Survivor: Castaway Island | A Crítica do jogo baseado num dos mais populares reality shows

Alguns programas de televisão receberam uma adaptação para o mundo dos videojogos. Nem sempre chegam à fasquia do próprio programa, mas “Survivor: Castaway Island” rema contra a maré.

Ao longo da história da televisão, os reality shows ganharam um lugar único entre os espectadores – uns odeiam, outros adoram. Nesse sentido, o reality show mais conhecido de sempre, é e será o “Big Brother”, um programa televisivo que coloca um grupo de desconhecidos dentro da mesma casa, seguindo cada passo que dão. No final, há um grande prémio monetário para o último a sair.

O programa televisivo foi criado por John de Mol Jr., em 1999, e foi exibido pela primeira vez nesse mesmo ano na televisão neerlandesa. Foi um sucesso imediato que rapidamente se alastrou pelo mundo, incluindo Portugal (quem é que se lembra o Zé Maria, que na época levou para casa 20 mil contos?). O nome é inspirado no livro “1984”, de George Orwell, onde num mundo distópico, há um partido que observa e segue tudo e todos, liderado pelo Big Brother.

A partir daí, os reality shows ganharam outro estatuto, mas antes desse, houve outro importante reality show. Diretamente da Suécia, em 1997, chega “Expedition Robison, criado por Charlie Parsons, onde colocam um grupo de pessoas num local, por norma numa ilha, remoto.

Lá terão de superar vários testes, para que no final só haja um vencedor. O melhor sobrevivente vai regressar a casa são e salvo, e com 1 milhão de dólares na mão. Só no ano 2000 é que chega a versão norte-americana, “Survivor”, com o criador original e Mark Burnett. O reality show ainda continua no ar, e agora vais poder participar a partir de casa.

ENTRA NA ILHA

A Microids juntou-se à Banijay Brands e Magic Pockets para levar o programa televisivo às consolas, através de um jogo que promete animar as reuniões de amigos e/ou família. Aqui os jogadores vão ter de pôr os seus instintos de sobrevivência à prova, através de vários desafios.

Além disso, a interação com o restante grupo/equipa é essencial para alcançar a vitória. Cada peixe por apanhar, cada resposta mal dada pode traçar o destino para o pior. Aqui na redação, colocamos o nosso espírito de entre-ajuda e sobrevivência para tentar superar os desafios de “Survivor: Castaway Island”.

Desde do início, o jogo não prima dos melhores gráficos existentes, longe da capacidade de algumas das plataformas em que está disponível. Parece que voltamos aos “Sims 2”, o que lhe dá um toque engraçado. Ou seja, é o aspeto quase caricatural que dá a graça ao jogos e à aventura. Ao iniciar um novo jogo, temos de escolher entre duas equipas com doze elementos que serão fundamentais para o nosso sucesso. Uma escolha sabia, mas mais importante é a abordagem que temos no jogo. Assim sendo, o jogo está dividimos em três partes – as provas, a exploração e as alianças/rivalidades.

DEFINE A ESTRATÉGIA

Com isso em mente, o que representa melhor o reality show neste jogo são as provas e a exploração. Entre as divertidas provas (e ainda bem que são divertidas) temos cerca de 15 minutos de exploração, onde vamos recolher objetos e comida para manter a equipa fresca para as restantes provas.

A forma como está estruturado o jogo irá sempre agarra o jogador, sem aborrecer com repetitivas tarefas. Mas a melhor parte são as interações que temos com os restantes sobreviventes. Uma má resposta ou uma pergunta demasiado direta pode baixar as hipóteses de vitória. Ou seja, é um autêntico jogo de gato e rato, porque no final, cada um puxa para o seu interesse.

Mas nem tudo é bom em “Survivor: Castaway Island”. O momento de exploração podia ter sido muito melhor desenvolvido. Fica a sensação que podia ser mais aberto, livre, para os jogadores usufruirem do espaço. Não dá aso à criatividade, algo essencial para a sobrevivência. Apanhamos paus, peixes e água, nada mais.

Se és fã de reality shows, deverás conhecer este, e por isso, “Survivor: Castaway Island” é um jogo essencial para os fãs. Contudo, continua a ser um bom jogo para jogar com amigos, sendo divertido até um certo ponto.

Tens o que é preciso para sobreviver?