Vingadores: Guerra do Infinito

Vingadores: Guerra do Infinito, em análise

E se um só Ser conseguisse controlar o espaço, o tempo, a realidade, o poder, a mente, e a alma de todas as criaturas do universo? O maior pesadelo da humanidade torna-se realidade em “Vingadores: Guerra do Infinito” e Thanos aparece finalmente como o grande vilão da MCU, num filme espetacular que superou todas as expectativas. Mais do que um bom filme de super-heróis, esta é uma boa história de ação, contada através da maestria dos irmãos Russo e dos guionistas Christopher Markus e Stephen McFeely. SEM SPOILERS

Forjadas aquando do Big Bang pelas entidades cósmicas (Morte, Entropia, Infinito e Eternidade) as Pedras do Infinito oferecem poderes inimagináveis a quem as possuir. Até agora sabíamos que a Pedra do Espaço se encontrava no Tesseract, a Pedra da Realidade estava nas mãos do Collector, e a Pedra do Poder permanece protegida pela Nova Corp. no planeta de Xandar. Na Terra temos a Pedra da Mente com Vision, e a Pedra do Tempo, sob a forma do Eye of Agamotto, está nas mãos de Dr. Strange. Se nós sabemos onde elas estão, também o sabe Thanos e o vilão não perde tempo em começar a sua busca frenética, após tantos falhanços por parte do seu exército.

Vingadores: Guerra do Infinito

Desejando ver o equilíbrio no universo, tornando-o num local onde não exista pobreza, Thanos é mais do que um vilão sedento de poder. Contrariamente ao que se poderia pensar até aqui, a realidade é que a personagem pretende obter as pedras para o bem de todos e não para o seu próprio bem – ainda que todas as suas vítimas possam ter uma opinião diferente. Como o mesmo diz: “decisões difíceis têm de ser feitas por pessoas fortes” – e no final ele considera-se um salvador que mais tarde ou mais cedo será louvado por todas as criaturas vivas. E não te preocupes, a personagem tem várias cenas onde o seu passado e os seus motivos são explorados, oferecendo-lhe imensa profundidade e levando o espectador a questionar até que ponto ele está correto ou errado – nem tudo é preto e branco, isso te podemos garantir.

Pois bem, com a sua jornada começa a jornada dos nossos heróis… E muitos são eles, não fosse a união de vários grupos de personagens como os Vingadores e os Guardiões da Galáxia, não esquecendo Dr. Strange – um dos mestres das artes místicas. Esta é provavelmente a grande preocupação dos fãs. Enquanto que todos sonhávamos com o dia em que iríamos ter todos os nossos heróis favoritos juntos, a verdade é que demasiadas personagens causam frequentemente grandes problemas de fluidez. Se este era um dos teus receios, fica descansado!

Vingadores: Guerra do Infinito

No final, os irmãos Russo brilham novamente e vamos viajando de personagem em personagem de forma completamente natural, existindo sempre uma menção (oral, visual ou auditiva) entre um grupo de heróis e outro. Igualmente fantástico é ver a química entre atores que nunca contracenaram juntos e rir com os vários momentos humorísticos entre as personagens – não vais querer perder os diálogos entre Star-Lord e Thor!

Tal como acontece em “Thor: Ragnarok” o humor é misturado com momentos de tensão sem os arruinar. Vais rir num segundo e ficar apreensivo com o poder de Thanos no seguinte, sem que seja quebrada a ilusão ou lógica narrativa – afinal, temos personagens com personalidades fortes que não serão facilmente abaladas pelo vilão.

Se temos diversão temos igualmente lutas, bem coreografas e atentas ao mais pequeno dos detalhes (fica atento à pose de luta de Mantis). Apesar das inúmeras personagens, todas brilham, mesmo quando não são o foco na imagem. Seja na liderança ou no background, todas têm sempre alguma coisa para fazer e todas percebem que existem e que serão vistas naquele mar de guerreiros. Mesmo que a tua personagem favorita seja secundária e pouco apareça nos filmes anteriores, garantimos que ela marcará presença em “Guerra do Infinito” de uma maneira ou outra.

Infelizmente, ainda que tenha adorado o final, nem tudo acabará completamente bem, mas isso já se esperava. Há muito que gostava de ver um fim como este e há muito que os fãs em geral pediam um final semelhante. Agora que o temos, conseguiremos lidar com as consequência do nosso desejo?

Em suma, “Vingadores: Guerra do Infinito” é uma viagem por todas as personagens que nos foram apresentadas nos últimos anos. Cada uma com as suas aspirações, com os seus medos, certezas e incertezas. Mais do que heróis, elas são pessoas arrastadas para uma situação da qual desejam sair ao mesmo tempo que sentem a necessidade de salvar os seus amigos, e o universo. Se as decisões de Thanos são difíceis, as decisões que os nossos heróis terão de tomar raramente serão fáceis. Nem tudo acabará bem, mas tudo acabará equilibrado. Terá Thanos conseguido o que quer? Terão os heróis conseguido travar o vilão a tempo? Ou terá sido tarde demais?

Se já viste o filme, deixa-nos a tua opinião! Sem spoilers por favor.

Vingadores: Guerra do Infinito, em análise
Vingadores: Guerra do Infinito

Movie title: Vingadores: Guerra do Infinito

Director(s): Anthony Russo, Joe Russo

Actor(s): Karen Gillan, Pom Klementieff, Tessa Thompson, Chris Pratt, Zoe Saldana, Dave Bautista, Elizabeth Olsen, Scarlett Johansson, Benicio Del Toro, Linda Cardellini, Tom Hiddleston, Chris Hemsworth, Tom Holland, Josh Brolin, Sebastian Stan, Chris Evans, Robert Downey Jr., Paul Bettany, Benedict Cumberbatch, Cobie Smulders, Jon Favreau, Bradley Cooper, Vin Diesel, Jeremy Renner, Peter Dinklage, Paul Rudd, Sean Gunn, Chadwick Boseman, Gwyneth Paltrow, Mark Ruffalo, Danai Gurira, Angela Bassett

Genre: Ação, Aventura, Fantasia

  • Ângela Costa - 90
  • Luís Telles do Amaral - 80
  • Daniel Rodrigues - 60
  • João Fernandes - 90
  • Beatriz Monteiro - 90
  • Rui Ribeiro - 65
  • Filipa Machado - 80
  • Marta Kong Nunes - 88
  • Cláudio Alves - 45
  • Miguel Pontares - 68
  • Virgílio Jesus - 70
  • Catarina d'Oliveira - 65
74

CONCLUSÃO

Este é o melhor filme da MCU até ao momento, conseguindo cativar os fãs de todos os heróis apresentados até agora. Se gostaste de Guerra Civil vais gostar ainda mais do modo como retratam esta sangrenta Guerra do Infinito.

O Melhor: Todas as personagens, pequenas ou grandes, têm tempo de ecrã e mesmo quando em pano de fundo encontram-se sempre ativas, marcando presença constantemente. Igualmente positivo é o modo como viajamos fluidamente entre os vários grupos de heróis, e a forma como mergulhamos no passado e nos motivos de Thanos, tornando-o em algo mais do que um mero vilão com sede de poder.

O Pior: Existe um aspecto no modo como os heróis enfrentam Thanos que poderia ter sido melhor explicado, nomeadamente uma fraqueza nunca explorada.

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  1. Frederico Daniel 1 de Maio de 2018

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