10 Blockbusters de 2017 que deveriam ganhar um Óscar

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Com o início da Awards Season relembramos os melhores sucessos de 2017 que deveriam ganhar um Óscar, embora isso seja quase impossível.

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Estamos de regresso à Awards Season! A temporada de prémios 2017/18 iniciou-se com o anúncio das nomeações aos Gotham Independent Film Awards, prémios do cinema independente americano, em que “Get Out” lidera com quatro nomeações. Mesmo assim outros filmes têm chamado à atenção em festivais e provavelmente receberão várias nomeações a outros prémios como os Golden Globes, os BAFTA e, claro, os Óscares.

Falamos claramente de casos como “Dunkirk”, “Call Me by Your Name”, “Lady Bird”, “I, Tonya”, “Três Cartazes à Beira da Estrada” e “A Hora Negra”, que parecem partir como favoritos na corrida.  Outros casos, como blockbusters estarão certamente na lista, por exemplo, em categorias mais técnicas, mas ficarão de fora das opções da Academia.

Mesmo a tempo da discussão, preparámos uma lista de blockbusters deste ano de 2017, que têm o dito “Óscar buzz”, mas que serão prejudicados pela forma mais conservadora e tradicionalista com que a Academia entrega os galardões. São várias as categorias em que poderiam concorrer, e como é óbvio, nenhum dos talentos fica aquém das expetativas.

Se algum destes filmes obtiver um ou outro Óscar seria uma prova emocionante de que os membros da Academia não iriam torcer o nariz aos filmes de grandes orçamentos e de avultadas receitas nas bilheteiras. Mas, e sejamos honestos, isso é pouco provável de acontecer.




10. “Guardiões da Galáxia Vol. 2” (Melhor Maquilhagem e Cabelos)

Oscar

Porquê deve ganhar: é difícil superestimar a complexidade e extensividade do trabalho de caracterização desta nova aventura dos “Guardiões da Galáxia” que permitiu uma diversidade de coloração (e, por sua vez, identidades) das suas personagens. Da simplicidade do trabalho de caracterização a verde de Gamora, ao trabalho mais exigente sobre Nebula, os Ravagers e o povo Soberano, a sequela de “Guardiões da Galáxia” foi claramente um tremendo desafio, que criou com sucesso, uma diáspora diversa de rostos, tão esquisitos quanto maravilhosos.

Porquê não ganhará: O primeiro filme foi nomeado nesta categoria em 2015 e acabou por perder para “Grand Budapest Hotel” (realizado por Wes Anderson), e embora neste campo a Academia tenda a favorecer blockbusters, parece pouco provável que “Guardiões da Galáxia Vol. 2” ou “Star Wars: Os Últimos Jedi” roubem as atenções. A não ser que a Academia surpreenda como aconteceu no início deste ano, quando “Esquadrão Suicida” acabou por vencer o galardão.




9. “Baby Driver – Alta Velocidade” (Melhor Montagem e Melhor Mistura de Som)

Oscar

Porquê deve ganhar: “Baby Driver” é uma bombástica aventura sonora de Edgar Wright, cujo sucesso depende principalmente da montagem nas numerosas perseguições de carros e das suas sequências de ação, a que se junta a sua maravilhosa mistura de som, que integra perfeitamente os vários números musicais com a ação mais caótica.

Porquê não ganhará: Embora a Mistura de Som seja uma maior possibilidade, na montagem a Academia tem regularmente nomeado filmes que estão também na corrida a Melhor Filme. Para além disso, notemos que Kevin Spacey, um dos atores secundários da aventura tem sido notícia nos últimos dias por maus motivos, nomeadamente o assédio sexual a menores. Provavelmente a Academia este ano será mais exigente com os atores e produtores (Harvey Weinstein chegou mesmo a ser afastado) e restantes nomes de peso da indústria envolvidos num ou noutro escândalo.



8. “Mulher-Maravilha” (Melhor Direção Artística e Melhor Guarda-Roupa)

Oscar

Porquê deve ganhar: Não será surpresa nenhuma vermos “Mulher-Maravilha” na lista de nomeações da Academia, mas como ainda não há certezas, digamos que o filme oferece, desde logo, um dos melhores cenários e ainda um dos melhores guarda-roupas do ano. A diretora artística Aline Bonetto e a estilista Lindy Hemming conseguem fazer a Diana do Universo DC integrar-se no mundo desconhecido de Themyscira, bem como na cidade de Londres no período da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), com detalhes muito precisos. Tudo parece esplêndido e contribui significativamente para a eficácia do filme.

Porquê não ganhará: Os blockbusters tendem a ser nomeados em ambas as categorias mencionadas, mas as vitórias costumam ser atribuídas a filmes mais classicistas. “Phantom Thread”, o último filme de Daniel Day-Lewis realizado por Paul Thomas Anderson, sendo um filme sobre moda, deverá chamar de imediato à atenção dos membros da Academia.




7. “John Wick 2” (Melhor Edição de Som)

Oscar

Porquê deve ganhar: a eficácia visceral deste filme é definida não apenas pela sua montagem, mas também pela criação de impactos brutais no que respeita os seus efeitos de som. A brutalidade auditiva das balas nesta sequela do filme “John Wick” é totalmente perfeita.

Porquê não ganhará: A principal desvantagem quanto à nomeação deste filme para os Óscares é mesmo o facto de ter estreado em fevereiro.




6.  “Logan” (Melhor Ator Secundário)

Oscar

Porquê deve ganhar: Patrick Stewart oferece sem dúvida o melhor desempenho da sua carreira como um Charles Xavier envelhecido em “Logan”, o ponto culminante de quase duas décadas a interpretar o super-herói lendário. Acresce o facto de Stewart nunca ter sido nomeado para um Óscar, algo que ajuda a aumentar as suas chances, especialmente porque a crítica elogiou o seu desempenho doloroso.

Porquê não ganhará: Esta é sempre uma categoria difícil, mas os membros da Academia podem finalmente decidir que a nomeação acaba sendo suficiente e justa para Stewart. Além disso, apenas um único filme de super-heróis recebeu uma indicação a este Óscar, nomeadamente Heath Ledger que venceu o Óscar por “Cavaleiro das Trevas”.



5. “Atomic Blonde – Agente Especial” (Melhor Fotografia)

Óscar

Porquê deve ganhar: Possivelmente o filme com a protagonista mais ousada do verão, o “Atomic Blonde – Agente Especial”, vale muito a pena pelo enquadramento excepcional de Jonathan Sela. A partir dos visuais sombrios do exterior, aos interiores quentes, o diretor de fotografia faz um esforço incrível desde o primeiro ao último minuto. Acresce um plano-sequência de 10 minutos recheado de ação.

Porquê não ganhará: O seu maior rival, Roger Deakins. Roger Deakins deverá receber a sua 14ª nomeação por “Blade Runner 2049” e uma vez que ainda não ganhou a tão merecida estatueta dourada pode ser que desta vez a Academia faça justiça.



4. “A Bela e o Monstro” (Melhor Canção Original – Evermore)

Óscar

Porquê deve ganhar: Facilmente a melhor canção das canções originais escritas para o live-action d’”A Bela e o Monstro”, “Evermore” é um hino ao amor e a esperança de estarmos ao lado da pessoa que mais amamos, que nos torna mais humanos. É isso que acontece com o Monstro, através da voz pesada de Dan Stevens. Mesmo assim, a canção soa melhor na voz do conceituado e talentoso cantor Josh Groban, pela fragilidade com que a entoa, numa adição majestosa, monumental e emocionante ao cânone musical da Walt Disney.

Porquê não ganhará: Embora os blockbusters tendem a ter mais hipóteses aqui, a resposta mista ao filme pode dificultar a nomeação e a consequente vitória. O filme da Disney/Pixar “Coco” parece ser o favorito aqui, uma vez que será lançado no final deste ano e terá imensas músicas para encantar as audiências mais velhas e mais novas.




3. “Sorte à Logan” (Melhor Argumento Original)

Óscar

Porquê deve ganhar: Em “Sorte à Logan”, Steven Soderbergh tem, de longe, um dos argumentos mais memoráveis ​​de qualquer outro filme deste ano, e considerando que a sua argumentista “Rebecca Blunt” não possui outros créditos cinematográficos, é bastante justo supor que se trata de próprio Steven Soderbergh, a trabalhar novamente sob um pseudónimo. Destaque-se a melhor piada sobre Game of Thrones alguma vez feita.

Porquê não ganhará: Há tantos concorrentes fortes aqui, e é provável que a “Sra. Blunt” seja superada por Paul Thomas Anderson (“Phantom Thread”), pelos irmãos Coen (“Suburbicon”), por Woody Allen (“Roda Gigante”) ou por Alexander Payne e Jim Taylor (“Pequena Grande Vida”), para citar apenas alguns dos mais fortes rivais. Além disso, a bilheteria decepcionante do filme só vai prejudicá-la.



2. “Rei Artur: A Lenda da Espada” (Melhor Banda-Sonora Original – Daniel Pemberton)

Óscar

Porquê deve ganhar: Apesar do fracasso do filme de Guy Ritchie quer ao nível da crítica, quer do público, a banda-sonora original de Daniel Pemberton (“Steve Jobs”) torna-se a arma secreta do filme. Trata-se de um arranjo propulsivo e altamente exclusivo que suporta soberbamente a tentativa de Ritchie de absorver a lenda do Rei Artur com uma energia muito contemporânea.

Porquê não ganhará: Embora alguns filmes comerciais consigam ser nomeados aqui, é provável que a Academia continue a dar preferência a filmes que sejam também nomeados a categorias principais. A Academia opta quase sempre por algo com clássico e convencional e são vários os compositores que têm seguido igualmente por essa linha criativa. Carter Burwell (compositor de “Carol”) parece ser uma opção mais viável pelo sucesso tremendo nos últimos anos junto dos membros da Academia. Aliás o compositor foi responsável pela banda-sonora de “Wonderstruck” (o novo filme de Todd Haynes) e de “Três Cartazes à Beira da Estrada”.




1. “Planeta dos Macacos: A Guerra” (Melhor Filme; Melhor Ator – Andy Serkis, Melhores Efeitos Visuais)

Óscar

Porquê deve ganhar: “Planeta dos Macacos: A Guerra” é sem dúvida um dos melhores filmes do verão passado, mas também uma das melhores experiências cinematográficas deste ano. Desde a incrível realização de Matt Reeves ao magnífico desempenho de Andy Serkis, como César, sem esquecer os efeitos especiais bastante detalhados, sentimos que esta é uma aventura à altura do principal Óscar da noite.

Porquê não ganhará: Ainda não há certezas nenhumas, mas a Academia deve reconhecer outro trabalho sobre guerra. Falamos de Christopher Nolan e do seu tão ousado “Dunkirk” (uma nomeação para Melhor Realizador é aliás quase certa). Além disso um filme com macacos que vão para a guerra não parece ser propriamente uma questão central nos filmes que a Academia geralmente atribui o Óscar de Melhor Filme. Qualquer outra surpresa acontecerá quando os nomeados forem anunciados, mas esta não será uma delas.

Os nomeados à 91ª edição dos Óscares da Academia são anunciados em janeiro. A cerimónia acontece no domingo 4 de março. Jimmy Kimmel será novamente o anfitrião da noite mais longa do mundo da sétima arte. 

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