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5 Grandes questões sobre o acordo Disney-Fox

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Fica a saber os “quem” – “X-Men”, “The Simpsons” – e os “quês” – “Avatar”, FX Networks, National Geographic – por detrás do acordo Disney-Fox.

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A aquisição da 21st Century Fox pela The Walt Disney Company é finalmente oficial. É certo que o acordo irá agitar a indústria durante os próximos anos com os estúdios rivais a reestruturarem-se e as plataformas como a Netflix a prepararem-se para uma guerra de assinantes.

De acordo com as declarações da The Walt Disney Company, os pontos essenciais desta transacção são (sumariamente):

  • A aquisição dos estúdios de cinema e televisão 21st Century Fox, os canais por cabo FX e FXX, National Geographic e os canais internacionais (que incluem, por exemplo, os canais FOX disponíveis em Portugal);
  • Propriedade intelectual dos universos “X-Men”, “Avatar”, “The Simpsons”, FX Network e National Geographic;
  • Aumento das ofertas directas ao consumidor, com expansão para América, Europa e Ásia;
  • 30% do serviço de streaming Hulu passa a ser Disney.

A Disney só não pode ficar com a rede da Fox Broadcasting porque já detém a ABC, e de acordo com a legislação não é permitido à mesma empresa ter mais de um meio de radiodifusão. Desta forma, as estações Fox News, Fox Business, FS1, FS2 e Big Ten Network foram divididas entre os próprios accionistas.

Disney-Fox
Mas o que preocupa realmente os fãs é “o que irá acontecer à gigante biblioteca de filmes, programas e séries televisivas Fox?”. Filmes como o “Avatar”, “Planeta dos Macacos” ou a série “American Horror Story” estão agora sob o controlo da Disney, o mesmo se aplica a possíveis remakes.

Eis as 5 grandes questões sobre o acordo Disney-Fox que mais estão a preocupar os fãs.




1. SERÁ DESTA QUE O QUARTETO FANTÁSTICO REGRESSA À MARVEL?

Quarteto Fantastico 2015
A primeira família da Marvel, o Quarteto Fantástico, foi uma das mais afectadas pelo comando da Fox. Os primeiros dois filmes lançados foram gravemente criticados, quer pelos fãs, quer pelos críticos, para não falar do fiasco de 2015.

O problema aqui reside no facto de quem detêm realmente os direitos da saga Quarteto Fantástico, uma vez que Bernd Eichinger, fundador da Constantin Film, pode reivindica-los à Disney. Em 1999, a Constantin Film e a Fox abordaram a Marvel sobre a possibilidade de uma extensão do contracto, o que deu origem ao “Quarteto Fantástico” de 2005, e à respectiva sequela. No entanto, ninguém sabe ao certo quais os termos da negociação das duas empresas com a Marvel, já que a Constantin foi a produtora e a Fox a distribuidora.

Caso se verifique que a Fox seja meramente a distribuidora, então a Constantin poderá os seus conteúdos Marvel para a Sony ou Universal. Se ambas as companhias não chegarem a acordo, então os todos os direitos do “Quarteto Fantástico” reverteram a favor da Marvel. Desta forma, será melhor para a Constantin mover-se com caução, caso queira ficar com um bocado do bolo, que aparentemente só poderá ser cozinhado nos Estúdios da Marvel.

Podem existir muitos aspectos negativos deste negócio Disney-Fox, mas um bom Quarteto Fantástico seria definitivamente um ponto forte.




2. IREMOS FINALMENTE TER ACESSO À TRILOGIA STAR WARS NO SEU FORMATO ORIGINAL?

star wars 1977

Esta é A pergunta para os fãs de Star Wars. Como parte do acordo original entre a Fox e a Lucasfilm, a Fox detêm os direitos sob o filme de 1977, enquanto as personagens, mundos, branding, direitos dos brinquedos e tudo o resto expecto o filme em si e a fanfarrice, pertencem a George Lucas e à sua produtora. Mesmo agora, a ausência da fanfarrice nos novos Star Wars, já produzidos pela Disney, é difícil de aceitar pelos fãs.

Uma das razões pela fraca de qualidade de imagem presente na versão video do filme original é precisamente esta – pertencer à Fox. Bom isso e o facto de Lucas garantir que os filmes já não existem no seu formato original. Mas agora que a Disney assumirá o controlo da biblioteca cinematográfica da Fox, poderá relançar a versão de 1977 e satisfazer os fãs da saga.

O único obstáculo poderá ser o próprio Lucas, já que há a possibilidade de existirem estipulações contratuais que determinam quais as versões que a Disney poderá lançar. Existe também a remota possibilidade do próprio cineasta ter danificado os negativos dos filmes na preparação da Edição Especial lançada no final dos anos 90.

Caso nenhuma destas possibilidade se verifique, então nada impedirá a Disney de relançar a versão original de Star Wars e respectivas sequelas em alta-definição.




3. SOFRERÃO OS X-MEN UMA COMPLETA REFORMULAÇÃO?

X-Men

À semelhança do “Quarteto Fantástico”, também é certo que os X-Men irão regressar. A pergunta que se coloca é como é que os Estúdios Marvel e o departamento televisivo irão enquadrar as personagens no assumido interligado novo mundo?

Como o acordo Disney-Fox ainda não está totalmente fechado, a Fox irá, para já, continuar com todos os projectos X-Men. Sendo assim, em 2018 ainda iremos contar com “Deadpool 2, “The New Mutants” e “X-Men: Dark Phoenix” nos formatos originais. 2019 contará, possivelmente, uma história diferente.

Os projectos “Gambit” de Gore Verbinski e “The Multiple Man” de James Franco também estão assegurados, já que tudo indica que a Disney irá honrar todos os contractos assinados antes da oficialização do comunicado. Quaisquer planos após essa data representam um mar de possibilidades.

Simon Kinberg, realizador de “X-Men: Dark Phoenix” poderá ser uma pista. Existem rumores de que Kinbeg irá realizar um filme Star Wars de forma independente sobre Boba Fett. É, de igual forma, um dos produtores do programa da Disney XD, “Star Wars: Rebels”. Tendo em conta estas raízes, é possível que Kinberg já tenha assegurado o seu território enquanto guardião criativo da marca.

No entanto, Kevin Feige, presidente da Marvel Studios, já demonstrou o seu interesse em ganhar o controlo sobre os X-Men. Caso seja bem sucedido, então a possibilidade de uma reformulação na saga é iminente, uma vez que a liberdade para misturar personagens e mundos passa a ser total. Na prática, significa integrar mutantes nos mundos da MCU, ou introduzi-los como novos personagens nas sequelas de “Vingadores”. Significa igualmente que a caça a um novo Wolverine está aberta, caso a Disney não aprove o regresso de Hugh Jackman. Se bem que o actor comentou que esse barco já partiu.

A única certeza é que “Deadpool” não sofrerá quaisquer reformulações ou remakes, já que se tornou amigo do CEO da Disney, Bob Iger.




4. ABANDONARÁ RIDLEY SCOTT O FRANCHISE ALIEN?

Ao contrário da Disney, cujo controlo do seu espectro é tido como parte da cultura e por isso restrito, a 20th Century Fox é para muitos realizadores um paraíso cinematográfico. Um exemplo desta atitude branda para com o controlo criativo, é o cineasta Ridley Scott e o seu franchise Alien, que chegou a ser conhecido como “O” franchise dentro da Fox. No entanto, sofreu uma queda acentuada a partir do terceiro/quarto filme da saga, para não falar de “Alien vs. Predador”. Tendo ganho novamente terreno com “Prometheus” em 2012, e cinco anos mais tarde com “Alien: Covenant”.

Scott já afirmou que os seus próximos filmes da saga Alien serão focados na sua paixão pelos andróides e no seu crescente interesse pelos Xenomorphs. No entanto, parece que a Disney tende a discordar e quer trazer o Alien de volta aos filmes, também como forma de maximizar os seus investimentos. Assim a pergunta que colocamos é: Será Scott receptivo à mudança ou abandonará o franchise?

Esta pergunta coloca-se não só a Scott como a vários realizadores que poderão ser afectados pela supremacia Disney, como por exemplo James Cameron. De acordo com o presente acordo com a Fox, Cameron irá realizar quatro sequelas de “Avatar”. Estará o cineasta disposto a aceitar possíveis alterações aos seus projectos assim que a fusão esteja concluída?

É possível que Cameron entre mais facilmente a bordo do que Scott, uma vez que o realizador já trabalhou com a Disney na criação do universo Pandora — The World of Avatar, uma das atracções do parque Disney na Florida. Para Scott e outros cineastas a solução passaria pela Disney criar uma marca em torno destes, permitindo a ocasional libertação de um “Alien”, “Predador” ou “O Planeta dos Macacos”, como forma de reforçar o seu desempenho.




5. O QUE ACONTECERÁ AOS SIMPSONS?

the simpsons family

A série preferida de muitos, “The Simpsons”, representa um dos pontos mais difíceis do acordo Disney-Fox. A imagem de marca da Disney são os seus conteúdos familiares, ora “The Simpsons” é um conteúdo da Fox “sem papas na língua”. Aliás, a própria série previu e brincou com esta compra décadas atrás, à semelhança de outros eventos.

Desde o início, em 1986, que a Fox é conhecida por emitir conteúdos fora da caixa, aliás a própria rede foi construída em torno de programas como “Married With Children”, “The Simpsons”, “In Living Color” e “Melrose Place”. Ora, estes programas nunca seriam emitidos pela ABC, propriedade da Disney, pelo menos não em horário nobre.

A excepção é a Touchstone Pictures, criada por Michael Eisner, quando este integrou a família do rato Mickey. A Touchstone Picture foi desenvolvida precisamente com o intuito de criar conteúdos que não se enquadravam na imagem Disney. “Splash, a Sereia” e “Armageddon”, bem como as séries “Lost” e “The Golden Girls”, são exemplos disso mesmo.

A Disney detêm ainda outras duas divisões, a Hollywood Pictures e a Miramax, que explora como forma a chegar a outros mercados não-Disney, como por exemplo o dos filmes indie.

Voltando à questão Simpson, como aqui dissemos a Disney adquiriu os conteúdos televisivos Fox, mas não a rede Fox Broadcasting. Desta forma, a Disney acolheu a família Simpson, garantido vantagem sobre outras produções Fox Television que podem não enquadrar os standards da família Mickey.

Respondemos às tuas perguntas? Tens alguma série/filme que possa ser afectada? 

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