"The Miseducation of Cameron Post"

10 filmes da autoria de Cineastas Femininas que não podes perder este ano

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Depois de um ano marcado por movimentos como #Time’s Up, 2018 promete ser um ano composto por grandes filmes orquestrados por grandes Cineastas Femininas.

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Sim já vamos quase a meio do ano, mas ainda existem muitos bons filmes por estrear. Numa época normalmente caracterizada por blockbusters e filmes para adolescentes, reunimos 10 filmes e documentários da autoria de cineastas femininas que poderás ver este verão (alguns talvez mais tarde). Sabemos que nem tudo se resume ao reconhecimento da Academia, mas a verdade é que, em toda a história dos Óscares, apenas cinco mulheres mereceram a estatueta. Numa altura em que a afirmação feminina volta a ser assunto, preparamos a galeria abaixo para que possas ficar atento a estes 10 projectos.

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“RBG” DE BETSY WEST E JULIE COHEN

RBG 2018
“RBG” de Betsy West e Julie Cohen

Ruth Bader Ginsburg cresceu de acordo com duas lições transmitidas pela sua mãe, Celia: “Sê uma senhora” e “Sê independente”. Estes dois motes parecem ter influenciado cada aspecto da vida pessoal e política da juíza do Supremo Tribunal. Em “RBG” a vida e as lições tanto aprendidas como transmitidas de Ginsburg, ganham vida num documentário energético e divertido assinado por Betsy West e Julie Cohen. A dupla de realizadoras incidiram bastante na luta constante contra o sexismo que a juíza enfrentou durante toda a sua vida profissional. Desde o tempo que passou em Harvard até ter sido designada juíza do Supremo Tribunal. “RBG” chega numa altura em que a vitalidade e importância de Ginsburg precisam de ser, sem dúvida, relembradas.




“REVENGE” DE CORALIE FARGEAT

Revenge Coralie Fargeat
“Revenge” de Coralie Fargeat

Revenge” é a estreia no grande ecrã da cineasta francesa Coralie Fargeat. O filme segue Matilda Lutz (“Rings”) na pele de Jen, um jovem tímida que, inicialmente, só quer ser amada. Quando é violada pelo namorado e o seu grupo desprezível de amigos, que aparecem inesperadamente durante uma fuga de fim-de-semana, Jen é levada ao seu extremo. A tímida rapariga dá lugar a uma com sede de vingança, numa evolução complexa fomentada pela ira. “Revenge” teve a sua estreia mundial no Toronto International Film Festival de 2017, onde causou pelo menos um desmaio na audiência. Para o género tem vindo a receber críticas bastante positivas. A longa-metragem chega às salas portuguesas a 13 de Setembro.




“SET IT UP” DE CLAIRE SCANLON

Set it up
“Set it Up” de Claire Scanlon

As comédias românticas podem já não ter o brilho que tiveram em tempos, principalmente no grande ecrã. No entanto, para a Netflix o género não está de todo morto. A plataforma que tem vindo a apostar em filmes que de outra forma não chegariam ao público geral, financia agora “Set it Up” que promete ser prova de que as comédias românticas ainda podem proporcionar boas risadas. A longa-metragem é realizada por Claire Scanlon (“Black-ish”; “The Office”), com argumento de Katie Silberman (“Como ser Solteira“). “Set it Up” reúne as estrelas de “Todos Querem o Mesmo”, Zoey Deutch e Glen Powell, enquanto Harper e Charlie. Ambos assistentes pessoais com excesso de trabalho cujas vidas são regidas, e por vezes arruinadas, pelos seus exigentes chefes. Quando arranjam o plano ideal para ganharem um merecido tempo livre – juntarem os seus chefes num romance -, correm o risco de o casal não ser exactamente o planeado.




“BOUNDARIES” DE SHANA FESTE

Boundaries
“Boundaries” de Shana Feste

A realizadora de “O Renascer da Estrela” e “Amor Infinito”, Shana Feste está de regresso com uma partilha muito pessoal e engraçada tirada da sua própria vida. Vera Farmigia será Feste, que se vê forçada a embarcar numa viagem meia lunática com o seu pai (Christopher Plummer), um traficante de droga. O filme também contará com a revelação de “Sete Minutos Depois da Meia-Noite”, Lewis MacDougall, que será o filho de Feste. Uma coisa é certa, “Boundaries” terá uma das melhores famílias no ecrã este verão. “Boundaries” teve a sua estreia no SXSW, onde foi descrito como um filme simples cujas personagens nos prendem ao grande ecrã.




“WOMAN WALKS AHEAD” DE SUSANNA WHITE

Woman Walks Ahead
“Woman Walks Ahead” de Susanna White

Com Jessica Chastain no centro do filme, sabemos à partida que a probabilidade de a personagem feminina ter uma forte personalidade é de quase 100%. E a nova longa-metragem de Susanna White, responsável por “Um Traidor dos Nossos”, não será excepção à regra. “Woman Walks Ahead” é um drama histórico inspirado no fascinante percurso real da pintora e ativista Caroline Weldon (Chastain). Weldon dedicou a sua vida a ajudar os Nativos Americanos, tendo vivido com uma tribo na Dakota do Norte em 1889. A abordagem de White incide maioritariamente sobre a amizade que Caroline desenvolve com o chefe da tribo, Sitting Bull (Michael Greyeyes), e de como a mesma permitiu o desenho do retrato deste e a sua aproximação ao povo nativo, durante uma época de guerra.”Woman Walks Ahead”estreia a 7 de Junho em Portugal.




“LEAVE NO TRACE” DE DEBRA GRANIK

Leave no Trace
“Leave no Trace” de Debra Granik

O mais recente projecto da cineasta responsável por “Despojos de Inverno”, Debra Granik, é um filme inesperado e orquestrado ao pormenor que não vais querer perder. Granik pega mais uma vez em personagens que não vemos habitualmente no grande ecrã. Desta vez, será um pai (Ben Foster) e a sua filha adolescente (Thomasin McKenzie), que vivem felizes fora do radar em Portland, Oregon, até que o seu disfarce é comprometido e são obrigados a fugir. Da última vez que a cineasta encontrou uma jovem atriz para protagonizar o seu filme, foi Jennifer Lawrence que mereceu esse lugar. Agora a potencial revelação será a atriz neozelandesa, McKenzie, que as críticas inicias já aplaudem. “Leave No Trace” teve a sua estreia em Janeiro no Sundance, e será agora exibido na prestigiada Quinzena dos Realizadores em Cannes.




“GENERATION WEALTH” DE LAUREN GREENFIELD

Generation Wealth
“Generation Wealth” de Lauren Greenfield

Não satisfeita com apenas um documentário devastador mas ao mesmo tempo divertido e chocante sobre a classe trabalhadora americana, “The Queen of Versailles”, Lauren Greenfield volta a estar atrás das câmaras com outro olhar sobre a ganância diária. Em “Generation Wealth”, Greenfield aponta a lente para a ampla amostra de sonhadores americanos, que tendem a viver muito para além das suas posses na tentativa de alcançarem o ‘luxo’ e todas as armadilhas adjacentes. O projecto é algo em que a cineasta trabalhou durante décadas, e ao que tudo indica o resultado final é um ambicioso documentário que examina não só a raiz e os efeitos da ganância na sociedade americana, mas também a nível global. De acordo com as críticas iniciais é preciso, realista, e absolutamente aterrorizante.




“MADELINE’S MADELINE” DE JOSEPHINE DECKER

Madeline's Madeline
“Madeline’s Madeline” de Josephine Decker

Considerado um dos mais ousados e revigorantes filmes americanos do século XXI, “Madeline’s Madeline” é uma extasiante e desorientadora experiência. O filme assinado por Josephine Decker rege-se pelos seus próprios termos desde o início negando qualquer vestígio de uma narrativa tradicional. A história é a de uma mãe solteira, Regina (Miranda July), da sua irrepreensível filha adolescente Madeline (Helena Howard), e da doença mental por definir que cria uma barreira entre ambas quando a última junta um grupo de teatro experimental. “Madeline’s Madeline” acaba por ser ele próprio um filme experimental capaz de demonstrar o mesmo alcance emocional de um êxito.




“SKATE KITCHEN” DE CRYSTAL MOSELLE

Skate Kitchen
“Skate Kitchen” de Crystal Moselle

O documentário “The Wolfpack” lançado no Sundance Film Festival foi um dos mais falados na altura. Por detrás da lente estava a estreante Crystal Moselle, que apresentou uma prova rara de como a verdade é sempre mais incómoda que a ficção, tornando-a instantaneamente numa estrela indie. Três anos depois, Moselle estreia a sua primeira longa-metragem, “Skate Kitchen”, sobre um vibrante grupo de raparigas skateboarders. A cineasta optou por escolher estreantes no grande ecrã, de forma a manter a autenticidade e realismo que caracterizam o seu trabalho. Segundo a crítica da Variety, “Skate Kitchen” pode ser comparado ao filme de skaters de 1986 “Thrashin’”com Josh Brolin. Jaden Smith foi o escolhido para desempenhar um papel secundário, o que poderá atrair o público mais jovem às salas de cinema.




“THE MISEDUCATION OF CAMERON POST” DE DESIREE AKHAVAM

The Miseducation of Cameron Post
“The Miseducation of Cameron Post” de Desiree Akhavan

Da autoria de Desiree Akhavan (“Appropriate Behavior”) chega a adaptação do livro de Emily M. Danforth – “The Miseducation of Cameron Post”. O drama centra-se na adolescente Cameron Post (Chlöe Grace Moretz), que após ter sido apanhada em pleno ato sexual com a sua melhor amiga na noite do baile de finalistas é enviada para um centro de terapia gay. Nele a jovem terá de lidar com duas mentalidades bastante distintas: a da rígida Dra. Lydia Marsh (Jennifer Ehle) e a do seu irmão, o Reverendo Rick (John Gallagher Jr.), que terá passado pelo mesmo programa destinado a ‘curar a atracção pelo mesmo sexo’. Pelo caminho, Post irá travar amizade com Jane (Sasha Lane) e Adam (Forrest Goodluck), que também se encontram em ‘reabilitação’. Esta não é a primeira vez que Akhavan aborda temas complicados, como o da sexualidade e da família, com mestria, tornando-os em conteúdos ricos e astutos. As primeiras críticas destacam também a jovem atriz Moretz, afirmando que este será o seu melhor desempenho até à data.

Qual destes projectos te chamou mais a atenção? Já conhecias todas as cineastas?

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