TOP MHD | Os Melhores Filmes da Pixar

 

Os primórdios da Pixar coincidiram com os primórdios do cinema de animação moderno. Foi com Toy Story que a parceria Disney/Pixar revelou ao mundo aquilo a que hoje chamamos de animação computorizada. Já passaram 18 anos e 14 filmes. 18 anos de revoluções criativas, 18 anos de filmes que tinham a capacidade de colocar a sua história à frente do seu proveito comercial.

A Pixar definiu-se como um estúdio de animação sem público-alvo, esse é o maior elogio que podemos fazer ao seu trabalho. Porque tanto as crianças como os adultos não ficam indiferentes à sua originalidade, à sua frescura narrativa, à sua capacidade de emocionar e fazer rir.

A propósito da estreia nos cinemas nacionais de “Monstros A Universidade”, a Magazine.HD convocou toda a sua extensa equipa para uma votação com o intuito de escolher os melhores filmes made in Pixar. O resultado não deixará de ser subjetivo, mas este é o Top da MHD.

 

#14 – Carros 2 (2011)

Apesar de Carros (2006) ser um dos “patinhos feios” da Pixar, o estúdio decidiu avançar para a sequela do mesmo, uma vez que o Carros é o seu franchise mais rentável no conjunto de vendas de bilhetes, home video e merchandise. A sequela saiu-se pior que original não conseguindo a nomeação ao Óscar de Melhor Filme de Animação e conseguindo a primeira classificação negativa (38%) para um filme Pixar no Rotten Tomatoes. A sua história rebuscada e pouco cativante tornou “Carros 2” no pior filme da Pixar, segundo a opinião generalizada e a mancha negra na carreira do incansável John Lasseter.

#13 – Monstros A Universidade (2013)

A mais recente estreia da Pixar não deslumbrou a crítica especializada e ficou aquém do filme original. Esta foi a terceira sequela da Pixar que até hoje ainda não conseguiu replicar o sucesso de Toy Story. Embora não estejamos na presença de um filme mau, certo é que o seu alto nível de entretenimento não foi suficiente para superar obras maiores.

#12 – Brave Indomável (2012)

Brave prometia resolver um dos defeitos mais evidentes do estúdio: a fraca presença de personagens femininas. A solução passou então por entregar o protagonismo a Merida. A estrutura do enredo seguiu mais um típico filme de princesas Disney do que propriamente o sentido de inovação da Pixar, mas isso não o impediu de conquistar o Óscar de Melhor Filme de Animação contra um potencial filme Pixar, mas que na verdade era made in Disney, “Força Ralph”.

#11 – Carros (2006)

Comercialmente foi um sucesso imenso e até deu luz verde para o lançamento de uma sequela. Para a crítica, este era à data o filme menos conseguido pelo estúdio. Tínhamos pela primeira vez um público-alvo definido (crianças do sexo masculino) e um feeling de blockbuster mais vincado. Viria a perder o Óscar de Melhor Filme de Animação, a segunda derrota da Pixar, depois de “Monstros e Companhia”.

#10 – Uma Vida de Insecto (1998)

Três anos depois do seu filme de estreia, a Pixar trazia-nos a história sobre o universo dos insectos, curiosamente no mesmo ano onde a Dreamworks lançava o semelhante “AntZ”. O filme recebeu aprovação generalizada da crítica mas nunca foi particularmente cativante, tendo caído no esquecimento com o passar dos anos.

#9 – The Incredibles – Os Super-Heróis (2004)

Entramos no terreno onde teremos de distinguir os “muito bons” dos “excelentes”. E é aqui que entra esta história de super-heróis recheada de ação, de cores vibrantes e com uma das características mais evidentes do estúdio: a aptidão para transformar entretenimento e lágrimas em ensinamentos morais, mesmo num filme de super-heróis.

#8 – Toy Story 2 (1999)

As sequelas tornaram-se inevitáveis em Hollywood, depois de ser garantido o sucesso de o filme original. E a Pixar, embora se tenha mantendo fiel às histórias originais, não fugiu à regra. Para muitos o filme de John Lasseter é mesmo o melhor filme da trilogia Toy Story, para outros a revolução histórica e tecnológica do primeiro e a nostalgia e emoção do terceiro são pontos importantes para considerar Toy Story 2 no filme “menor” de uma das maiores trilogias cinematográficas de sempre.

#7 – Monstros e Companhia (2001)

No primeiro ano onde foi atribuído o Óscar de Melhor Filme de Animação, “Monstros e Companhia” concorreu, acabando por perder o prémio para o franchise-mor da Dreamworks, “Shrek”. Desde aí, vem perdendo algum reconhecimento que nos parece injusto visto estarmos na presença de um dos enredos mais originais (senão o mais original) dos 14 filmes Pixar. Boo, Mike e Sulley trazem-nos tudo aquilo que admiramos nos filmes deste estúdio: cor, entretenimento, emoção combinadas num enredo riquíssimo.

#6 – Ratatui (2007)

Brad Bird é uma das preciosidades criativas que moram na Pixar. É ele o dono da inventiva recriação do universo dos filmes de super-heróis, com The Incredibles, mas também o responsável por um dos filmes mais encantadores da Pixar. “Ratatui” não se saiu tão bem na bilheteira como os restantes filmes do estúdio (muito por força de ser uma história parisiense e não americana), mas é um dos seus produtos mais aclamados… doce e tocante fábula com uma das mais simbólicas mensagens da Pixar: a grandeza não está no tamanho.

#5 – À Procura de Nemo (2003)

Depois dos seus “buddy movies” (Toy Story, Monstos e Companhia), a Pixar lançava-se sobre o tema da importância da família e Nemo e o seu pai foram os pioneiros numa série de lições morais que se replicaram em “The Incredibles”, “Up -Altamente” e, mais recentemente, em “Brave Indomável”. “À Procura de Nemo” introduziu uma das mais amadas personagens de todos os filmes Pixar, a Dory… que agora irá ganhar o seu próprio filme em 2015.

#4 – WALL-E (2008)

Andrew Stanton é mais um dos talentos oriundos desta fantástica máquina de fazer filmes. Depois de nos abandonar no Oceano à procura de Nemo, leva-nos para um futuro apocalíptico onde nunca uma animação deste calibre nos havia levado. Um dos raros casos onde a riqueza do argumento não advém das palavras, mas sim da simplicidade dos gestos.

#3 – Toy Story (1995)

John Lasseter é o génio por detrás do surgimento e evolução da Pixar. Em Toy Story, Lasseter olhou “para o infinito e mais além”, criando uma história que colocou todas as crianças da década de 90 à procura de ver os seus brinquedos a andar e a falar. Em 1995 fez-se magia que abriu uma inesperada trilogia.

#2 – Toy Story 3 (2010)

E como não há duas sem três, a Pixar revelou pela primeira vez em 2010 uma trilogia. Uma trilogia homogénea na forma complexa com que aborda um tema como a amizade que cresce entre um brinquedo e o seu dono. O capítulo final levou o público às lágrimas e conquistou a crítica, sendo posteriormente nomeado para o Óscar de Melhor Filme. A cena final ficará eternamente gravada na memória daqueles que acompanharam a história de Woody e Buzz e a aquilo que os unia a Andy.

#1 – Up – Altamente (2009)

E em primeiro lugar neste Top MHD vem a viagem de uma casa voadora, talvez a mais completa aventura da Pixar. Não só uma história sobre a amizade, ou sobre a família (a cena “Married Life” é uma das melhores e mais emocionantes dos 14 filmes), mas sobretudo uma história sobre o mágico poder dos sonhos, sobre a efemeridade da vida, sobre as nossas determinações e habilidade de cumprir promessas. São raras animações como esta, que corrobora a ideia de que na Pixar a perfeição não é um objetivo, é uma realidade.

Concordam com este TOP? Quais as vossas escolhas? Digam-nos nos comentários a este artigo ou então no nosso Facebook.

 

Nota: Para a elaboração deste TOP foram inquiridas 14 pessoas com o objetivo de ordenar por ordem de preferência os 14 filmes da Pixar. Atribui-se 1 ponto ao 14º classificado, 2 pontos ao 13º, e assim sucessivamente até ao pódio. Para critérios de diferenciação, atribuíram-se pontuações progressivas aos filmes do pódio. 13 pontos aos 3º lugares, 16 pontos aos 2ºs e 20 pontos aos primeiros. Os resultados apresentados são o somatório das pontuações atribuídas por cada membro da Magazine.HD.

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