Timothée Chalamet | Como um completo desconhecido apaixonou Hollywood
Por vezes, uma década é tempo suficiente para transformar um rosto anónimo, como o de Timothée Chalamet, numa das maiores estrelas do cinema mundial.
No mundo do cinema, as histórias de ascensão são sempre fascinantes, mas poucas são tão reveladoras como a de um jovem ator pela Berlinale, o prestigiado festival de cinema de Berlim. Uma história de transformação que nos mostra como o tempo e o talento podem mudar completamente o destino de alguém na indústria cinematográfica.
Inegavelmente, Timothée Chalamet já não é o novato de olhar tímido que, outrora, caminhava pelos corredores da Berlinale como um espectro elegante. Com efeito, hoje desliza pelos tapetes vermelhos com a segurança de quem nasceu para brilhar — e, ah, como brilha. Mas, recuemos: em 2015, o Actor surgiu no festival como um mistério envolto em cachecol e charme indie. Porém, em virtude de uma combinação de talento irrefutável e timing perfeito, o rapaz que outrora passava despercebido tornou-se nada mais, nada menos que o darling da crítica. Assim sendo, como resultado dessa metamorfose, Berlim não é apenas um palco para os seus filmes — é um espelho que reflete a sua ascensão vertiginosa.
Do anonimato ao Óscar
A Berlinale de 2025 prepara-se para receber, com todas as honras, Timothée Chalamet para uma exibição especial de “A Complete Unknown“, onde interpreta um enigmático Bob Dylan. Mas nem sempre foi assim. Há exactamente uma década, em 2015, um Chalamet de 19 anos pisava o mesmo tapete vermelho praticamente despercebido, ofuscado pela sua colega de elenco Kiernan Shipka, então famosa pela série “Mad Men”.
Naquela altura, protagonizava “One & Two“, um filme independente de Andrew Droz Palermo, onde interpretava, ao lado de Shipka, um dos irmãos com o poder de se teletransportar. Durante uma entrevista à THR, explicou com simplicidade: “O filme é sobre a jornada de separação dos irmãos – voltando a juntar-se no final, ou talvez não”. Uma descrição modesta de um filme que acabaria por passar despercebido.
A crítica da THR, pela voz de Harry Windsor, limitou-se a notar que “Chalamet e Shipka estão ambos muito bem, embora o guião reservado… torne difícil realmente compreender as suas personagens”. O filme, distribuído de forma limitada pela IFC Midnight, acabou por passar despercebido.
A ascensão meteórica de uma estrela global
Hoje, Chalamet é sinónimo de sucesso em Hollywood. Protagonista de blockbusters como “Wonka” e a saga “Dune“, acaba de receber a sua segunda nomeação para Óscar de Melhor Actor. Uma transformação notável para alguém que, há não muito tempo, era apenas mais um ator em papéis secundários em “Homeland” e “Interstellar“.
A verdadeira viragem na sua carreira aconteceria dois anos depois daquela primeira aparição em Berlim, com “Call Me by Your Name“, que passou pelo festival após a sua estreia em Sundance. Este papel marcaria o início de uma ascensão meteórica que o transformaria numa das faces mais reconhecíveis do cinema contemporâneo.
O regresso triunfal a Berlim em 2025 não é apenas mais uma aparição de uma estrela – é o fecho de um ciclo. Nada mais que a prova viva de como o talento, quando nutrido e reconhecido, pode transformar um completo desconhecido numa referência do cinema mundial.
Olhando para esta extraordinária transformação de Timothée Chalamet, que jovem ator ou atriz atual acreditas que poderá fazer uma jornada semelhante na próxima década? Partilha connosco as tuas apostas nos comentários.