a história de cidades inteiras que são completamente destruídas, antes da página cinco, e de anti-heróis a espancarem violentamente as pessoas.
Publicado por Wildstorm (que agora pertence à DC Comics), a história gráfica e violenta acompanha a aventura de um grupo de super-heróis que, durante a fase explosiva Ellis/Hitch, enfrentam inimigos perigosos – desde terroristas ao criador do Sistema Solar – em missões nas quais a equipa usa as suas capacidades sobrenaturais para ignorar leis internacionais e a soberania nacional de qualquer país.
A história original inclui as antigas criações de Warren Ellis e Bryan Hitch: Apollo, Midnighter, The Doctor, Engineer, Swift, Jenny Sparks e Jack Hawksmoor.
Nas mãos certas, um filme sobre The Authority será massivo e com ação ultraviolenta, características fundamentais das suas personagens. Em 2010, surgiram rumores que uma longa-metragem sobre The Authority estaria para breve. Chegou mesmo a circular pela internet informações que a atriz Stana Katic (Castle) estaria em negociações para a produção. No entanto, estes rumores nunca foram confirmados.
Após uma longa espera, “The Authority” parece estar mais perto de se tornar uma realidade do que nunca, com James Gunn a confirmar o desenvolvimento de um filme do grupo e de potenciais sipin-offs.
Nemesis é uma das personagens independentes mais populares da banda desenhada e é também considerado uma das mais violentas das páginas aos quadradinhos.
O que aconteceria se o Batman tivesse a personalidade do Joker? Essa foi a pergunta que Mark Millar tentou responder ao criar Nemesis (2010) para a Icon Comics (uma divisão da Marvel Comics). Um um design icónico e uma mente perversa, Nemesis possui uma das maiores body counts algumas vez vistas na banda desenhada, principalmente para uma personagem de tão pequena escala.
A corrida aos direitos da personagem começaram assim que foi anunciada, no entanto anos depois e qualquer projecto cinematográfico parece encontrar-se preso na fase de desenvolvimento. Com uma grande interesse dos fãs, com uma premissa tão cativante e com um design extraordinário é difícil de perceber porque ainda não existe um filme.
A série, de Brian K. Vaughan e Tony Harris, que apresenta o super-herói que mudou o desfecho do 11 de setembro, de 2001, é uma história complexa e poderosa que está à espera do cineasta certo para realizar um filme “R-rated” capaz de apresentar fielmente Ex Machina.
Não confundir com o filme de 2015, Ex Machina acompanha Mitchell Hundred, um engenheiro civil, que adquire o super-poder de comunicar com máquinas em 1999, e posteriormente se torna Perfeito de Nova Iorque. No universo ficcional da série, os ataques de 11 de setembro de 2001 não tiveram o mesmo desfecho: depois do Voo 11 da American Airlines destruir uma das torres do World Trade Center, Hundred conseguiu impedir que o segundo avião atingisse a outra torre.
Ex Machina começa como uma história clássica de super-heróis, com Hundred a tentar salvar os cidadãos da melhor forma possível. No entanto, depois do 11 de setembro, a personagem começa uma carreira na política, o que conduz ao caos urbano, questões políticas polémicas e intrigas políticas. Assim, a série explora a atualidade política com muito mistério e suspense à mistura.
Em 2005, a New Line Cinema anunciou que tinha comprado os direitos para criar um filme sobre a personagem da Wildstorm (pertence à DC Comics). Contudo, em 2012, Tony Harris e Brian K. Vaughan voltaram a adquirir os direitos da adaptação cinematográfica.
Punisher já teve um filme com classificação para maiores de 18 anos, contudo a adaptação não não foi bem recebida. A Netflix criou uma série a solo da personagem, mas achamos que o Justiceiro merece uma longa-metragem que o retrate fielmente.
No mundo da Marvel, muitos heróis recusam matar os seus oponentes, mas Frank Castle não é um deles. Punisher, alter-ego de Castle, não encontra limites quando se trata de salvar o dia, seja assassinar, raptar ou extorquir. O facto de não ter problema em deixar marcas nos vilões faz com que seja um dos mais famosos anti-heróis das histórias de banda desenhada – notar ainda que Frank Castle não tem poderes sobrenaturais.
A personagem da Marvel já foi adaptada para o cinema três vezes: em 1989 com Dolph Lundgren no papel principal; em 2004 protagonizado por Thomas Jane; e em 2008 com Ray Stevenson como Frank Castle. A última vez que vimos a personagem foi na segunda temporada da sua série a solo, mas Punisher também esteve presente na segunda temporada de Daredevil, produção da Marvel, onde foi interpretado por Jon Bernthal.
Em 2015, Tom Hardy manifestou interesse em Punisher, afirmando que gostaria de interpretar ‘O Justiceiro’. Será que estamos perto de uma nova adaptação do alter-ego de Frank Castle, mas desta vez com classificação “R-rated” e que retrate bem a personagem? Lembro que o filme de 2008 teve classificação para adultos, mas não foi bem recebido. Entretanto, Jon Bernthal prepara-se para regressar à icónica personagem no novo reboot de Daredevil para a Disney Plus.
Artigo atualizado, publicado originalmente por Catarina Fernandes a 02 de Fevereiro de 2016.
E assim acaba o nosso top de super-heróis que precisam de um filme “R-rated”! Achas que ficou alguma personagem de fora?
