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Wu-Tang Clan mostraram o verdadeiro hip-hop ao Super Bock Super Rock

O segundo dia do Super Bock Super Rock contou com uma estreia absoluta no nosso país, com as lendas do hip-hop Wu-Tang Clan. 

O segundo dia do Super Bock Super Rock trouxe géneros musicais completamente diferentes do dia anterior. De Franz Ferninand, The Offspring e The Legendary Tigerman passamos para Sam The Kid, Nile Rodgers & CHIC, The 1975, Benny Sings e Wu-Tang Clan. Mais longe do punk e do rock, o festival deu entrada para mais hip-hop e rock indie. O palco principal abriu com um dos maiores nomes da história do hip-hop português, Sam The Kid acompanhado dos Orelha Negra e Orquestra, passando para o talentoso Nile Rodgers, que mostrou-nos a quantidade incrível de êxitos que escreveu, em conjunto, ou para outros artistas – Daft Punk, Beyonce, David Bowie, Diana Ross, entre muitos outros. No entanto, o momento mais esperado da noite nem era o cabeça de cartaz do segundo dia do Super Bock Super Rock. Pela primeira vez em Portugal, os Wu-Tang Clan eram o nome que fez encher o recinto, e por toda a parte, era possível ver festivaleiros com algum tipo de adereço ou indumentária sobre a icónica banda de hip-hop. Com a estreia em absoluto no nosso país, a ansiedade era muita para ver um dos nomes mais importantes da história (e início) do hip-hop.

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Formados em 1989, os Wu-Tang Clan foram, e ainda são, um dos grupos de hip-hop mais importantes da história do género, e um dos mais influentes da Costa Este dos Estados Unidos da América. Diretamente de Staten Island, Nova Iorque, o grupo outrora formado por  RZA, GZA, Method Man, Raekwon, Ghostface Killah, Inspectah Deck, U-God, Masta Killa, e Ol’ Dirty Bastard, tiveram um importante papel da popularização do hip-hop, sobretudo do hardcore hip-hop. Com a morte de Ol’ Dirty Bastard em 2004, um dos colaboradores mais próximos, Cappadonna, acabou por tornar-se um membro oficial. Para muitos meios especializados na área da música, incluindo a Rolling Stone, os Wu-Tang Clan são o melhor grupo de hip-hop da história. Com um estatuto lendário, e uma bagagem cheia de êxitos, a banda apresentou-se em palco com grande euforia do público, com uma parte considerável das primeiras linhas da plateia a fazerem o icónico símbolo da banda com as mãos ao longo do concerto.




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Longe do rap e hip-hop que estamos habituados nos dias de hoje, a banda trouxe o hardcore à Herdade do Cabeço de Flauta, que para muitos poderá não agradar, mas naquele momento, estava tudo com a mão no ar. Ninguém ficou indiferente, e durante uma hora, houve tempo para banhos de champanhe, ofertas da banda e hip-hop a sério, onde a letra é o elemento mais importante, como devia ser hoje em dia. Êxito atrás de êxito, todas as músicas da banda foram bem recebidas, mas como seria de esperar, “C.R.E.A.M. (Cash Rules Everything Around Me)” e “Protect Ya Neck” tiveram mais impacto. Os Wu-Tang Clan, mereciam, e deviam, ter sido os cabeças de cartaz do segundo dia do Super Bock Super Rock, por toda a história que acarretam, e pelos fãs que trouxeram, porque no concerto seguinte, com os The 1975, a plateia era consideravelmente menor.

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O Super Bock Super Rock 2023 chega ao seu terceiro e último dia, num dia em que sobem a palco Steve Lacy, Kaytranada, Kaleo, entre muitos outros.

VÍDEOCLIPE | WU-TANG CLAN ENSINARAM O QUE É HIP-HOP AO SUPER BOCK SUPER ROCK

Foste um dos fãs da banda no recinto? 

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