10 séries que (infelizmente) terminaram em 2015 | Hannibal

Um formidável estudo de personagem, uma orgia estética hiperviolenta e uma perversa história de amor e obsessão, Hannibal foi uma das mais singulares obras da televisão.


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Quando foi anunciada a estreia de uma nova adaptação da história de Hannibal Lecter, dos livros de Thomas Harris, para a televisão americana, houve muitos céticos. Afinal, seria possível equiparar a genialidade icónica de O Silêncio dos Inocentes? Ainda para mais, quando a série estaria limitada pelos códigos morais e narrativos da televisão pública dos EUA? A verdade é que Brian Fuller não só equiparou a qualidade do filme de Jonathan Demme, como a superou, construindo em Hannibal a versão definitiva de um dos mais sanguinários e horrendos psicopatas da literatura.

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A um olhar fugaz e superficial, é fácil reparar como esta série é uma autêntica orgia de exuberância sensorial. Desde as cenas em que a personagem titular prepara obras da arte culinária até aos cadáveres dispostos como instalações dignas do TATE, Hannibal sempre se afirmou como uma das mais invulgares produções da televisão atual.

hannibal

Mas desengane-se quem pensa que Hannibal era apenas um exercício estético, pois no seu âmago, este foi um dos mais sublimes estudos de personagem dos últimos anos, apoiado em duas prestações de magnitude titânica, Mads Mikkelsen como Hannibal Lecter e Hugh Dancy como Will Graham. Este duo constituiu assim o mais estranho e diabólico casal da televisão, sendo a final consumação da sua relação e da série, um assassinato sob uma luminosa lua cheia.

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Apesar de tudo isto, e de muitos fãs devotos, Hannibal nunca foi um programa de grandes audiências e, infelizmente, a NBC acabou por prematuramente a cancelar no seu terceiro ano. Ficámos assim privados de ver como Fuller iria adaptar a narrativa de O Silêncio dos Inocentes, tema planeado para a quarta e última temporada, que assim nunca chegará a existir.


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