Videojogos em 2016 – O ano segundo Daniel Salgueiro

Um ano excelente para quem prefere jogar no PC.


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2016 foi mais um daqueles anos para os jogadores de PC em que a parte mais difícil foi ter escolha a mais e tempo a menos. Desde videojogos feitos com orçamentos astronômicos até pequenos fenómenos indie criados por apenas um programador, houve de tudo para todos os gostos. E de entre toda essa seleção, estes foram os que mais se destacaram para mim, ordenados por ordem da data dos seus respetivos lançamentos, porque é-me impossível ordenar por ordem de preferência.

Pony Island (janeiro)

O maior problema em falar sobre o Pony Island é que qualquer descrição é quase um spoiler, pelo que direi apenas o seguinte: este é um videojogo que merece ser jogado por todos aqueles que querem experimentar algo de verdadeiramente único. E tem um preço bastante apelativo, principalmente quando durante as constantes promoções do Steam/GOG, por isso não têm nada a perder.

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XCOM 2 (fevereiro)

O regresso do rei e senhor dos combates táticos por turnos. A luta contra os alienígenas continua, mas desta vez os agentes XCOM não combatem um invasor mas sim uma força que domina o planeta inteiro com um pulso de ferro há mais de 20 anos. Cabe ao jogador, o/a Comandante, escolher o nome, voz, cor de arma e da armadura, o país de origem (agora com a bandeira de Portugal entre as nações que podem ser orgulhosamente exibidas nas costas dos nossos agentes), tatuagens, cicatrizes e/ou adereços de cada um dos nossos soldados, muitas vezes inspirados por amigos e familiares, testemunhar os seus atos de heroísmo contra os opressores alienígenas… e depois sentir a dor que inevitavelmente chega quando um deles morre (sem qualquer tipo ressurreição miraculosa disponível) às mãos/garras/dentes do inimigo.

Boa sorte, Comandante. Bem que vai precisar.

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Stardew Valley (fevereiro)

A prova que nem só de videojogos super-violentos com orçamentos de milhões se fez 2016, Stardew Valley é o resultado do trabalho de um único programador, Eric Barone, e foi um verdadeiro sucesso. Claramente inspirado na série Harvest Moon, Stardew Valley trouxe aos jogadores do PC as alegrias de plantar e cuidar de legumes e frutas numa quinta, para depois os vender no mercado e assim comprar MAIS coisas para a quinta. E quando um jogo faz com que ter o nosso próprio galinheiro seja algo pela qual ficamos entusiasmados, é porque está a fazer algo de extraordinário.

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Dark Souls 3 (abril)

O canto do cisne da série que mostrou ao mundo como se faz um jogo que é difícil mas justo, onde cada morte é uma lição, onde a paciência é uma virtude, onde os erros e a falta de preparação se pagam caros. Dark Souls 3 deslumbrou-nos com o seu mundo detalhado e cheio de história contada nas descrições dos objetos, nas estátuas e decorações dos edifícios ou na forma como os inimigos se movem, lutam ou até vestem. Um mundo onde, por muito negro que tudo à nossa volta possa parecer, há sempre uma réstia de esperança enquanto houver uma chama acesa, um aliado para nos prestar auxílio ou um lugar onde possamos venerar a incandescência do sol.

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Overwatch (maio)

Um dos jogos mais populares do ano e sem dúvida a escolha de muitos para “o melhor jogo de 2016”, o Overwatch é ainda um marco incontornável dos videojogos e de facto bem o merece. É um jogo da mais alta qualidade, extremamente divertido, com muitas nuances para aprender e  com personagens que captaram fãs por todo o mundo não só pelas suas personalidades como também pela sua imensa diversidade. Há personagens para todos os gostos, vindos dos quatro cantos do mundo, das mais diversas raças, religiões, culturas, aparências e idades, o que é de espantar numa indústria em que as personagens (principalmente as femininas) parecem ser criadas única e exclusivamente para o olhar de rapazes adolescentes. E aqui temos o Overwatch a provar que os jogos podem ser muito mais criativos e ser recompensados com sucesso a nível mundial.

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Civilization VI (outubro)

O supra-sumo da estratégia por turnos. O comedor de horas livres. O destruidor de horas de sono. Com novas regras, novas civilizações, cidades que se expandem com distritos e a voz do ator Sean Bean como o narrador do jogo, Sid Meier’s Civilization VI traz-nos mais horas a fio a guiar as mais diversas civilizações ao longo da história mundial desde a era primitiva até à corrida espacial, decidindo qual o caminho a enveredar em questões de pesquisa tecnológica, intervenção militar, florescimento cultural, comércio, religião, etc. Com a diversidade de maneiras com que cada problema pode ser encarado e a variedade de civilizações distintas à nossa disposição, ainda vamos ficar muitas mais vezes acordados até às altas horas da madrugada para jogar só… mais… um… turno!

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Shadow Tactics: Blades of the Shogun (dezembro)

E orá aqui está uma verdadeira surpresa de fim de ano. Lançado no princípio do mês de dezembro por uma produtora relativamente desconhecida, este jogo foi sem dúvida uma lufada de ar fresco num tipo de jogo que já há muito não viamos: estratégia em tempo real com ênfase na furtividade à moda da velhinha série Commandos. Em Shadow Tactics: Blades of the Shogun, o jogador controla até 5 personagens distintas em missões de caráter furtivo que decorrem durante a época das guerras feudais no Japão.

Cada uma destas personagens tem habilidades distintas que são essenciais para levar as missões a bom termo. O samurai Mugen consegue matar vários guardas dentro de uma área de forma simultânea, a pequena Yuki pode atrair inimigos graças ao seu assobio, a assassina Aiko consegue disfarçar-se e passar despercebida por entre os guardas, etc. Este é um jogo indispensável para todos aqueles que gostam de planear meticulosamente um plano de mestre e depois colocá-lo em prática na perfeição por forma a completar missões que muito considerariam impossíveis.

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