Will Toledo, Car Seat Headrest (foto de Anna Webber)

Vodafone Paredes de Coura 2019 | 15 concertos a não perder

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Chamam-lhe Couraíso mas, arvoredos e praia fluvial à parte, é a música que lhe merece o título. Damos 15 razões para alugar um par de asas e escapar até Paredes de Coura.

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Julia Jacklin | 14 Agosto, Vodafone, 19.40

Julia Jacklin no Vodafone Paredes de Coura 2019
Julia Jacklin (foto de Joe Coleman)

Julia Jacklin, natural da Austrália, eclodiu no mundo da música em 2016 com Don’t Let the Kids. Entretanto lançou os dois singles “Eastwick”/ “Cold Caller”e formou a banda Phantastic Ferniture com Liz Hughes, Ryan K Brennan e Tom Stephens. Este ano brindou-nos com Crushing. Neste segundo álbum é a sua voz que se destaca, uma voz em constante metamorfose que nos vai introduzindo cenários e ambientes diferentes mas que soa sempre a grito de libertação, quer de um mundo que a oprime, quer de uma relação que a sufoca. Entre arrastadas introspeções e instantes mais esperançosos, teremos a oportunidade de conhecer um pouco melhor Julia Jacklin num concerto que percorrerá o novo álbum. (Margarida Seabra)

Paredes de Coura 2019 | Julia Jacklin, “Pressure to Party”




The National | 14 Agosto, Vodafone, 00.45

The National no Vodafone Paredes de Coura 2019
The National (foto de Graham MacIndoe)

Já desde o início do século que temos vindo a acompanhar os The National nas suas vastas e instrumentais paisagens sonoras, onde guiados pela austera voz de Matt Berninger, o seguimos no seu deambular introspetivo. Este ano chegou-nos I Am Easy To Find, “o maior, o mais longo e mais ousado” álbum da banda. Depois de sete registos com a clara hegemonia da voz de Matt Berninger, aqui o vocalista é por vezes silenciado por um grupo de vozes femininas, como Lisa Hannigan, Mina Tindle, Kate Stables, Sharon Van Etten e o Brooklyn Youth Chorus.

Já recebemos os The National múltiplas vezes em Portugal, preparamo-nos para mais um concerto, onde será possível escutar alguns sucessos do novo álbum, como “Rylan” ou “Hey Rosey”. Contudo, tudo indica que podemos contar com mais um concerto bem distribuído pela sua imensa bagagem de discos. (MS)

Paredes de Coura 2019 | The National, “Rylan” ao vivo




Stella Donnelly | 15 Agosto, Vodafone FM, 19.05

Stella Donnelly no Vodafone Paredes de Coura 2019
Stella Donnelly (foto de Pooneh Ghana)

Nascida no País de Gales, Stella Donnelly mudou-se cedo para Perth na Austrália com a família. Lançou o primeiro EP, Thrush Metal, em 2017.  Já o álbum de estreia, Beware of the Dogs, chegou-nos este ano. Os assuntos explorados por Donnelly foram, desde o início, motivo para que muitos aderissem à sua música. Contudo, este segundo álbum, obra mais completa, mostra a ambivalência da cantautora. Fã e assídua utilizadora da ironia, Stella Donnelly oscila entre humor e assuntos mais graves, conseguindo por vezes conciliá-los. Da sua performance podemos esperar uma interpretação eletrizante de Beware of the Dogs, que juntamente com as faixas mais estimadas de Thrush Metal, nos proporcionará um vislumbre desta artista em ascensão e daquilo que nos tem para oferecer. (MS)

Paredes de Coura 2019 | Stella Donnelly, “Tricks” ao vivo




Alvvays | 15 Agosto, Vodafone, 19.50

Alvvys no Vodafone Paredes de Coura 2019
Alvvys (foto de Arden Wray)

Molly Rankin, a cantora e compositora do grupo, é filha de John Morris Rankin, violinista da banda canadense Rankin Family, que conheceu o sucesso internacional nos anos 90. Molly começou por escrever música com a sua vizinha, MacLellan. Mais tarde, conheceu o guitarrista e parceiro Alec O’Hanley num concerto. Com a ajuda de O’Hanley, Rankin lançou discretamente uma faixa a solo, “Ela”, em 2010. Os Alvvays formaram-se no ano seguinte, quando Rankin reuniu MacLellan, O’Hanley, o baterista Phil MacIsaac e o baixista Brian Murphy.

Misturas de segmentos pop, como o indie pop, dream pop e twee pop, formam as melodias rítmicas de Alvvays, remontando à época de ouro do DIY indie. O seu primeiro álbum foi amplamente aclamado pela crítica, o que os levou a alguns dos festivais mais populares, impulsionando a sua apresentação ao mundo. Entretanto, isolando-se numa das Ilhas Desertas de Toronto, Rankin começou a criar o segundo álbum. Assim, em 2017 lançaram Antisocialites. É também este álbum que muitos esperam ouvir. As melodias e a ferocidade de faixas como “Dreams Tonite” ou “Your Type” já conquistaram muitos e conquistarão, com certeza, os que se atreverem a assistir a este concerto, do qual sairão  vítimas de um trauteio constante, fruto de algumas destas pungentes melodias. (MS)

Paredes de Coura 2019 | Alvvys, “Dreams Tonite”




Boy Pablo | 15 Agosto, Vodafone FM, 20.30

Boy Pablo no Vodafone Paredes de Coura 2019
Boy Pablo (foto de Ben Hovlandsdal)

A lembrança nostálgica das tardes solarengas passadas, no dolce far niente, à beira do rio que atravessa Paredes de Coura tem como banda sonora os Boy Pablo. Estes “miúdos” noruegueses contam já com dois EP’s lançados, Roy Pablo e Soy Pablo, e rapidamente insurgiram como referência vincada na cena alternativa, e na cultura pop que caracteriza as novas gerações.

Demarcados pela influência de Mac DeMarco, e com os caninos dos Vampire Weekend bem cravados nas pontas dos dedos, a música que fazem tem por base as melodias compostas pelas duas guitarras. A cereja no topo do bolo está nas letras, maioritariamente versadas à volta do tema amoroso, simples e fáceis de acompanhar, mas ricas e extremamente relatable, como aliás devem ser as letras de rock e de amor. A figura principal é inevitavelmente Pablo, o cantor, guitarrista, compositor e fundador da banda, que, a fazer lembrar Rex Orange County, dá voz (e que bela voz) a uma geração millennial, e a todo o turbilhão de emoções e crises existenciais pertencentes.

Pois bem, este ano a lembrança nostálgica ganha vida, no dia 15, por volta da hora do pôr-do-sol. E uma coisa é certa: vai ser uma daquelas tardes de verão que ficam para sempre na memória. (Paulo Pena)

Paredes de Coura 2019 | Boy Pablo, “Losing You” ao vivo




Car Seat Headrest | 15 Agosto, Vodafone, 21.10

Car Seat Headrest no Vodafone Paredes de Coura 2019
Car Seat Headrest (foto de Mikeal Beland, www.lotuseffects.com)

Durante bastante tempo falávamos apenas de um rapaz, Will Toledo. Assinado o contrato com a Matador em 2015, abriu-se um novo mundo. Além de integrar uma discográfica, os Car Seat Headrest tornaram-se uma banda. Primeiro surgiu Teens of Style, um álbum que recupera alguns dos sucessos de Toledo no Bandcamp. Um ano depois lançaram Teens of Denial, mais um álbum muito bem recebido pela crítica. Em 2017 foi a vez de reeditarem Twin Fantasy, um dos clássicos registos dos tempos do Bandcamp.

O cenário explorado pelos Car Seat Headrest é normalmente o da juventude de Toledo. As melodias repletas de letras que percorrem os problemas da adolescência, que procuram o significado de certas relações de amizade e que se questionam sobre o papel que um eu poderá ter num mundo tão vasto, são equilibradas por distorções que tornam os Car Seat Headrest numa banda com uma energia contagiante. É esta força que transparecerá no palco ao som de faixas compostas (já há alguns anos) por um único rapaz com o seu computador na parte de trás do carro. (MS)

Paredes de Coura 2019 | CSH, “Fill in the Blank”




New Order | 15 Agosto, Vodafone, 22.50

New Order no Vodafone Paredes de Coura 2019
New Order (foto de Warren Jackson)

Ressurgindo dos restos mortais dos Joy Division, os New Order acabaram por se tornar numa das bandas mais influentes e aclamadas dos anos 80. Se álbum de estreia, Movement (1981), ainda revela a influência do legado dos Joy Division, a banda foi começando a combinar nos seus temas a sonoridade pós-punk original com elementos new wave e dance music. O resultado foi um genial segundo álbum, Power, Corruption & Lies (1983), lançado pela gravadora Factory Records, de Manchester. Deste álbum saiu o single “Blue Monday”, que desde então se tornou o single de 12 polegadas mais vendido de todos os tempos, movimentando mais de três milhões de cópias em todo o mundo.

Ao longo dos anos 80, os New Order permaneceram bastante populares, lançando uma série de álbuns como Low-Life (1985), Brotherhood (1986) Substance (1987) e Technique (1989). Entre vários breves hiatos e alterações de alinhamento, foram lançados Republic (1993) Get Ready (2001) e Waiting for the Sirens ’Call (2005), antes da partida de Peter Hook em 2007. O seu último álbum foi lançado em 2015, Music Complete, onde transparece um novo universo de New Order com 12 temas que seguem uma linha mais electrónica. Serão estes New Order mais eletrónicos que pisarão as terras lusitanas daqui a poucos dias. Contudo o concerto agradará, com certeza, a todos os fãs, pois a banda não prescindirá dos seus clássicos mais antigos. (MS)

Paredes de Coura 2019 | New Order, “True Faith”




black midi | 16 Agosto, Vodafone FM, 20.30

Black Midi
Black Midi (foto de Dan Kendall)

Todos os anos, o palco secundário do Vodafone Paredes de Coura acolhe concertos inesquecíveis de bandas e artistas em princípio de carreira, herméticos para o público comum ou que, por força do destino, foram convidados a tocar nessa plataforma. Os instrumentistas enfrentam uma audiência ávida pela descoberta de nova música e pela deleitante atmosfera de intimidade e intensidade que envolve o espaço após o início de cada espectáculo. Usualmente, os desempenhos não decepcionam e são também estimulados pela recepção entusiástica dos ouvintes, sentindo-se na pele o incessante deslocamento de pura energia entre artistas e plateia. Na edição de 2015 presenciámos o rock de garagem dos Fuzz, em 2016 o krautrock dos Suuns, em 2017 o hip-hop industrial dos Ho99o9 e, mais recentemente, em 2018, o pós-hardcore dos …And You Will Know Us By The Trail Of Dead. 2019 será, certamente, o ano dos black midi na vila minhota.

Desde a divulgação do single “Speedway”, durante o mês de Janeiro, que não pudemos deixar de acompanhar o percurso do hábil e imprevisível quarteto de instrumentistas britânicos. Uma banda reconhecida pela sua sonoridade eclética, a perceptível afeição pelo jazz livre e, consequentemente, pela improvisação e, assim como os restantes actos afiliados à editora discográfica Speedy Wunderground, o genuíno contentamento pela performance ao vivo e pela desconstrução do criticamente aclamado disco de estreia Schlagenheim (2019) que, até ao momento da reinterpretação, assume a forma de mero artefacto imutável, representativo de uma mentalidade e atitude transitórios. Para os black midi, a perpétua busca pelo “som ideal” encontra-se no centro de tudo. Sobrevivem do carácter metamórfico da música que tocam e de uma incansável luta contra a estagnação inventiva. Aqui entre nós, pretendemos experienciar em primeira pessoa a manifestação impetuosa e irrestrita de quatro jovens londrinos que só existem no seu trabalho artístico e que sumirão, de livre vontade, com ele, quando o fluxo criativo cessar. (Diogo Álvares Pereira)

Paredes de Coura 2019 | black midi, “953” ao vivo




Deerhunter | 16 Agosto, Vodafone, 21.10

Deerhunter no Vodafone Paredes de Coura 2019
Deerhunter

O ansiado reencontro da audiência nacional com os Deerhunter, após a sua última passagem por Portugal, durante a edição de 2016 do NOS Primavera Sound, encontra-se marcado para as 21.10 horas do terceiro dia do Vodafone Paredes de Coura. Ponto de reunião? Palco Vodafone, evidentemente. A banda indie rock de Atlanta conta com quase duas décadas de existência e uma sonoramente diversificada e invejável discografia constituída por oito álbuns de estúdio, entre os quais a dupla Microcastle/ Weird Era Cont. (2008), onde o meticulosamente produzido primeiro segmento revela uma sensibilidade pop apurada e até então inédita para os fãs (sem nunca deixar cair as texturas shoegaze e a experimentação inerentes à música concebida pelos Deerhunter), contrastando o carácter predominantemente lo-fi e as herméticas paisagens sonoras do segundo, o êxito comercial Halcyon Digest (2010) e a jornada etérea que é escutá-lo do início ao fim e o mais recente Why Hasn’t Everything Already Disappeared (2019), que será apresentado ao público português na noite do dia 16.

Os Deerhunter carregam tudo isto e muito mais na bagagem e só o palco principal parece conseguir suportar o peso de tão vasta palete de instrumentos e do conjunto de cérebros versados na arte da sua articulação sonora, gerando harmonias inconfundíveis e uma aura comodamente situada entre o imediatismo e a complexidade. Prevemos a inclusão de “Coronado” no alinhamento seleccionado pelo carismático Bradford Cox e companhia, e só a possibilidade de experienciar ao vivo aquele electrizante solo de saxofone já é razão suficiente para nos deixar de sorriso nos lábios. (DAP)

Paredes de Coura 2019 | Deerhunter, “Death in Midsummer”




Spiritualized | 16 Agosto, Vodafone, 22.50

Spiritualized (foto de Juliette Larthe)

Senhores e senhoras, apertem os cintos que vamos flutuar no espaço. Ou num Couraíso que Jason Pierce hipnotizará e comoverá com a sua vida de eterna e esfarrapada intranquilidade, transfigurada em canções que percorrem os seus quase trinta anos com os Spiritualized. O minimalismo psicadélico criado pelo carismático e introvertido J Spaceman, juntamente com Sonic Boom (Peter Kember), nos Spaceman 3 teria bastado, por si só, para fazer de Jason Pierce uma lenda e uma das figuras mais influentes da música alternativa das décadas de 80 e 90. Mas seria, ainda assim, com o novo projecto Spiritualized que Jason Pierce lançaria a sua obra prima, Ladies and Gentleman We Are Floating In Space (1997). Não falta quem tenha a ousadia, ou a clarividência, de considerar este o melhor álbum do ano que viu nascer também o OK Computer dos Radiohead.

Imerso em psicadélia, space-rock e jazz livre, o catálogo deste génio turbulento, de sensibilidade religiosa, é imenso e amonta já a oito álbuns de estúdio, o último dos quais lançado o ano passado. And Nothing Hurt revela um Jason Pierce em grande forma, sem sinais de esmorecimento da sua vivacidade e talento artístico, como o atesta a calorosa receção crítica do álbum. Nele mais uma vez assistimos à perene consciência que Pierce tem da própria desgraçada condição pessoal, superada só pela surpresa e gratidão de se ver salvo pelo amor. É este grande louco de Deus que teremos a graça de ouvir, quem sabe se pela última vez, na terceira noite deste Vodafone Paredes de Coura. (Maria Pacheco de Amorim)

Paredes de Coura 2019 | Spiritualized, “I’m Your Man”




Father John Misty | 16 Agosto, Vodafone, 00.45

Father John Misty no Vodafone Paredes de Coura 2019
Father John Misty (foto de Emma Tillman)

Desde 2015 que Josh Tillman preenche todos os anos a sua exemplar ficha de assiduidade em solo lusitano. Essa série de quatro concertos (que serão cinco dentro de dias), começou precisamente em Paredes de Coura para apresentação de I Love You Honeybear, lançado no início daquele ano. Estamos em 2019 e Tillman já editou, sob o desígnio de Father John Misty, o dobro do número de álbuns que tinha em 2015. Ao passado já pertencem Pure Comedy e até o mais recente God’s Favourite Costumer (que apresentou no ano passado num curto e cinzento concerto no NOS Primavera Sound).

Trocando por miúdos: Papa Misty não vem ao Couraíso com um álbum na bagagem que necessite de ser o foco do seu barbudo e majestoso espetáculo. Vem sim, esperemos nós, com uma coletânea de canções representativas da sua carreira, onde não faltam amores e desamores, sátiras sociais, opiniões sarcásticas sobre o sexo dos anjos e discussões sobre religião e a inutilidade da raça humana. E sim, só de pensarmos nisso, já começamos os rituais de reza. (Daniel Rodrigues)

Paredes de Coura 2019 | FJM, “God’s Favorite Customer”




Mitski | 17 Agosto, Vodafone, 19.35

Mitksi (foto de Annika White)

Mitski nasceu no Japão e cresceu entre treze países antes de chegar a Nova Yorque, com o objetivo de estudar cinema. Rapidamente o gosto por música se sobrepôs, decidindo por isso abandonar o curso de cinema e estudar antes música na SUNY.  Os seus dois primeiros álbuns, Lush (2012) e Retired from Sad, New Career in Business (2013), surgiram como um projeto escolar, mas traduziram-se na sua primeira experiência no universo musical. Mais tarde, Mitski pegou na guitarra elétrica e, já mais afastada do universo clássico que antes a rodeava, surgiu Bury Me at Makeout Creek (2014).

Desde que Puberty 2 foi lançado, Mitski tem estado em digressão sem parar. Mesmo assim,  foi capaz de lançar há cerca de um ano, um dos melhores álbuns de 2018, Be the Cowboy. Em Be The Cowboy, Mitski não foge às dificuldades que uma vida em constante digressão suscita, refletindo sobre a solidão de ser um símbolo e de como isto nos faz sentir tão imensos quanto um zé-ninguém, ao mesmo tempo. Depois de ter passado por Portugal, na edição de 2017 do Nos Primavera Sound, esperamos Mitski com redobrada ansiedade neste Vodafone Paredes de Coura, agora que nos traz em Be the Cowboy uma das obras primas do ano passado, com a consciência de que poderá demorar algum tempo até termos nova oportunidade. (MS)

Paredes de Coura 2019 | Mitski, “Nobody”




Patti Smith & Her Band | 17 Agosto, Vodafone, 21.20

Patti Smith no Vodafone Paredes de Coura 2019
Patti Smith (foto de Jesse Ditmar)

Há quem a conheça por poetisa, fotógrafa, ou escritora, mas nós por cá apreciamos mais que tudo o seu trabalho como cantora e compositora. Nascida em Chicago, Patti Smith mudou-se para Nova Iorque em 1967. Patti Smith, que já tinha experimentado antes adaptar a sua poesia a música, começou a explorar mais concretamente o rock ‘n’ roll como uma saída para a sua poesia lírica. Em 1974, formou uma banda e gravou o single “Piss Factory”, agora amplamente considerada a primeira verdadeira música “punk”, que lhe proporcionou uma base considerável de fãs. O álbum de estreia de Patti Smith em 1975, Horses, que integra os icónicos singles “Gloria” e “Land of a Thousand Dances”, foi um enorme sucesso comercial e crítico. Deixemo-nos levar por este e outros temas de uma das grandes artistas do século XX, entre jogos de palavras, que revelam o seu domínio lírico, e a proverbial energia contagiante, que teremos a oportunidade de acompanhar na Praia no Fluvial do Taboão. (MS)

Paredes de Coura 2019 | Patti Smith, “Because the Night”




Freddie Gibbs & Madlib | 17 Agosto, Vodafone, 23.15

Freddi Gibbs and Madlib no Vodafone Paredes de Coura 2019
Freddie Gibbs & Madlib (foto de Nick Walker)

São poucos os que no universo do hip-hop não estão a par do trabalho de Freddie Gibs, amplamente aclamado pela sua destreza e provocativas letras. Começou como rapper, nas ruas de Gary, Indiana, e foi no cenário que o circundava que se inspirou, relatando o dia-a-dia das ruas da cidade. Em 2013 lançou o primeiro álbum, ESGN, e pouco tempo depois surgiu a parceria com o produtor Madlib. Juntos lançaram Piñata. Este ano brindaram-nos com Bandana. O processo geral de gravação não mudou muito: Madlib enviou as suas batidas e Gibbs trabalhou sobre elas mas, desta vez, fizeram um esforço para se encontrar no estúdio, calibrando e editando em conjunto. Poderemos contar com os introspectivos e profundos raps de Freddie Gibbs misturados com a crua, e levemente jazzística, produção de Madlib, que garantem não dececionar.

Paredes de Coura 2019 | FG & M, “Crime Pays”




Suede | 17 Agosto, Vodafone, 00.45

Suede no Vodafone Paredes de Coura
Suede

Suede é uma das bandas precursoras do Britpop, tendo atingido o seu auge nos anos 90. A banda formou-se em 1989, com Brett Anderson na voz, Bernard Butler na guitarra, Mat Osman no baixo e Simon Gilbert na bateria. Com o lançamento do primeiro álbum em 1993, os Suede conseguiram logo atrair a atenção da imprensa britânica. Em 1994, é lançado Dog Man Star, altura em que Bernard Butler abandonou a banda. Em 1996, após a entrada de Neil Codling, os Suede atingiram o seu maior sucesso comercial com Coming Up.

Durante sete anos os Suede dividiram-se e desapareceram do mundo da música, para só em 2010 regressaram novamente para uma série de concertos. A banda manteve os seus concertos, lançou discos ao vivo e coletâneas. Em 2016, divulgaram Night Thoughts, um disco cheio de baladas que atingiram algum sucesso. Em abril de 2018, o grupo anunciou o lançamento de The Blue Hour, produzido por Alan Moulder. Os Suede contribuem para um cartaz completo e diverso, onde há uma aposta não só em artistas em ascensão mas também no que tempos mais recuados têm de bom.

Paredes de Coura 2019 | Suede, “The Invisibles”

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